Produção de carne suína cresce em 2016
Mesmo assim, o ano não foi de comemoração para os criadores.
O alto custo dos insumos reduziu a lucratividade.
A produção de carne suína cresceu em 2016 no Rio Grande do Sul. O problema é que o preço dos insumos aumentou, principalmente o do milho.
Ivo Ferranti está entre os 1,2 mil criadores de suínos que ainda trabalham de forma independente no Rio Grande do Sul. Na granja, em Erechim, no norte do estado, todos os custos de mão de obra e produção ficam por conta dele, que negocia direto com os frigoríficos.
Em 2016, os criadores foram pegos de surpresa pelo alto custo de produção. O vilão é o milho, principal ingrediente da ração. O preço da saca chegou a beirar os R$ 60, mais que o dobro de 2015. Mesmo podendo negociar o preço do suíno vivo direto com o comprador, o máximo que Ivo conseguiu alcançar foi R$ 3,85 pelo quilo. “Deu pra manter a casa de pé ainda, mas lucratividade, não”, conta.
Mesmo com o preço alto dos insumos, a produção de carne suína fechou 2016 com um aumento médio de 5% no estado, de acordo com a Associação de Criadores. As exportações também seguiram esse ritmo, a alta foi de 13%, só que os preços no mercado internacional diminuíram.
Em 2016, os criadores foram pegos de surpresa pelo alto custo de produção. O vilão é o milho, principal ingrediente da ração. O preço da saca chegou a beirar os R$ 60, mais que o dobro de 2015. Mesmo podendo negociar o preço do suíno vivo direto com o comprador, o máximo que Ivo conseguiu alcançar foi R$ 3,85 pelo quilo. “Deu pra manter a casa de pé ainda, mas lucratividade, não”, conta.
Mesmo com o preço alto dos insumos, a produção de carne suína fechou 2016 com um aumento médio de 5% no estado, de acordo com a Associação de Criadores. As exportações também seguiram esse ritmo, a alta foi de 13%, só que os preços no mercado internacional diminuíram.
“Entrou menos dinheiro com mais volume exportado. Isso fez com que o equilíbrio financeiro do setor não fechasse porque o custo de produção foi maior e o preço de venda do mercado externo foi menor”, explica Valdecir Luis Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos/RS.
Em uma unidade produtora de leitões, os animais ficam até atingir os 23 quilos. Nesse caso, o criador trabalha num sistema integrado com cooperativas em que a integradora fica responsável pelas matrizes, o sêmen e alguns medicamentos, mas a ração é de responsabilidade do criador. São quase 7 mil criadores integrados no estado.
A produção na granja de Roberto Fontana é de mil leitões por semana. Em novembro, ele recebia R$ 3 pelo quilo, agora, R$ 0,20 a mais, mas o criador diz que o aumento não é suficiente para cobrir as perdas registradas no ano. Ele já chegou a lucrar R$ 40 por animal, em 2016, estima que o lucro não tenha passado de R$ 5. “Nós precisaríamos que aumentasse bem mais para ganhar fôlego e, pelo menos, pagar as contas”, diz.
Em todo o Brasil, a situação da suinocultura é semelhante à do Rio Grande do Sul. Foi um ano de aumento de custos e de produção maior. As exportações brasileiras de carne suína também aumentaram: 30% em 2016.
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