sexta-feira, 29 de maio de 2015
Equipe do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono continua pesquisa em SC
Os consultores do Projeto estão durante toda esta semana realizando visitas técnicas em propriedades e empresas que trabalham com sistemas sustentáveis de produção de suínos no estado de Santa Catarina
No segundo dia de visitas técnicas, eles passaram por indústrias e granjas em três cidades do Estado: Granja Pizzatto e LPC Tecnologia Ambiental, ambas em Concórdia, CTR Indústria de Fertilizantes em Jaborá e Master Agropecuária, em Videira.
Os consultores tiveram a oportunidade de conhecer de perto experiências exitosas ligadas ao escopo do Projeto, como empresas que atuam na redução da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE).
As visitas técnicas têm como objetivo conhecer os casos de sucesso de empresas e instituições que atuam direta e indiretamente no desenvolvimento de tecnologias e sistemas para uma atividade agropecuária mais sustentável. As três primeiras visitas foram acompanhadas pelo engenheiro agrícola e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Paulo Armando de Oliveira.
Granja Pizzatto – Concórdia/SC
A Granja Pizzatto 2 possui um plantel de 2.450 matrizes em sistema de UPD (Unidade Produtora de Leitões Desmamados). Conta com 14 colaboradores e produz 30,2 desmamados por matriz ano. O proprietário Antônio Pizzatto coordena os trabalhos da unidade com ajuda do seu filho Rodrigo, que alia os conhecimentos da profissão de médico veterinário ao de gestor do negócio.
A unidade utiliza a compostagem de dejetos como forma de transformar os efluentes em um composto orgânico de alto valor agronômico. O sistema utiliza uma fonte de matéria orgânica (serragem) que, misturada com os efluentes líquidos por meio de processo mecânico, elimina a água presente nos dejetos e deixa o produto final pronto para o uso na agricultura – seco e isento de maus odores.
A compostagem é uma tecnologia adequada para unidades de produção de suínos que possuem limitações de área para distribuição de fertilizantes orgânicos líquidos. Após o tratamento, o composto é estável, podendo ser armazenado por longos períodos, além de facilitar o transporte para uso em outras propriedades, na produção de hortaliças, frutas, flores, entre outros.
A orientação do projeto de compostagem foi liderada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A unidade está em fase final de implantação do projeto de captação das água da chuva, filtragem e armazenagem em cisterna. Ao término, o processo ampliará as tecnologias sustentáveis utilizadas na propriedade. Para o médico veterinário e consultor do Projeto, Fabiano Coser, é um modelo de negócio a ser seguido.
LPC Tecnologia Ambiental – Concórdia/SC
A empresa LPC Tecnologia Ambiental é pioneira na fabricação de equipamentos utilizados para compostagem automatizada de dejetos suínos, também conhecida comercialmente como UMAC (Unidade Mecanizada e Automatizada de Compostagem).
Segundo Renato Baccin, diretor da LPT, o sistema utilizado pela empresa minimiza a geração de Gases de Efeito Estufa (GEE), elimina o mau cheiro, reduz a proliferação de moscas e outros vetores, além de ser viável economicamente.
CTR Indústria de Fertilizantes – Jaborá/SC
A CTR Indústria de Fertilizantes é uma empresa recentemente inaugurada que utiliza como matéria prima o composto orgânico originário do tratamento dos efluentes de granjas de suínos da região. O composto é submetido a processos tecnológicos que agregam valor, possibilitando a venda aos consumidores finais por meio de grandes redes de varejo: donas de casa, jardineiros, produtores de alimentos orgânicos, entre outros.
O diretor da CTR, Fernando Rafael Curioletti, ressalta que uma das vantagens do produto é a facilidade de uso, pois o fertilizante orgânico pode ser utilizado com segurança como um condicionador de solo para plantas de jardins.
Master Agropecuária – Videira/SC
A Master tem como slogan "Master, mais tecnologia, mais sabor”, um dos pontos que a fez se tornar uma empresa de vanguarda na produção de suínos. O empresário Mário Faccin é o gestor da empresa, que possui atualmente 32.000 fêmeas, 7 unidades de produção de leitões e 280 parceiros terminadores. Parte de sua produção é industrializada com a marca Sulita.
Receberam os consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono o gerente de meio ambiente, Cleonei Gregolin, o gerente de operações do Sítio 1, Rafael Krummer, o gerente da Granja São Roque 1, Moisés Schlosser, e o coordenador ambiental da unidade de São Roque, Thiago Murigi.
A granja São Roque possui 10.000 matrizes em UPL e foi pioneira em Santa Catarina na geração de energia elétrica a partir de biogás. O combustível é conduzido para uma central por meio de gasodutos que alimentam três geradores que podem trabalhar de forma contínua fornecendo energia para a rede da CELESC. Esta é uma maneira de gerar energia renovável reduzindo a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). A central geradora de energia elétrica opera a mais de cinco anos na propriedade e de forma sustentável reduz os gastos com energia elétrica.
“Saímos muito entusiasmados em virtude da competência dos consultores ao dominar a atividade e conhecer muito do sistema. Além disso, o Projeto busca facilitar a linha da agricultura de baixa emissão de carbono para torná-la mais acessível aos suinocultores, pois é uma demanda nossa utilizar o biogás para termos mais possibilidade de diminuição de CO2”, destaca Gregolin.
Data de Publicação: 29/05/2015 às 17:20hs
Fonte: Suíno ABC
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