sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Previdência e Bolsa Família dependerão de regra de ouro em 2019



Publicado em 31/08/2018 18:45



O próximo presidente da República estreará no governo com um desafio de conseguir, nos seis primeiros meses, a aprovação pelo Congresso Nacional de um crédito extraordinário de R$ 258,1769 bilhões
O próximo presidente da República estreará no governo com um desafio: terá de conseguir, nos seis primeiros meses, a aprovação pelo Congresso Nacional de um crédito extraordinário de R$ 258,1769 bilhões para evitar o descumprimento da regra de ouro e garantir a continuidade de despesas essenciais, como o pagamento dos benefícios da Previdência Social e do Bolsa Família.
Esse é o montante que o próximo governo terá de emitir em títulos públicos para poder financiar despesas correntes (do dia a dia) porque as receitas de impostos e contribuições são insuficientes para cobrir esses gastos. A Constituição determina que o governo especifique quais despesas serão cobertas pelo crédito extraordinário, o que está sendo feito na proposta do Orçamento Geral da União de 2019, enviado hoje (31) ao Congresso.
De acordo com a proposta, a execução de cinco tipos de despesas está garantida apenas nos seis primeiros meses de 2019: benefícios da Previdência Social, Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), Bolsa Família, subsídios e subvenções econômicas e compensação da desoneração da folha de pagamento paga pelo Tesouro Nacional à Previdência Social.
Instituída pelo Artigo 167 da Constituição de 1988, a regra de ouro determina que o governo não pode endividar-se para financiar gastos correntes (como a manutenção da máquina pública), apenas para despesas de capital (como investimento e amortização da dívida pública) ou para refinanciar a dívida pública. Nos últimos anos, os sucessivos déficits fiscais têm posto em risco o cumprimento da norma, o que tem levado o Tesouro a buscar fontes de recursos para ter dinheiro em caixa e reduzir a necessidade de emissão de títulos públicos.
De acordo com o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, a inclusão de gastos previdenciários e assistenciais no crédito extraordinário ocorreu porque essas despesas têm sido parcialmente cobertas com emissões de títulos. Segundo ele, a aprovação do crédito extraordinário não é preocupante porque o tema não deve encontrar resistência dentro do Congresso.
“Essas são despesas primárias que comportavam condicionamentos de montantes. Esperamos que o próximo presidente tenha até junho do próximo ano para aprovar o crédito extraordinário. Não acredito que esse tema encontrará resistência para a aprovação, até porque se trata de gastos sociais importantes”, declarou Colnago.
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Fonte: Agência Brasil

Turquia nega antraz em gado brasileiro e exportações para lá seguem abertas



Publicado em 31/08/2018 16:49 e atualizado em 31/08/2018 18:24



O setor brasileiro exportador de gado vivo já pode passar um final de semana mais tranqüilo, depois do susto que foi a notícia de suspeitas de antraz em animais que foram comprados aqui.  As exportações continuam liberadas.
A Embaixada da Turquia negou a procedência das informações, em reunião que acabou há pouco com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e das entidades exportadoras.
Desde ontem, quando a notícia circulou pelas agências internacionais – e o Frigorífico Mercúrio, do Pará, segundo maior exportador, confirmou a preocupação ao Notícias Agrícolas -, o governo brasileiro acionou a representação do País em Ancara e a diplomacia turca em Brasília.
E o governo turco afirmou ser improcedente as notícias da ocorrência do carbúnculo hemático no seu território ser oriundo do Brasil.
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Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

Café: Bolsa de NY recua pela quarta sessão seguida nesta 6ª e fecha semana com perdas acumuladas de 2,77%



Publicado em 31/08/2018 17:45




Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) tiveram queda de mais de 100 pontos nesta sexta-feira (31). O mercado externo do grão foi pressionado por vendas especulativas e acompanhou o câmbio em parte do dia. Na semana, a queda acumulada foi de 2,77%.
O vencimento setembro/18 fechou o dia com queda de 85 pontos, a 98,10 cents/lb e o dezembro/18 anotou recuo de 125 pontos, a 101,40 cents/lb. Já o contrato março/19 registrou 104,70 cents/lb com 130 pontos de desvalorização e o maio/19 anotou 107,05 cents/lb com 130 pontos de perdas.
As cotações do arábica seguiram durante a maior parte da semana de olho no câmbio e fatores técnicos. O dólar comercial, no entanto, acabou fechando a sessão desta sexta em baixa com novidades no cenário político, mas conclui o mês com alta acumulada de 8,46%. Maior variação desde 2015.
A divisa registrou no dia queda de 1,78%, cotada R$ 4,0724 na venda, com investidores na expectativa dos desdobramentos da inclusão do registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na pauta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O mercado chegou a trabalhar em alta, com máxima de R$ 4,1781.
"Está apenas seguindo a baixa do real", disse para a Reuters internacional Geordie Wilkes, analista técnico da Sucden Financial, em referências às recentes oscilações do café com o câmbio.

