quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Caminhoes com soja congestionam entrada do Porto de Santos
A prefeitura de Guarujá, no litoral de São Paulo, tenta organizar a entrada de caminhões rumo aos terminais da margem esquerda do Porto de Santos. Uma grande fila de caminhões se formou pelo local, e os caminhoneiros protestam para receber pelas horas paradas nos congestionamentos. O problema coincide com início do escoamento da safra de grãos (soja) pelo Porto, do lado de Guarujá.
Os caminhoneiros reclamam que todo ano, e todo início de safra de grãos a cena se repete. Além das estradas lotadas de caminhões, os pátios das empresas portuárias também não dão conta do número de veículos que chegam para descarregar. Este ano, outro problema está transformando a vida dos moradores dos bairros próximos aos terminais da margem esquerda em um caos.
Os caminhoneiros que deveriam descarregar em um dos maiores terminais de contêineres do país resolveram protestar por mais agilidade para entrar e sair do terminal. Os trabalhadores dizem que o tempo para descarregar é curto, e o maior problema é na hora de sair de lá, por isso, querem receber pelas horas paradas. "A estadia, o tempo que ele fica parado a disposição da empresa ele tem que receber porque é um direito constitucional. Várias reuniões, vários acordos foram feitos e a Santos Brasil não cumpre esses acordos", diz o presidente Sindicato Caminhoneiros JA Santos Brasil rebateu as críticas do presidente do sindicato. "Nós não possuímos nenhum tipo de vínculo comercial ou contratual com os caminhoneiros. Os caminhoneiros são contratados pelos importadores, exportadores e donos de cargas, e eles sim, discutem condições comerciais como valores de fretes, valores de estadias e outras condições", explica o diretor da Tecon Luiz Felipe Gouvêa. A empresa disse ainda que não manuseiam produtos a granel. "É importante que seja compreendido por todos que os produtos que são movimentados na Santos Brasil são exclusivamente transportados em contêineres. Nós não manuseamos produtos a granel, que são hoje a grande concentração de cargas na margem esquerda do porto de Santos", completa o diretor.
Para tentar diminuir os problemas e evitar que os reflexos dos congestionamentos acabem penalizando demais a população, a prefeitura de Guarujá resolveu agir. Montou um bloqueio no único acesso à cidade dos caminhoneiros que chegam pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni. "Só os terminais que tem capacidade dentro dos seus terminais para acomodar os caminhões estão recebendo os caminhões. Aqueles terminais que não têm não tem essa capacidade, os caminhões estão retornando em círculo pela rodovia até que eles providenciem espaço para receber os caminhões. Ou seja, recebem 50 caminhões, descarregam e depois recebem mais 50 caminhões", diz o diretor de Portos de Guarujá José Ribamar Brandão.osé Nilton de Oliveira.
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