quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Receios com negociações EUA-China pesam e índices de bolsas americanas recuam



Publicado em 28/02/2019 20:03



NOVA YORK (Reuters) - Os principais índices de Wall Street recuaram ligeiramente nesta quinta-feira, após dados do PIB americano melhores do que as previsões terem sido ofuscados por preocupações sobre as negociações comerciais EUA-China.
O Dow Jones caiu 0,27 por cento, para 25.916 pontos. O S&P 500 perdeu 0,28 por cento, para 2.784 pontos. O Nasdaq cedeu 0,29 por cento, para 7.532 pontos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ter deixado a cúpula do Vietnã com Kim Jong por causa das exigências do líder norte-coreano de suspender sanções lideradas pelos EUA.
Dados do Departamento de Comércio mostraram, enquanto a economia dos EUA teve crescimento inferior a 3 por cento em 2018, o quarto trimestre foi melhor do que o esperado.
Mas os investidores foram cautelosos, após o S&P ter subido 11 por cento neste ano, ao mesmo tempo em que as expectativas para os lucros do trimestre atual se tornaram negativas.
Essa é uma "desconexão que precisa ser reconciliada", disse Terry Sandven, gerente de portfólio e estrategista-chefe de ações do U.S. Bank, em Minneapolis.


Analistas de Wall Street agora esperam que os lucros do primeiro trimestre caiam 1,1 por cento em comparação com as estimativas de janeiro de crescimento de 5,3 por cento, de acordo com dados do IBES da Refinitiv.
"Nesta semana faltaram incentivos para mais alta". Os lucros do quarto trimestre estão chegando ao fim e não houve notícias sobre as negociações comerciais EUA-China", disse Sandven.
Os investidores também não se impressionaram com a garantia do assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, de que as negociações comerciais entre EUA e China estavam avançando após "fantásticos" progressos feitos na semana passada.
"É hora de um progresso concreto", disse Oliver Pursche, estrategista-chefe de mercado da Bruderman Asset Management.

Trump e líder norte-coreano continuarão conversas para resolver problemas discutidos em Hanói, segundo KCNA

SEUL (Reuters) - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiram dar continuidade a produtivas conversações para resolver os problemas discutidos durante sua cúpula em Hanói, visando a desnuclearização da península coreana e progresso no relacionamento entre Washington e Pyongyang, disse a mídia estatal norte-coreana KCNA nesta sexta-feira.
Os dois líderes tiveram uma construtiva e sincera troca de visões sobre questões práticas para dar início a uma nova era de melhora nas relações entre os EUA e a Coreia do Norte, segundo a KCNA.
Kim e Trump viram que esforços e medidas proativas tomadas por ambos os lados para atenuar a tensão, estimular a paz e alcançar a completa desnuclearização da península coreana têm sido fortemente significativos no encorajamento da confiança entre os dois países, e mudado fundamentalmente a desconfiança e o relacionamento hostil que era mantido pelos dois países por décadas, relatou a agência estatal norte-coreana.
Os dois líderes disseram que sua segunda reunião em Hanói foi uma importante oportunidade de construir confiança e de levar o relacionamento entre os dois países ao próximo nível, segundo a KCNA.

Malogro de cúpula põe em dúvida futuro de diplomacia nuclear entre EUA e Coreia do Norte

