China celebra entrada do yuan na cesta de moedas de reserva do FMI
Na mesma cesta estão dólar, euro, libra esterlina britânica e iene japonês.
Para BC chinês, é uma etapa histórica para a internacionalização da moeda.
A entrada do yuan neste sábado (1) no clube fechado das moedas de referência do FMI é uma "etapa histórica" para a internacionalização da moeda, afirmou o Banco Central chinês, que prometeu um "aprofundamento" das reformas financeiras e da abertura do país.
A partir deste sábado, a divisa chinesa é oficialmente parte integrante da unidade de conta do Fundo Monetário Internacional (FMI), os Direitos Especiais de Giro (DEG), cesta em que estão o dólar, o euro, a libra esterlina britânica e o iene japonês.
"É uma uma etapa histórica para o renminbi (nome oficial do yuan), que confirma os avanços da China no desenvolvimento econômico, assim como os frutos das reformas e da abertura de seu setor financeiro", comentou o Banco Central (PBOC) em um comunicado.
"A China vê esta inclusão como um giro. Vai aprofundar suas reformas, ampliar a abertura de seu setor financeiro e reforçar suas contribuições para consolidar o sistema financeiro mundial", completa a nota.
Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, disse que a inclusão da divisa chinesa nesse clube de elite significa reconhecer a integração da economia do país ao sistema financeiro global e o progresso alcançado pela China nos últimos anos com a reforma do seu sistema monetário e financeiro.
Impactos positivos
A decisão pode ter impacto geopolítico por deixar a China participar de decisões monetárias internacionais e limitar o uso do dólar no cumprimento de sanções políticas. Além disso, com a decisão, a China pode ter o incentivo necessário para acelerar as reformas no setor financeiro, depreciando, assim, o yuan.
A inclusão do yuan como moeda de reserva é uma notícia positiva para a China, já que outros países poderão aceitar a divisa como moeda de troca no futuro. Porém, a moeda não deverá superar o dólar americano no mercado financeiro internacional, já que a moeda norte-americana controla mais de 90% de todas as transações cambiais no mundo todo.
A decisão pode ter impacto geopolítico por deixar a China participar de decisões monetárias internacionais e limitar o uso do dólar no cumprimento de sanções políticas. Além disso, com a decisão, a China pode ter o incentivo necessário para acelerar as reformas no setor financeiro, depreciando, assim, o yuan.
A inclusão do yuan como moeda de reserva é uma notícia positiva para a China, já que outros países poderão aceitar a divisa como moeda de troca no futuro. Porém, a moeda não deverá superar o dólar americano no mercado financeiro internacional, já que a moeda norte-americana controla mais de 90% de todas as transações cambiais no mundo todo.
Com a inclusão da moeda no FMI, a China passará a fazer parte das discussões sobre a reforma monetária e os chineses terão acesso a mais benefícios nos mercados internacionais.
Os critérios para inclusão da moeda na cesta do FMI são grande participação nas exportações internacionais envolvendo a moeda e que ela seja amplamente conversível, com um sistema aberto para que outros países negociem ativos com a divisa.
Há vários anos a China se esforça para transformar o yuan em uma moeda de reserva internacional, à altura de seu status de segunda potência econômica mundial, com uma abertura muito gradual de seu mercado como pano de fundo.
O respaldo do FMI é, portanto, uma vitória diplomática para Pequim e tem uma forte carga simbólica por incluir oficialmente o yuan entre as grandes moedas mundiais.
Ao contrário das outras moedas da cesta dos DEG, o yuan não é plenamente conversível e a repatriação dos capitais investidos na China por estrangeiros continua sendo difícil.
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