sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Ex-OGX, Óleo e Gás diz que pode devolver campo de Tubarão Martelo
27/02/2015 20h31 - Atualizado em 27/02/2015 20h33
Ex-OGX, Óleo e Gás diz que pode devolver campo de Tubarão Martelo
Forte queda nos preços do petróleo gerou questionamentos.
Empresa divulgou comunicado ao mercado nesta sexta-feira.
Da Reuters
A companhia petrolífera Óleo e Gás Participações, ex-OGX, criada por Eike Batista, informou em comunicado divulgado nesta sexta-feira (27) que a forte queda nos preços do petróleo nos últimos meses obrigou a empresa a reavaliar a viablidade econômica do campo de Tubarão Martelo, algo que pode culminar com a devolução do ativo à Agência Nacional do Petróleo (ANP).
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"Em virtude da queda vertiginosa do preço do petróleo (...) a companhia se viu impossibilitada de obter os financiamentos necessários para garantir o incremento da produção", do campo de Tubarão Martelo, informou a Óleo e Gás no texto.
Diante do quadro, a ex-OGX contratou uma empresa especializada para elaborar uma previsão independente da produção do campo e, a partir desta estimativa, os conselhos das companhia envolvidas vão "avaliar se as medidas de redução de custos implementadas ou em negociação serão suficientes para manter a continuidade da operação do campo e decidirão por sua manutenção, pela desativação temporária das instalações de produção ou pela devolução para a ANP".
A autarquia deu prazo até o próximo dia 8 de março para a Óleo e Gás reapresente um plano de desenvolvimento do campo.
Turbulências na OGX
A OGX entrou com pedido de recuperação judicial em 30 outubro de 2013, quando declarou uma dívida consolidada de R$ 11,2 bilhões. As turbulências tiveram início em 2012, quando a companhia divulgou que a vazão de óleo nos primeiros poços perfurados em um campo na bacia de Campos era de apenas um terço do que o mercado esperava. No dia seguinte, as ações da companhia fecharam em queda de 26,04%.
Esse fato foi sucedido por novas frustrações com o nível de produção da OGX. As ações da petroleira atingiram novas mínimas, acumulando uma queda de mais de 95% desde a cotação máxima registrada pelos papéis da companhia, em outubro de 2010, segundo levantamento da consultoria Economatica.
Após o anúncio, as principais agências de classificação de risco passaram a rebaixar a nota de crédito da petrolífera de Eike Batista. No início de outubro de 2013, a OGX comunicou ao mercado que não pagaria cerca de US$ 45 milhões das parcelas referentes a juros de dívidas emitidas no exterior, vencidas no dia 1º deste mês. No final daquele mês, entrou com pedido de recuperação judicial.
Em janeiro, Eike Batista renunciou aos cargos de presidente e membro do Conselho de Administração da companhia, hoje chamada Óleo e Gás Participações.
tópicos:
Economia, Eike Batista, OGX
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