Preço baixo faz pecuarista segurar o gado pronto para abate em MS
Produtores estão recebendo menos pela arroba.
Frigoríficos também reduziram o recebimento de animais.
Os criadores estão segurando o boi gordo já acabado no pasto em Mato Grosso do Sul. Os frigoríficos diminuíram os abates e estão pagando menos pela arroba.
O criador Carlos Xavier engorda bovinos em Campo Grande. Para conseguir um melhor preço pela arroba, negocia os animais com frigoríficos do interior de São Paulo. O pecuarista enviou o último lote para o abate há quase um mês. Agora, ele precisa começar um novo ciclo na fazenda. Mas, não está satisfeito com o mercado.
Depois de suspender por três dias a produção em 33 unidades do país, o frigorífico JBS, um dos maiores do Brasil, voltou a comprar animais essa semana. Mas, com redução de 35% no volume de abates e pagando menos pela arroba do boi.
O criador Jorge Tupirajá também trabalha com o sistema de engorda de bovinos da raça canchin em Campo Grande. Um dos lotes tem 40 animais que pesam uma média de 600 quilos.
Os novilhos precoces estão prontos para o abate. Mas, pelo menos por enquanto, o pecuarista não vai enviá-los ao frigorífico. “Eu vou segurar o máximo possível, até o mercado se normalizar”, diz.
Os novilhos precoces estão prontos para o abate. Mas, pelo menos por enquanto, o pecuarista não vai enviá-los ao frigorífico. “Eu vou segurar o máximo possível, até o mercado se normalizar”, diz.
A partir da segunda-feira (02) os criadores terão menos opções para negociar o gado. O frigorífico JBS, responsável por 40% dos abates de bovinos em Mato Grosso do Sul, deve dar férias coletivas de 20 dias em três unidades do estado. Ao todo, dez indústrias devem suspender as atividades em todo o país.
A justificativa que a JBS dá para as férias coletivas é a diminuição das vendas da carne, provocada pelos embargos à exportação e pela retração do mercado interno.
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