sexta-feira, 29 de maio de 2015
Defesa sanitária de MS confirma mais 3 casos de mormo em equinos
29/05/2015 09h57 - Atualizado em 29/05/2015 09h57
Defesa sanitária de MS confirma mais 3 casos de mormo em equinos
Animais estavam na propriedade onde foi descoberto primeiro caso.
Equinos foram sacrificados e propriedade permanece interditada.
Anderson Viegas
Do Agrodebate
A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) confirmou nesta quinta-feira (28) a ocorrência de mais três casos de mormo em equinos em Mato Grosso do Sul. Os animais estavam na mesma propriedade onde foi registrado o primeiro caso do doença no estado no mês de abril, em Bela Vista, na região sudoeste, e já foram sacrificados.
Com os novos registros, sobe para quatro o número de casos de mormo em Mato Grosso do Sul. Os novos focos, de acordo com a Iagro, foram descobertos depois que 57 animais da propriedade onde foi identificado o primeiro caso, foram submetidos a exames laboratoriais para a detecção da doença.
As amostras, enviados ao laboratório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa/Lanagro/PE) no dia 11 de maio e submetidas ao teste de triagem denominado “Fixação de Complemento”, apontaram 15 resultados positivos, 5 inconclusivos, 3 anticomplementares e 34 negativos.
As 23 amostras que não apontaram negativo foram submetidas a uma contraprova, com o teste Western-Blotting, que apontaram três positivos, um inconclusivo e 19 negativos. Em razão do resultado, a Iagro aponta que nesta terça-feira (26) deslocou uma equipe de profissionais para sacrificar os três animais que apresentaram resultado positivo para o mormo nos exames.
Novos testes serão realizados no rebanho de equídeos da propriedade, no intervalo de 45 a 90 dias. Durante este período, a fazenda permanecerá interditada para o trânsito de equídeos.
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O caso zero
O primeiro caso de mormo em Mato Grosso do Sul foi registrado em uma égua de três anos de idade da raça crioula, em uma propriedade rural de Bela Vista. Segundo a Iagro, no dia 9 de abril, o produtor solicitou a um veterinário a realização do exame para que o animal pudesse participar de um evento agropecuário em Campo Grande. No dia 14 de abril, o laboratório responsável pela análise apontou que o resultado foi positivo e imediatamente a Superintendência Federal de Agricultura (SFA) solicitou a Iagro a interdição da propriedade e a realização de uma contraprova.
No dia 20 de abril a Iagro coletou amostra para o exame que foi enviado para o laboratório oficial do Mapa. No dia 28, a sorologia reiterou o resultado do primeiro exame e no dia 29 a agência estadual foi comunicada oficialmente, passando a partir desta data a adotar as medidas sanitárias previstas em uma instrução normativa do próprio Mapa. O animal foi abatido e o corpo foi incinerado na própria propriedade.
O mormo
O mormo é uma doença infectocontagiosa grave que acomete os equídeos (equinos, asininos e muares), mas que pode acometer outras espécies de maneira acidental, como o homem (zoonose), carnívoros e pequenos ruminantes.
A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei, que ocasiona alta taxa de mortalidade nos equídeos e no homem é fatal. Os sinais clínicos mais frequentes são: febre, tosse e corrimento nasal. A doença pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo que a forma crônica, geralmente, ocorre em equinos e a forma aguda em muares e asininos. Em equídeos os sinais são classificados em três categorias: nasal, pulmonar e cutânea.
tópicos:
Bela Vista, Mato Grosso do Sul
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