sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
27/02/2015 - 08:59
Aprosoja tenta com tradings fim da greve dos caminhoneiros em Mato Grosso
Da Redação - Viviane Petroli
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) pediu à representantes das tradings que se encontre uma solução rápida para o fim dos bloqueios das rodovias federais e estaduais em Mato Grosso em decorrência a paralisação dos caminhoneiros. A colheita da soja em Mato Grosso chegou a 53,6%, porém está impedida de ter continuidade com a falta de óleo diesel para abastecer as máquinas. O escoamento das tradings para a indústria e portos estão parados, também, há 10 dias no Estado.
O presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk, e o diretor-executivo da entidade, Wellington Andrade, reuniram-se em São Paulo nesta quinta-feira (26) com representantes da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove).
Segundo a Associação mato-grossense a Abiove comprometeu-se a começar, imediatamente, uma recomposição do valor do frete. O baixo valor pago hoje pela tonelada é uma das reivindicações dos caminhoneiros e empresários do transporte de cargas de grãos.
Ricardo Tomczyk declara que precisa-se encontrar uma solução rápida, pois Mato Grosso ainda possui 50% da safra de soja para ser colhida, além de escoar.
O pedido de uma solução para a atual situação vivida no Brasil, que está gerando desabastecimento de combustível, alimentos, gás de cozinha e até mesmo de água em garrafão, foi feito pela Aprosoja-MT durante o Seminário Previsão de Safra da Anec. Na ocasião o presidente da Aprosoja-MT explicou e apresentou os impactos sofridos no Estado com as manifestações.
A Aprosoja-MT declara ainda que o aumento do frete impacta diretamente nos custos do produtor, porém diante da situação não se vê outra solução. "Esperávamos a ação do poder público, mas as negociações não avançam e não percebemos a desmobilização. A soja está pronta para ser colhida e não podemos perder boa parte da safra. Mais uma vez, o produtor vai cortar na própria carne", destaca Tomczyk.
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