sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

FALTA DE CHUVAS CAUSOU REPLANTIO DE 94 MIL HECTARES EM MATO GROSSO, APONTA IMEA

FALTA DE CHUVAS CAUSOU REPLANTIO DE 94 MIL HECTARES EM MATO GROSSO, APONTA IMEA

A instabilidade climática no início da safra de soja em Mato Grosso deixou muitos agricultores apreensivos. A falta de chuvas regulares inibiu o começo da semeadura e, entre os que arriscaram, houve replantio. De acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea),
94,75 mil hectares, ou 1% da área total no estado, teve que ser ressemeada.
Em boletim divulgado esta semana, o Imea informa que as regiões mais afetadas foram Médio-Norte e Nordeste. O impacto climático se deu principalmente nas áreas que foram semeadas logo após o fim do vazio sanitário.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin, o dado fornecido pelo instituto está dentro do aceitável. “Apesar da cautela dos produtores no início da semeadura, tivemos muita instabilidade e atraso em todas as regiões. Agora é aguardar as condições climáticas para os próximos meses para definir a safra”, afirma.
Em Campo Verde, região Sul de Mato Grosso, a produtora rural Leila Rugeri teve que replantar 5% da área da propriedade. “Estávamos com o calendário planejado para a lavoura de soja e, na sequência, iríamos fazer segunda safra de milho e algodão. Havia chovido um pouco e esperamos que as precipitações se regularizassem, o que não ocorreu”, conta.
Naquela propriedade, Leila utilizou sementes próprias, então o impacto não foi tão negativo em termos de custos. “A maior dificuldade foi realmente remanejar todo o calendário operacional, pois tivemos que trocar áreas onde plantaríamos algodão, por exemplo, e usar variedades de ciclo mais curto”, informa.
A semeadura de soja já atingiu 96,06% do total da área estimada em Mato Grosso (mais de 9 milhões de hectares).

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