Uso da água é tema de seminário da Federação da Agricultura do ES
Palestras aconteceram na manhã desta segunda-feira (31).
Produtores discutem o uso de água subterrânea.
Para tentar salvar a produção agrícola e agropecuária, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) estima que, mais de 600 poços tenham sido perfurados sem autorização no estado por produtores. Para discutir o uso de águas subterrâneas e os avanços tecnológicos no setor de irrigação, a Federação de Agricultura (Faes) realizou um seminário na manhã desta segunda (31), no auditório da Faes em Vitória.
As palestras com os temas “Potencial de uso das águas subterrâneas no Espírito Santo” e “Análise comparativa de manejo e sistemas de irrigação” começaram a ser discutidas a partir das 9h30.
O engenheiro agrônomo da Faes, Murilo Antonio Pedroni, explicou que a legislação proíbe perfuração de novos poços por apresentarem riscos se não forem conduzidos dentro das normas técnicas, como o acompanhamento de um profissional e a regularização ambiental, com cadastro junto a Agerh.
“A gente sempre recomenda, em qualquer obra que envolva recursos hídricos, que sejam feitas dentro das normas técnicas adequadas. O governo do Estado trouxe a tona essa proibição por causa da crise hídrica. Mas a gente quer, com esse seminário, desenvolver o verdadeiro potencial do Espírito Santo para a utilização dessa água subterrânea e não somente para a agricultura”.
Pedroni declarou que, apesar das resoluções estarem disponíveis no site da Agerh, devido a crise e os recursos hídricos serem dinâmicos, essas resoluções são tomadas muito de repentes e os produtores não consegue acompanhar. “Às vezes a região dele entrou em sistema de proibição total, às vezes sai, e ele têm que ficar atento”.
O engenheiro também alertou que o maior problema é a incerteza se o produtor vai encontrar água ou não. “No seminário, nós vamos mostrar onde estão esses aquíferos com a maior possibilidade de encontrar água subterrânea. E encontrando essa água, é necessário que o produtor faça o registro”.
Queda na Produção
A queda na produção agrícola chegou a 30% no Espírito Santo, em 2016, o prejuízo é de R$ 3,6 bilhões. Desde maio, foi decretado pelo Governo do Estado situação de emergência por causa da crise hídrica. O café conilon registrou a pior safra histórica, com queda de 40% na produção e representa R$ 2,2 bilhões da perda.
A queda na produção agrícola chegou a 30% no Espírito Santo, em 2016, o prejuízo é de R$ 3,6 bilhões. Desde maio, foi decretado pelo Governo do Estado situação de emergência por causa da crise hídrica. O café conilon registrou a pior safra histórica, com queda de 40% na produção e representa R$ 2,2 bilhões da perda.
Outros setores atingidos foram a fruticultura, que produziu menos 434 mil toneladas de produtos e deixou de arrecadar R$ 957 milhões; a olericultura, produção de hortaliças e legumes, com perda de 78 mil toneladas em 2015 e 19 mil toneladas em 2016, menos R$ 228 milhões; e a produção de leite, 30 milhões de litros de leite a menos.
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