domingo, 31 de maio de 2015
MS é 11º no ranking de produção de mel do país, diz entidade
31/05/2015 11h17 - Atualizado em 31/05/2015 11h17
MS é 11º no ranking de produção de mel do país, diz entidade
Senar/MS pretende fomentar atividade com curso a produtores.
Produção do estado chega a 760 t de mel por ano, segundo a Feams.
Do Agrodebate
Mato Grosso do Sul possui cerca de 700 apicultores, que juntos têm aproximadamente 21 mil colmeias e produzem 760 toneladas de mel por ano, segundo estimativa da Federação de Apicultura e Meliponicultura do estado (Feams).
Para potencializar a atividade, símbolo do desenvolvimento sustentável, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS) oferece regularmente o curso de Apicultura Básica, que acontecerá no município de Porto Murtinho, no sudoeste do estado, entre os dias 1º e 3 de junho.
“Com o certificado de identificação geográfica que recebemos este ano pela qualidade do produto, a expectativa é de um crescimento maior”, destaca o presidente da Feams, Gustavo Nadeu Bijos. Para ele, o selo de reconhecimento internacional da qualidade do produto apesar de ajudar o segmento, não é suficiente para alavancar a atividade.
“É preciso uma mudança de comportamento dos apicultores, em muitos casos a apicultura é uma segunda opção de trabalho. Com a valorização do produto será possível ter mais investimento e consequentemente maior desenvolvimento nesta prática”, explica Bijos.
“A apicultura é uma atividade que preserva o meio ambiente e a biodiversidade. Em função disso, sua prática é permitida nas áreas de reservas, sem exigir dos produtores propriedades particulares”, afirma o técnico em agropecuária e instrutor do Senar/MS, Eloy Bortolini.
Mel produzido no Pantanal recebe selo de identificação geográfica
Segundo o instrutor, que ministrará a capacitação em Porto Murtinho, o recomendável é iniciar o manejo com cinco caixas de enxames. “É um investimento baixo, geralmente para os iniciantes. É possível obter lucro em até dois anos quando feito o acompanhamento da caixa, na limpeza, retirada adequada do mel, troca da rainha e atenção à quantidade de abelhas”.
Para Bortolini também é fundamental o contato com a associação de apicultores do município ou região. “É interessante essa relação, pois facilita a negociação de compra e venda dos equipamentos e produtos”, ressalta.
Bortolini afirma que é possível obter as abelhas por meio da compra, pelo preço de R$ 50 o enxame ou pela captura, que é feita por meio de caixas a vistas nas áreas de vegetação, onde o inseto se estabelece de maneira natural ou coleta no meio ambiente, quando os enxames são encontrados em madeiras podres ou cupinzeiros.
O curso
O curso de Apicultura Básica tem carga horária de 24 horas e irá abordar medidas de segurança no trabalho, cooperativismo, exigências profissionais no mercado de trabalho, histórico da apicultura, custos e manejo de implantação do apiário.
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