Com a quarta queda consecutiva, o mercado do arábica voltou a se aproximar das mínimas de 12 anos e meio da semana passada, em 99,35 cents/lb. As desvalorizações do real têm desencadeado também pesadas vendas especulativas no mercado. O grão fecha agosto com queda de 10%, sua maior queda mensal desde 2016.
A colheita de café da safra 2018/19 do Brasil foi indicada em 94% até o dia 28 de agosto, segundo levantamento divulgado pela consultoria Safras & Mercado. Levando em conta a estima da consultoria de produção da consultoria, já foram colhidas 56,97 milhões de sacas no país.
"Enquanto no conilon os trabalhos já se encerraram, a colheita de arábica entra na reta final, restando em muitos casos apenas a varreção. E os dados de produção vão confirmando a perspectiva de safra recorde e de boa qualidade", disse o analista de mercado da Safras, Gil Carlos Barabach.
Os produtores de café do Brasil, em finalização de colheita, estão temerosos com a florada antecipada recente. O momento ideal para a condição acontecer seria nos meses de setembro a outubro. "Talvez, tivesse sido melhor atrasar para outubro em que teríamos uma colheita mais uniforme, como na safra passada", disse o produtor rural do município, Alexandre Maroti.
A Bolsa de Nova York não funciona na próxima segunda-feira (03) por conta do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos.

Mercado interno

O mercado brasileiro voltou a ter negócios lentos nesta semana nas principais praças de comercialização do Brasil com preços internos, inclusive, abaixo do custo de produção. "Nesse cenário, a liquidez e o volume de negócios envolvendo o arábica estiveram maiores", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Franca (SP) (-1,08%), Guaxupé (MG) (-2,13%), Patrocínio (MG) (-1,08%), ambas com saca a R$ 460,00. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 451,00 e queda de 2,17%.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação no dia em Franca (SP) com saca cotada a R$ 440,00 e queda de 3,30%. Essa foi a maior oscilação no dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 435,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com valorização de 2,50% e saca a R$ 410,00.
Na quinta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 426,13 e alta de 0,11%.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

Soja: Brasil descola da Bolsa de Chicago e fecha agosto com mais de 4% de altas nos portos

Publicado em 31/08/2018 17:33




"O mês de agosto foi desastroso para a tendência dos preços internacionais de soja e para a economia brasileira, mas favorável para manter em níveis elevados os preços de soja em reais no mercado interno brasileiro". O resumo é o do diretor da Cerealpar, Steve Cachia, que justifica as baixas acumuladas de mais de 6% entre os principais vencimentos da soja negociados no mercado futuro norte-americano. 
Com essa pressão, o contrato novembro/18 fechou o mês com US$ 8,43 por bushel, e queda de 6,14%, e o janeiro passou de US$ 9,12 para US$ 8,56, com perda de 6,14%. 


As baixas não foram ainda mais intensas porque nesta sexta-feira as cotações terminaram o dia com altas de 11,25 a 13,50 pontos entre as posições mais negocidas, com o mercado da soja econtrando suporte nas altas de mais de 2% entre as cotações do milho e do trigo. 
Agosto foi repleto de estimativas da nova safra norte-americana e a mais forte delas veio com os dados do Pro Farmer, um dos mais importantes e tradicionais crop tours dos EUA, com a projeção de pouco mais de 127 milhões de toneladas de soja a serem colhidas na temporada 2018/19. Os dados repercutiram por dias no mercado e ajudaram a intensificar a pressão sobre as cotações. 
Ademais, a guerra comercial entre China e Estados Unidos continuou, os rumores aumentaram, bem como a tensão entre as duas maiores economias do mundo. Nesta sexta-feira (31), inclusive, Donald Trump informou estar preparado para intensificar a disputa, adotando mais 200 bilhões de dólares em importações chinesas assim que o período de consulta pública sobre o plano acabar na próxima semana, segundo informou a Bloomberg News.
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Paralelamente, porém, a movimentação do dólar frente ao real também chamou muito a atenção dos traders no mercado internacional e a valorização da moeda americana em 8,46% no mês ajudou a pesar sobre as cotações da soja em Chicago. Com a divisa brasileira mais barata, o produto do Brasil se tornou ainda mais competitivo, ajudando a manter a concentração das compras chinesas no mercado do Brasil. 
O andamento do mercado cambial brasileiro tem sido pautado, principalmente, pelo cenário da corrida presidencial. Todas as pesquisas de intenção de voto seguem mostrando a liderança do ex-presidente Lula e, em um cenário sem ele, a priemeira posição é de Jair Bolsonaro. 
Nesta sexta, o dólar passou por uma correção depois das altas consecutivas e, de ao longo da semana bater nos R$ 4,20, de 1,78% para fechar nos R$ 4,07. Na máxima do dia, alcançou os R$ 4,1781. 
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E essa alta de mais de 8% do dólar frente ao real permitiu que, também no mês de agosto, os preços da soja no mercado de portos do Brasil conseguissem registrar um balanço positivo, com altas de mais de 3%. 
Para o produto disponível, em Paranaguá a alta acumulada neste mês foi de 1,10%, com a saca fechando em R$ 91,00, enquanto em Rio Grande o ganho foi de 4,21%, com o preço passando de R$ 87,80 para R$ 91,50 por saca. Ainda no terminal gaúcho, a referência para setembro subiu, em agosto, 3,84% para R$ 92,00. 
Os negócios, nesta semana, mantiveram um bom ritmo de evolução para o produto restante da safra 2017/18, com os vendedores aproveitando não só as puxadas do dólar, mas também dos prêmios, que vieram subindo na medida em que as cotações recuavam na Bolsa de Chicago. Dessa forma, as principais posições de entrega ainda têm valores de US$ 1,80 a US$ 2,00 sobre os valores praticados na CBOT. 
O mesmo, porém, não acontece na nova safra. A comercialização está atrasada - dadas tantas incertezas que ainda rondam os custos da temporada 2018/19 - e os negócios estão bem mais lentos. 
Ainda assim, as cotações também registraram um balanço positivo, com alta de 3,84% para a soja com referência fevereiro/19, no terminal de Paranaguá, fechando o mês com R$ 85,00 por saca. 
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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

