quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Depois de 2012, governo vê cenário difícil para a atividade neste ano
Por Luciana Otoni e Tiago Pariz
BRASÍLIA, 27 Fev (Reuters) - Diante do baixo crescimento da economia em 2012, a ser confirmado na sexta-feira, o governo deve adotar publicamente um tom de otimismo cauteloso para este ano, já que internamente trabalha com um cenário de dificuldades e incertezas para fazer deslanchar a atividade.
A equipe econômica, segundo três fontes do governo ouvidas pela Reuters, acredita que 2013 possui uma engrenagem mais azeitada do que a do ano passado graças às melhores condições para a indústria, devido a reduções nos custos de produção, mas continua uma preocupação grande com o volume de investimentos.
O mantra deverá ser: a recuperação da atividade já está em curso. "A economia cresceu 1 por cento (em 2012), talvez um pouco menos, mas já vemos sinais mais claros de recuperação", afirmou uma das fontes.
O problema é que essa recuperação ainda é incipiente e os sinais não estão consolidados de forma a transformar em fato o que ainda é expectativa.
O governo se preocupa com a retomada mais forte dos investimentos e há avaliações de que, de fato, ele vai deslanchar somente no final do próximo ano. A boa notícia é de que as indicações tanto dentro da equipe econômica quanto no mercado financeiro são de que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu no quarto trimestre de 2012, na primeira alta após cinco trimestres.
"O investimento está crescendo e depende muito do governo por isso... O governo não vai abandonar o papel de indutor do investimento", disse uma das fontes.
A equipe econômica acredita que o caminho correto já foi tomado, sobretudo por causa das concessões que estão sendo preparadas em setores essenciais de infraestrutura, como rodovias e ferrovias.
Mas existe uma preocupação, na avaliação das fontes, em relação à falta de fôlego do setor privado para aumentar investimentos, em meio a incertezas sobre as economias doméstica e internacional.
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