terça-feira, 31 de março de 2015

Redução do ICMS do etanol ainda não chegou ao consumidor final

Lei que reduz carga tributária do etanol entrou em vigor há uma semana, mas vários postos ainda praticam preços antigos e não diminuíram os preços do produto
Lei que reduz carga tributária do etanol entrou em vigor há uma semana, mas vários postos ainda praticam preços antigos e não diminuíram os preços do produto. No fim do ano passado foi aprovado projeto de lei que reduz a carga tributária sobre o álcool combustível de 19 para 14%. A aplicação do novo índice está valendo desde 18 de março. A expectativa era que a redução no preço acontecesse de forma ágil, pois o giro de estoque do etanol está mais rápido, porém muitos estabelecimentos ainda não aplicaram o novo valor. De acordo com o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, o principal objetivo desta lei é tornar o etanol mais competitivo perante a gasolina, por isso espera-se que os postos de combustíveis repassem o valor no preço final. "Estive em Uberaba nesta semana e percebi que a redução nos preços não foi completa, mas está ocorrendo. Por outro lado, percebemos que as distribuidoras estão fazendo promoções de gasolina, provavelmente estão com os estoques elevados e, neste momento, essa situação prejudica a competição", afirma. Mário explica que a queda nos preços ainda não foi geral, pois as distribuidoras e postos estão tentando compreender como será o mercado daqui para frente. Apesar de ser uma medida anunciada há 90 dias, ocorreram várias situações nos últimos dois meses que podem fazer com que as distribuidoras avaliem a política comercial. "Houve aumento nos impostos da gasolina por duas vezes e agora redução do etanol. Por isso estão precavidos, mas acredito que logo essas reduções vão acontecer", diz. O presidente do Sindicato Rural de Uberaba, Romeu Borges, disse que também percebeu essa situação. De acordo com ele, na capital, o etanol já está mais barato e aqui nem todos os estabelecimentos estão com valores reduzidos. "O efeito desta lei é positivo e será repassado para produção primária e industrial de forma gradual e logo o consumidor será beneficiado com isso. Para o produtor, o reflexo é imediato, pois melhora a saúde financeira das indústrias para cumprir os compromissos com o plantador. Enfim, em médio prazo, até mesmo para aqueles que arrendam a terra para cana será bom", finaliza Romeu. Data de Publicação: 31/03/2015 às 14:30hs Fonte: Jornal da Manhã Online

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