Rally Cocamar vê boa situação da soja na região de Maringá
26/01/17 - 11:26
Quem viaja pelas imediações de Maringá para avaliar lavouras de soja, percebe diferenças significativas no desenvolvimento das plantas de uma microrregião para outra. É um efeito típico do La Niña, fenômeno climático caracterizado por extremos como a variação brusca de temperatura e a distribuição irregular de chuvas. Quem semeou mais cedo, em setembro, não teve a mesma sorte de quem o fez em meados de outubro, quando as precipitações ocorreram com mais frequência. Mas, de uma forma geral, as expectativas para a colheita da safra 2016/17 são animadoras.
Na terça-feira (24/1), o Rally Cocamar Bayer e Spraytec de Produtividade esteve nos municípios de Jaguapitã, Atalaia e Floraí, no norte e noroeste paranaenses, distantes, respectivamente, 90, 52 e 56 quilômetros de Maringá. Foi a primeira viagem após a realização do Safratec 2017, promovido pela Cocamar entre os dias 18 e 20 deste mês em Floresta (PR), quando a equipe conversou com 106 produtores sobre o andamento da safra e as tecnologias que utilizam.
A rodada marcou o início de uma nova etapa do Rally, em que as visitas são precedidas por uma equipe de preparação, que instala tendas e estrutura para que os participantes possam se reidratar.
Em Jaguapitã, na propriedade arrendada pelo produtor Dorival Baveloni, de Maringá, que cultiva áreas em vários outros municípios da região, o potencial de produtividade no local da visita foi avaliado em 190 sacas por alqueire (78,5 sacas por hectare). O agricultor investiu em um pacote tecnológico para explorar toda a capacidade produtiva da cultura, que foi semeada em meados de outubro e apresenta desenvolvimento satisfatório, conforme observaram os visitantes, com grande número de vagens por planta. O gerente local da Cocamar, José Depieri Conti, que acompanhou o evento, comentou que o indicativo é uma safra cheia no município.
Quadro semelhante se viu em Atalaia, na propriedade de Giovane Sirotti que, no lote visitado, projetava uma produtividade ao redor de 180 sacas por alqueire (74,3 sacas/hectare).De acordo com o produtor, “é preciso estar atento às novidades”, referindo-se, por exemplo, ao surgimento de cultivares mais produtivas. “A soja dá uma resposta muito boa quando se trabalha com as melhores tecnologias e o produtor tem que fazer a sua parte se quiser ser competitivo”, disse. Profissionais da equipe técnica da cooperativa em Atalaia e Ângulo participaram da visita, em companhia do gerente Roberto Vedoveto, que coordena as duas unidades.
Por fim, em Floraí, o Rally esteve em uma das áreas do agricultor Luiz Antônio Cremoneze Gimenez, o “Pico”, onde a previsão é colher acima de 160 sacas por alqueire (66 sacas/hectare), conforme avaliou o engenheiro agrônomo da unidade local da Cocamar, Valdecir Gasparetto. Ele explicou que mesmo tendo havido um período de estiagem de mais de 30 dias, sob altas temperaturas, a lavoura recuperou-se bem após a regularização das chuvas, a partir de novembro. Gasparetto enfatizou que essa boa situação se deve ao investimento em tecnologias adequadas e também, em grande parte, à prática do consórcio milho e braquiária, realizada durante o inverno, que deixou o solo coberto de palha. Com essa proteção, o solo não ficou exposto ao sol intenso na fase inicial e permanece úmido por mais tempo após a chuva. “É visível a diferença nas propriedades onde se adotou o consórcio e naquelas que ainda não fazem”, destacou.
Em sua segunda edição, o Rally de Produtividade é uma iniciativa da Cocamar que acompanha o ciclo da soja 2016/17 e tem o patrocínio das empresas Bayer, Spraytec, Sancor Seguros, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul (BRDE) e Zacarias Chevrolet, com apoio do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb).
A proposta do Rally é a divulgação de boas práticas e as melhores tecnologias adotadas entre os cooperados da Cocamar, para o aumento da produtividade. A meta da cooperativa é desenvolver todos os esforços possíveis no sentido de que, nos próximos anos, seja alcançado o patamar de 250 sacas por alqueire (100 por hectare).
Agrolink com informações de assessoria
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