HANÓI (Reuters) - A segunda cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, fracassou nesta quinta-feira em torno do tema sanções, e os dois lados forneceram relatos conflitantes sobre exatamente o que aconteceu, levantando dúvidas sobre o futuro de suas negociações de desnuclearização.
Trump disse que houve um bom progresso nos dois dias de negociações em Hanói, capital do Vietnã, na construção de relações e na questão-chave da desnuclearização, mas afirmou que é importante não se precipitar e acabar em um acordo ruim.
"Foi tudo por causa das sanções", disse Trump em entrevista coletiva após as negociações serem encerradas antes do previsto.
"Basicamente, eles queriam que as sanções fossem retiradas por completo, e não podemos fazer isso."
Entretanto, o ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, disse em coletiva de imprensa realizada horas depois de Trump deixar Hanói que Pyongyang havia buscado apenas a suspensão parcial de sanções “relacionadas à subsistência da população e não relacionadas a sanções militares”.
O chanceler disse que a Coreia do Norte fez uma proposta realista envolvendo o desmantelamento de todas as suas principais instalações nucleares em Yongbyon, incluindo unidades de plutônio e urânio, por engenheiros dos dois países.
“Esse é o maior passo de desnuclearização que podemos tomar, com base no atual nível de confiança entre os dois países”, disse Ri, em uma rara entrevista de autoridades norte-coreanas.
“É difícil dizer se haverá algo melhor do que o que oferecemos. Nós podemos não ter uma oportunidade como esta novamente. Nós precisamos de um primeiro passo como este no caminho para completar a desnuclearização. Nosso posicionamento fundamental nunca irá mudar e mesmo se os EUA buscarem conversas adicionais, nosso posicionamento não mudará”, disse Ri.
A vice-chanceler norte-coreana, Choe Son Hui, disse durante a mesma coletiva de imprensa que tem a impressão que Kim “pode perder sua disposição de buscar um acordo”, depois que o lado norte-americano rejeitou uma suspensão parcial das sanções em troca da destruição de Yongbyon, “algo que nunca tínhamos oferecido antes”.
Mais tarde, a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA relatou que Kim e Trump decidiram dar continuidade a produtivas conversações para resolver os problemas discutidos durante sua cúpula em Hanói.
Questionada sobre os comentários da Coreia do Norte, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que Trump está ciente dos comentários e que a Casa Branca não tem nada a acrescentar ao que o presidente disse durante a coletiva de imprensa em Hanói.
O presidente dos EUA conversou com os líderes da Coreia do Sul e do Japão em seu trajeto de volta de Hanói e lhes disse que os Estados Unidos continuarão a trabalhar com eles e a dialogar com a Coreia do Norte, segundo a porta-voz.
Trump e Kim encerraram suas conversas antes do previsto, pulando um planejado almoço de negociações no hotel colonial Metropole após uma manhã de reuniões.
"Às vezes você tem que ir embora, e esta foi uma dessas vezes", disse Trump acrescentando: "foi um abandono amigável."
  • PETRÓLEO - Preços ficam sem direção comum por negociações EUA-China e desaceleração chinesa

  • NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do petróleo Brent caíram e os do norte-americano fecharam estáveis nesta quinta-feira, conforme tensões comerciais entre EUA e China persistiram, economias de China e Índia deram sinais de desaceleração e notícias sobre a crescente produção dos EUA enfraqueceram os cortes de produção liderados pela Opep.
    Valor de referência global, os futuros do Brent para abril fecharam a sessão com queda de 0,36 dólar, ou 0,5 por cento, a 66,03 dólares o barril. O contrato mais ativo, para maio, caiu 0,27 dólar, ou 0,4 por cento, para 66,31 dólares.
    O contrato abril do petróleo dos EUA avançou 0,28 dólar, ou 0,5 por cento, para fechar a 57,22 dólares o barril.
    Em fevereiro, o petróleo o petróleo norte-americano subiu 6,4 por cento, enquanto o Brent avançou 6,6 por cento. Os preços têm sido impulsionados desde janeiro por cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, como a Rússia --grupo conhecido como Opep.
    A atividade fabril da China, maior importadora de petróleo do mundo, encolheu pelo terceiro mês em fevereiro, com a queda dos pedidos para exportação em seu ritmo mais forte desde a crise econômica de uma década atrás. [nL1N20N0AI]
    Uma pesquisa da Reuters com 36 economistas e analistas indicou maior pessimismo quanto a uma alta significativa do preço neste ano, prevendo que o Brent teria média de 66,44 dólares em 2019, levemente maior do que na estimativa de janeiro. [nL1N20N0K5]
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Fonte Reuters

Guaidó diz que voltará à Venezuela até 2ª, não descarta oferecer garantias para Maduro deixar poder



Publicado em 28/02/2019 20:02


BRASÍLIA (Reuters) - O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse nesta quinta-feira, em Brasília, que apesar das ameaças planeja voltar para a Venezuela até a próxima segunda-feira e que não tem medo de manter a resistência em seu país, mas deixou aberta em sua fala a possibilidade de uma saída para que Nicolás Maduro deixe o poder, como tem defendido o governo brasileiro.
"O objetivo central de qualquer transição é a governabilidade que permita atender o cidadão. Temos plena consciência de que para gerar governabilidade, gerar garantias para alguns setores é parte do processo", disse Guaidó em entrevista no Palácio do Planalto.
"A perseguição deixa cicatrizes. Mas o que não podemos fazer nesse momento é nós venezuelanos vivermos com ressentimento, porque isso nos mataria."
Ainda assim, ressaltou, qualquer diálogo com o governo de Maduro só pode existir se for para incluir um caminho para eleições transparentes e livres na Venezuela.
O autodenominado presidente encarregado da Venezuela chegou a Brasília na madrugada desta quinta-feira, vindo da Colômbia, em busca de apoio mais explícito dos países da região, depois do fracasso da operação de ajuda humanitária.
Foi recebido no Palácio do Planalto com a pompa reservada a presidentes eleitos ou autoridades como vice-presidentes: tapete vermelho e guarda presidencial, mas sem a cerimônia de uma visita oficial. Ainda assim, além do que desejavam setores do governo.

