quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Após decisão do STF, governistas querem votar Orçamento rapidamente
BRASÍLIA, 27 Fev (Reuters) - Parlamentares governistas querem votar o Orçamento deste ano com rapidez, após a decisão desta quarta-feira do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a liminar que determinava a análise dos vetos presidenciais por ordem de chegada ao Congresso, disseram parlamentares.
O impasse sobre os vetos vinham impedindo a votação da peça orçamentária, pois parlamentares e o governo entendiam que a análise do Orçamento sem uma manifestação do Supremo sobre os vetos geraria uma insegurança jurídica.
"A sessão do Congresso para votar o Orçamento será uma sessão específica para votar Orçamento. Vamos fazer isso o mais rápido possível", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator do Orçamento deste ano.
"Vamos pedir para que tenhamos condições de votar no máximo na próxima terça-feira. Eu acho que podemos votar na terça ou na quarta-feira, dependendo, é claro, do calendário do presidente (do Congresso, senador) Renan (Calheiros, PMDB-AL)", acrescentou Jucá.
O Orçamento de 2013 deveria ter sido inicialmente votado em dezembro do ano passado, mas foi prejudicado pelo impasse em torno do veto da presidente Dilma Rousseff a uma nova fórmula de distribuição dos royalties do petróleo, que aumentaria a parcela destinada aos Estados não produtores e reduziria a dos Estados produtores da commodity.
O Congresso chegou a aprovar o regime de urgência para analisar o veto, mas um pedido de liminar do deputado Alessandro Molon (PT-RJ), concedida pelo ministro Luiz Fux, determinou a análise dos vetos por ordem de chegada ao Congresso e impediu a votação.
A liminar, contudo, foi derrubada pelo plenário do Supremo nesta quarta, abrindo caminho para a votação do Orçamento.
"A prioridade é votar o Orçamento, o país já está sem Orçamento desde dezembro e começar a votação dos vetos de acordo, aí sim, com entendimento das lideranças com o presidente do Congresso. O requerimento de urgência (para analisar o veto dos royalties) continua valendo", disse o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), após a decisão da Corte.
Renan disse que se reunirá na quinta-feira com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para discutir uma eventual convocação de uma sessão do Congresso, necessária tanto para votar o Orçamento quanto para analisar vetos presidenciais.
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