Faep defende terceirização no trabalho rural
30/01/17 - 12:01
“Se permitir a terceirização, vão surgir empresas especializadas, vai criar um nicho de mercado, e eu tenho convicção de que o produtor vai ter redução de custo”. A afirmação é do presidente da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Ágide Meneguette, que falando com exclusividade ao Portal Agrolink defende uma atualização da lei trabalhista para o setor rural.
“A Lei da Terceirização foi aprovada na Câmara, mas está parada no Senado – e precisa avançar. Como um produtor que tem 24 a 40 hectares pode comprar uma máquina dessas que são lançadas atualmente, que custam quase R$ 1 milhão? Não tem como. Hoje, esse investimento que ele precisa fazer em máquinas, não precisaria mais fazer”, explica.
Hoje nós temos algumas exigências de juízes [trabalhistas] que têm criado dificuldades para o produtor rural. Então precisamos de uma Lei. A reforma previdenciária pode ajudar, pois estabelece que os acordos, as convenções, vão prevalecer sobre a legislação. Quem é que sabe das dificuldades de cada município? As relações de trabalho têm de ser adequadas às circunstâncias do lugar”, defende Meneguette.
Segundo ele, se não for feita essa adequação, o risco é de aumentar muito mais o desemprego no campo – que já é grande. “Por que o produtor rural é quem deve fornecer o transporte ao trabalhador e ainda pagar por esse tempo de deslocamento, se o trabalhador em todo o lugar tem que pagar por seu transporte e só começa a contar o tempo na hora que marca o cartão? Isso no mundo inteiro não é assim”, sustenta.
Agrolink
Autor: Leonardo Gottems
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