Na noite anterior, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rego Barros, anunciara o encontro como uma visita "pessoal" e que Guaidó seria recebido oficialmente no Itamaraty, onde daria entrevista.
A versão atendia os receios dos militares do governo, que preferem não correr o risco de um rompimento definitivo com a governo de Nicolás Maduro e as implicações que isso possa ter para o Brasil, como o fim da venda de energia da Venezuela para o Estado de Roraima.
Na manhã desta quinta, no entanto, Bolsonaro decidiu atender os apelos dos venezuelanos, que esperavam uma demonstração mais forte de apoio por parte do Brasil, como receberam na Colômbia.
Em uma declaração à imprensa ao lado de Guaidó, um momento normalmente reservado a visitas de chefe de Estado ou presidentes eleitos, Bolsonaro afirmou que interessa ao Brasil uma Venezuela "próspera e democrática" e que era necessário fazer um "mea-culpa" pelo papel de ex-presidentes brasileiros na situação atual daquele país, em aparente referência aos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
"O Brasil estava em um caminho semelhante. Aqui o povo resolveu dar um ponto final ao populismo, à demagogia barata", disse Bolsonaro, acrescentando que os governos de esquerda "gostavam tanto de pobres que os multiplicaram".
Em um movimento raro, o governo brasileiro ainda abriu espaço para que Guaidó desse uma entrevista no Palácio do Planalto, no salão reservado a pronunciamentos presidenciais e entrevistas oficiais.
Guaidó agradeceu a recepção que teve no Brasil e afirmou que o encontro "é um marco para resgatar um relacionamento positivo que beneficie nossa gente não a um grupo político".
Perguntado se voltaria a Venezuela, já que foi ameaçado pelo governo de Nicolás Maduro, Guaidó afirmou que irá na sexta-feira a Assunção e retornará a Caracas até segunda-feira.
"Como sabem, recebi ameaças pessoais e familiares e também de prisão por parte do regime. Mas isso não vai evitar nosso retorno a Venezuela. Esse final de semana no mais tardar segunda-feira. A resposta do regime não pode continuar sendo perseguição, repressão. Nos próximos dias voltarei a Caracas, apesar das ameaças", declarou.
Insistentemente questionado se a possibilidade de uma intervenção militar ainda estava sendo considerada, apesar de o Grupo de Lima ter afastado essa opção, o autodeclarado presidente interino venezuelano desconversou.
"Todos os mecanismos que nos levem a eleições livres podem ser implementados", disse, acrescentando que todos os cenários de ajuda internacional são possíveis se levarem a eleições livres.
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Fonte Reuters

Bolsonaro admite que governo poderá rever idade mínima para mulheres



Publicado em 28/02/2019 20:01



(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quinta-feira a um grupo de jornalistas a possibilidade de revisão de alguns pontos da reforma, entre eles a idade mínima para as mulheres.
Segundo reportagens na mídia, a idade mínima de aposentadoria das mulheres poderia passar de 62 para 60 anos.
“Eu acho que dá para cortar um pouco de gordura e chegar a um bom termo, o que não pode é continuar como está (o déficit da Previdência)”, disse o presidente, segundo o site UOL.
O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, confirmou à Reuters que o presidente citou a mudança na idade mínima das mulheres como uma possibilidade.
"Agora a matéria (reforma da Previdência) está de posse do Congresso, onde democraticamente será discutida", disse o porta-voz em mensagem de texto.
"As negociações para a aprovação são necessárias e o presidente da República entende que o foco é manter uma economia advinda da aprovação da presidência no patamar mais alto possível para permitir a recomposição orçamentária", acrescentou.

