sexta-feira, 1 de julho de 2016

Setor espera abertura de mercado dos EUA em julho

Setor espera abertura de mercado dos EUA em julho





Setor espera abertura de mercado dos EUA em julho
01/07/16 - 10:17

 
Depois de anos de tratativas, o setor pecuário brasileiro espera, para o próximo mês, a abertura oficial das exportações para o mercado norte-americano. O anúncio deve vir durante visita do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, aos Estados Unidos no final de julho.
Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli, -  que estará na missão e palestrou na manhã de hoje (30/6) no 3º Congresso Brasileiro de Angus, em Porto Alegre,-  a abertura significa um mercado diferenciado, que dá acesso ao Nafta. “Eles dão acesso a estados, não abrem por plantas”, informou otimista. A previsão é que, além dos embarques previstos nas cotas de exportação, o Brasil se beneficie de vendas extra-cota principalmente com embarque de cortes de dianteiro para produção de hambúrguer. “O mercado norte-americano vai nos ajudar muito a equacionar a oferta de dianteiro”.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, a abertura do mercado norte-americano é, há muito, esperada pelos criadores de Angus. "É uma notícia maravilhosa que confirma que a pecuária brasileira está no caminho certo”, frisou Weber.
Outra boa notícia apresentada durante o painel “Carne de Qualidade: um caminho para a pecuária nacional” foi que o Brasil concluiu, neste mês de junho, o protocolo para acessar a cota 481, que prevê exportação de carne de alta qualidade, produzida em confinamento. O documento foi concluído pelo setor produtivo (Abiec, CNA, Assocon), validado pelo Ministério da Agricultura e remetido à União Europeia. Diferente da cota Hilton (criada para normatizar exportação de cortes específicos e mais valiosos), a cota 481 inclui um maior número de cortes e permite ao pecuarista o uso de confinamento.
Durante sua palestra, Camardelli ainda mencionou  as mudanças implementadas pela Apex para aumentar a agressividade das ações de marketing, o que também deve contribuir significativamente nesse processo de abertura de mercado. Apesar das inúmeras ações realizadas nos últimos anos em busca do mercado gourmet, o Brasil segue sendo visto pelo mercado internacional como um fornecedor de carne ingrediente e culinária. “Temos dificuldade de acessar mercado de carne gourmet, que garante uma maior valorização”, pontuo, lembrando que o Brasil é um dos poucos países do mundo em condições de manter volumes de entrega ao mercado internacional.
Foto: Olga Silva
Na foto: Antônio Camardelli

 

Agrolink com informações de assessoria

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