A segunda-feira (31) foi de estabilidade aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (COB)T. Após operar dos dois lados da tabela, os vencimentos da commodity finalizaram o dia praticamente inalterados. O novembro/16 era cotado a US$ 10,02 por bushel, com leve alta de 1 pontos. Já o janeiro/17 era negociado a US$ 10,11 por bushel, com ligeira queda, de 0,25 pontos.
Apesar da demanda firme, as cotações recuaram ao longo do dia com informações vindas do cenário macroeconômico. De acordo com dados reportados pela Labhoro Corretora, a alta do dólar índex no mercado internacional, juntamente com a forte queda do petróleo influenciaram negativamente os futuros da oleaginosa em Chicago. No final da tarde desta segunda-feira, o petróleo caía quase 4% na Bolsa de Nova York, com o barril cotado a US$ 46,76.
Do lado fundamental, a demanda permanece aquecida e dando suporte aos preços. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim semanal de embarques semanais. Na semana encerrada no dia 27 de outubro, os embarques de soja ficaram em 2.867,212 milhões de toneladas.
As apostas dos participantes do mercado giravam entre 2,2 milhões a 2,5 milhões de toneladas. O número também ficou acima do registrado na semana anterior, de 2.759,760 milhões de toneladas. No acumulado da temporada, os embarques da oleaginosa totalizam 13.341,415 milhões de toneladas, frente as 11.997,848 milhões de toneladas observadas no mesmo período do ano anterior.
Ao longo do dia, o departamento ainda informou a venda de 264 mil toneladas de soja para China. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da temporada 2016/17.
Paralelamente, a oferta também continua sendo observada pelos participantes do mercado. Com isso, a perspectiva é que o USDA indique a colheita completa em 87% da área cultivada com a soja nos EUA. Na semana passada, o índice era de 76%. Os números serão atualizados no final da tarde desta segunda-feira.
O andamento da safra na América do Sul também continua no radar dos investidores. No caso do Brasil, até a última quinta-feira (27), em torno de 41% da área já havia sido cultivada, conforme dados reportados pela AgRural. No mesmo período de 2015 o índice era de 31% e a média dos últimos cinco anos é de 40%.
Mercado brasileiro
No doméstico, os preços da soja registraram ligeiras movimentações nesse início de semana. De acordo com levantamento do Notícias Agrícolas, o preço caiu 4,17% em Sorriso (MT), com a saca de soja a R$ 69,00. Em São Gabriel do Oeste (MS), o valor cedeu 1,74% nesta segunda-feira, com a saca do grão cotada a R$ 67,80.
Na região de Rio Verde (GO), o recuo foi de 1,33%, com a saca do grão a R$ 74,00. No Paraná, as praças de Londrina e Ubiratã, tiveram queda de 0,75%, com a saca da oleaginosa a R$ 66,50. Em Cascavel, a perda também foi de 0,75%, com a saca a R$ 66,00. No Oeste da Bahia, o preço caiu 0,37%, com a saca a R$ 67,00. Na contramão de cenário, o valor subiu 1,32% em Ponta Grossa, com a saca a R$ 77,00.
Nos portos, o preço disponível caiu 1,92% em Paranaguá, com a saca a R$ 76,50. O valor futuro permaneceu estável em R$ 78,00 a saca. Em Rio Grande, o valor cedeu 3,23%, com a saca disponível a R$ 75,00. O preço futuro também continuou inalterado, com a saca a R$ 79,00. Em Santos, o valor subiu 2,19%, com a saca a R$ 79,20 e em Imbituba (SC), a queda foi de 0,64%, com a saca futura a R$ 78,00.
Ainda assim, é consenso entre os analistas que, os produtores brasileiros estão focados no plantio da soja nesse instante. E no caso das vendas futuras, cerca de 25% da produção do país já foi negociada antecipadamente.
Dólar
A moeda norte-americana caiu 0,20% e finalizou o dia a R$ 3,1900 na venda. Segundo a Reuters, o câmbio foi "influenciado pela briga entre comprados e vendidos para a formação da Ptax do mês, pela expectativa de ingresso de recursos com a regularização de ativos brasileiros no exterior e pelo movimento de ajuste".
Fonte: Notícias Agrícolas
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