quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Governo dos EUA e oposição endurecem posição em batalha fiscal
Por Jeff Mason e Steve Holland
WASHINGTON, 27 Fev (Reuters) - O presidente dos EUA, Barack Obama, e os líderes parlamentares de oposição endureceram na quarta-feira sua posição na disputa orçamentária, mas marcaram novas negociações para tentar impedir o drástico contingenciamento previsto para entrar em vigor nesta semana.
Parecendo resignadas com o "sequestro" orçamentário que começa na sexta-feira, agências governamentais já passaram a reduzir custos e a avisar aos empregados como os cortes vão se dar.
Só uma medida do Congresso pode impedir a entrada em vigor do sequestro orçamentário, definido em 2011 num acordo que evitou uma crise fiscal anterior. O contingenciamento de verbas desagrada aos dois partidos, mas há poucos sinais de que o Congresso conseguirá chegar a um acordo sobre o que fazer em vez de cortar os gastos públicos de forma generalizada.
Obama manteve sua exigência de que os republicanos aceitem aumentos tributários, por meio da eliminação de lacunas fiscais aproveitadas principalmente por contribuintes mais ricos, como parte de uma abordagem que permitiria cortes de gastos mais moderados.
"Não há na cabeça do presidente alternativa ao equilíbrio", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Mas os republicanos, que em dezembro já aceitaram com relutância elevar as alíquotas do imposto de renda para evitar o chamado "abismo fiscal", não parecem dispostos a aceitar mais tributações, e querem definir cortes de gastos mais focados.
"Uma coisa que os norte-americanos simplesmente não aceitarão é mais um aumento tributário para substituir reduções de gastos com as quais já concordamos", disse o líder republicano no Senado, Mitch McConnell.
Num dos primeiros efeitos concretos dos cortes orçamentários, o governo tomou a excepcional decisão de libertar centenas de imigrantes clandestinos, por causa do custo de mantê-los detidos
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