Com feriado na segunda-feira (03) nos EUA, investidores decidem recompor posições após uma semana de pressão nos preços da soja



Publicado em 31/08/2018 18:04



No mercado interno, apesar da queda semanal da soja em Chicago, preços encerram em níveis que despertam interesse de venda dos produtores no Brasil
Marlos Correa - Analista Insoy Commodities

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Entrevista com Marlos Correa - Analista Insoy Commodities sobre o Fechamento de Mercado da Soja
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CNA acredita na derrubada da liminar que suspende glifosato e não vê motivos para uma corrida às revendas para retirar o produto



Publicado em 31/08/2018 15:10 e atualizado em 31/08/2018 17:08



Algumas revendas vem pedindo aos produtores para retirarem glifosato contratado, antes que prazo dado pela justiça para suspensão de registro se esgote
Reginaldo Minaré - Consultor em Tecnologia da CNA

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Entrevista com Reginaldo Minaré - Consultor em Tecnologia da CNA sobre o Proibição do Glifosato
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Reginaldo Minaré, consultor em tecnologia da CNA, conversou com o Notícias Agrícolas nesta sexta-feira a respeito da aproximação do prazo para suspensão do uso e comercialização do glifosato, mediante liminar expedida pelo Ministério Público Federal (MPF).
Algumas revendas já enviam comunicados para que seus clientes retirem os produtores que foram contratados, com risco de esses clientes não serem atendidos caso a liminar não seja derrubada.
Contudo, Minaré lembra que, embora a decisão em vigor crie uma expectativa de cenário catastrófico, a suspensão do produto apenas se torna efetiva quando oficializada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A expectativa é que o tribunal tenha sensibilidade e compreenda o tamanho do impacto dessa decisão, como ressalta o consultor.
Ele aponta que, caso a Anvisa entenda que o produto é seguro, a situação terá, assim, causado "transtorno de forma desnecessária".
Minaré ressalta a situação, especialmente, daqueles produtores que compraram transgênicos  e que teriam que buscar uma semente alternativa a essa altura do campeonato, o que seria bastante difícil.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

Florada antecipada do café nos últimos dias preocupa produtores de Nova Resende (MG) com safra 2019/20



Publicado em 31/08/2018 15:35 e atualizado em 31/08/2018 16:32



Condição pode prejudicar a qualidade de uma temporada que já será mais baixa por conta da bienalidade negativa das lavouras. Produtores da região mineira praticamente encerraram a colheita da atual temporada, mas os baixos preços limitam negociações com patamares, inclusive, abaixo dos custos.
Alexandre Maroti - Produtor de Café

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Entrevista com Alexandre Maroti - Produtor de Café sobre o Acompanhamento de Safra do Café
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Na região de Nova Resende/MG, os produtores rurais estão apreensivos com a florada antecipada dos cafezais que pode comprometer a qualidade e a na produtividade. Contudo, os cafeicultores estão aguardando um melhor momento para fazer as compras dos insumos devido à alta do dólar.
De acordo com produtor rural do município, Alexandre Maroti, o momento ideal para a florada acontecer seria nos meses de setembro a outubro. “Talvez, teria sido melhor atrasar para outubro em que teríamos uma colheita mais uniforme, como na safra passada”, comenta.  
Na localidade, os cafeicultores já finalizaram a colheita do café da atual safra. “Eu acredito que 99% já terminaram a colheita e o que está faltando é varrição da fazenda. A expectativa é que daqui duas semanas os trabalhos de campo se encerrem”, destaca.

Atualmente, as referências para o café giram ao redor de R$ 413,00 a saca, porém os preços já chegaram aos patamares de R$ 396,00 a saca, que não cobrem os custos de produção.“As negociações estão lentas, pois os produtores estão vendendo conforme a necessidade.
Com a valorização do dólar, os cafeicultores optaram por aguardar para realizar as compras de insumos para a próxima safra. “Os insumos subiram mais de 30% e os preços do café inverteram. Com isso, os agricultores vão reduzir os investimentos”, diz.
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Por: Jhonatas Simião e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas