domingo, 30 de junho de 2013
Dupla musculatura do gado piemontês garante melhor rendimento da carcaça
Dupla musculatura do gado piemontês garante melhor rendimento da carcaça
Raça rústica chegou ao Brasil em 1974
Juliana Camargo | Sorocaba (SP)
CONHEÇA A RAÇA
30/06/2013 | 17h33Um animal com dupla musculatura. Essa é uma característica forte da uma raça de gado piemontês, originária do norte da Itália e que chegou ao Brasil em 1974.
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Francisco Vilaró Carrasco é um entusiasta da raça. Pecuarista há 20 anos, há 15 ele descobriu as qualidades do gado Piemontês.
– Eu testei várias raças no cruzamento industrial e o piemontês, que é um animal rústico, se adaptou bem à região do Mato Grosso, onde eu tenho pecuária extensiva.
O piemontês é originário de uma região isolada pelos Alpes, conhecida como Piemonte. Alguns estudiosos afirmam que a raça teve origem a partir de um cruzamento natural. Aproximadamente 25 mil anos antes de Cristo, animais zebu do Paquistão teriam migrado rumo ao norte da Itália e cruzado com um gado europeu que vivia na região. O primeiro registro datado é de 1887.
O piemontês tem porte médio, e uma característica marcante da raça é a dupla musculatura. O traseiro é avantajado, com músculos bem definidos e aparentes. Os ossos e a pele são finos, o que resulta no melhor rendimento da carcaça.
– No cruzado, o rendimento de carcaça chega a 57%. De 8% a 10% a mais que o nelore – explica Francisco Carrasco.
O pêlo branco e a pele negra, que se descobre pela coloração dos cílios e do focinho, são a herança marcante do zebu primitivo. Segundo o pecuarista, a genética da raça zebuína ajuda a suportar o calor.
No cruzamento, porém, a genética piemontês é predominante. Lado a lado com uma fêmea piemontesa, é difícil saber quem é o cruzado. O chifre e a cabeça - um pouco maiores - acabam entregando.
Para quem busca carne de qualidade, o produto final – diferenciado – é a principal vantagem do italiano piemontês. Segundo Francisco, entre as raças italianas, é a carne mais valorizada.
– A carne é muito macia, dá para cortar com o garfo não precisa nem de faca. O pecuarista que experimenta uma vez não desiste – garante o pecuarista.
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