Polícia desmonta quadrilha que provocava acidentes por seguro

Polícia desmonta quadrilha que provocava acidentes por seguro Quadrilha provocou, pelo menos, 30 acidentes de trânsito em seis anos. Grupo conseguiu receber quase R$ 900 mil em indenizações. A polícia de Brasília desmontou nesta terça-feira (26) uma quadrilha que provocava acidentes de trânsito e colocava a vida de um dos integrantes do bando em risco, para ficar com o dinheiro do seguro. O chefe da quadrilha, de acordo com a polícia, era Eldo Eloi Lopes, que foi preso nesta terça-feira (26) na casa dele em um bairro nobre de Brasília, junto com a mulher e a sogra. Para a polícia, elas também participavam dos golpes. Eldo, que ganhava R$ 1 mil de salário, tinha, além da casa, outros imóveis no Distrito Federal e três carros importados. Segundo as investigações, a quadrilha primeiro procurava carros importados que estivessem à venda, e oferecia um valor abaixo do preço de tabela. Com o carro na mão, o chefe da quadrilha, que era funcionário de um banco, fazia o seguro por um valor mais alto. “Se o carro valia R$ 60 mil, eles pagavam R$ 30 mil e faziam um seguro de R$ 80 mil”, afirma o delegado Henry Lopes. Depois disso, era a hora de destruir o carro para acionar o seguro. De acordo com o delegado do caso, a quadrilha provocou, pelo menos, 30 acidentes de trânsito e, em seis anos, conseguiu receber quase R$ 900 mil em indenizações. Para que os golpes dessem certo, era fundamental a participação de Robster Pereira, um integrante da quadrilha que tinha um apelido sugestivo: “Perda Total”. Na maioria dos acidentes, era ele quem estava ao volante. Mecânico experiente, “Perda Total” destruiu, no mínimo, 24 carros a mando da quadrilha. Segundo a polícia, Robster “Perda Total” fazia de tudo: batia de frente com outros veículos, dava um jeito de arrebentar a parte de baixo do carro e, algumas vezes, chegou até a capotar. Frequentemente saía machucado. “Mesmo se machucando, ele se arriscava com o objetivo de conseguir dinheiro e manter a quadrilha abastada financeiramente”, diz o delegado.