A equipe econômica defende que a reforma precisa gerar economias de pelo menos 1 trilhão de reais nos próximos 10 anos.
Bolsonaro teria admitido ainda, segundo a mídia, a possibilidade de concessões no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Hoje, o BPC garante a transferência de um salário mínimo aos que têm acima de 65 anos e aos deficientes de qualquer idade que comprovem condição de miserabilidade —renda familiar inferior a 1/4 do salário mínimo por pessoa.
Com a reforma, outro critério a ser cumprido para requerimento do benefício será um patrimônio familiar inferior a 98 mil reais. A partir daí, as regras de acesso continuarão as mesmas para os deficientes, mas mudarão para os idosos. Com 60 anos eles já serão elegíveis ao recebimento do BPC, mas de 400 reais. Somente a partir dos 70 anos o montante pulará para um salário mínimo, hoje em 998 reais.
Esse é um dos pontos que mais tem criado resistência entre os integrantes do Congresso, assim como as novas regras para a aposentadoria rural. 
No encontro com jornalistas nesta quinta, o presidente teria também sinalizado abertura para negociar a porcentagem da pensão por morte.
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Fonte Reuters

Principal índice da Bolsa brasileira (Ibovespa) recua após Bolsonaro sinalizar concessões



Publicado em 28/02/2019 19:50


A Bolsa de São Paulo caiu quase 2% depois de Jair Bolsonaro sinalizar que apoia mudanças na proposta de reforma da Previdência, como a redução de 62 para 60 anos da idade mínima para mulheres se aposentarem.
Analistas do mercado disseram à Folha que esse era um ponto fora do radar de questionamentos –diferentemente do BPC, o benefício pago a idosos muito pobres, que concentrou as críticas ao projeto da reforma.
Um gestor do Rio que preferiu não se identificar declarou à agência de notícias Reuters: “Não precisava ter feito esse comentário. Ninguém estava pressionando nesse ponto da idade mínima”.

Reuters: Ibovespa fecha em queda em dia de agenda cheia e encerra fevereiro no vermelho

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista fechou com o Ibovespa abaixo de 96 mil pontos nesta quinta-feira, marcada por noticiário corporativo intenso, tendo Ambev e Petrobras entre as maiores quedas, enquanto receios sobre a reforma da Previdência e o viés negativo dos mercados no exterior endossaram vendas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,77 por cento, a 95.584,35 pontos. O volume financeiro somou 16,8 bilhões de reais.
Fevereiro encerrou com o Ibovespa em queda de 1,86 por cento, mas o acumulado do ano ainda mostra ganho 8,76 por cento, dada a alta de 10,8 por cento em janeiro.

"Continuo acreditando que estamos em um momento de acomodação e realização de lucros", afirmou o estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos.
Diante de um cenário já mais cauteloso com sinais de tramitação complicada da proposta de reforma da Previdência, comentários do presidente Jair Bolsonaro veiculados pela mídia endossaram preocupações sobre uma 'desidratação' da proposta original, que prevê economia de 1 trilhão de reais em 10 anos.
Em encontro com jornalistas mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro teria aventado a possibilidade de negociar pontos da reforma da Previdência, entre eles a redução da idade mínima para aposentadoria das mulheres de 62 anos para 60, conforme veiculado na mídia, minando o humor de agentes financeiros.
De acordo com notas publicadas nos portais UOL e G1, Bolsonaro mostrou em reunião com jornalistas mais cedo nesta quinta-feira disposição em negociar alguns pontos do texto encaminhado ao Congresso na semana passada, entre eles baixar a idade mínima para aposentadoria das mulheres.
"Não precisava ter feito esse comentário", afirmou um gestor no Rio de Janeiro. "Ninguém estava pressionando neste ponto da idade mínima. Adiciona ruído em um momento já de maior cautela".
Em relatório enviado a clientes mais cedo, o economista Alberto Ramos, do Goldman Sachs, já havia destacado sobre a necessidade de um profundo ajuste fiscal estrutural estar no centro da agenda política do governo, sob o risco de prejudicar a recuperação econômica prevista para o país.
A observação foi feita após o IBGE mostrar que a economia continua em uma lenta recuperação, com o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescendo 0,1 por cento entre outubro e dezembro de 2018 sobre os três meses anteriores, enquanto sobre o quarto trimestre de 2017, houve avanço de 1,1 por cento.
O pregão teve como pano de fundo o viés externo negativo, após término abrupto e sem acordo de encontro entre os EUA e a Coreia do Norte e sinalizações menos positivas sobre as negociações comerciais EUA-China, apesar de uma desaceleração menor que a esperada do PIB norte-americano no quarto trimestre.
DESTAQUES
- PETROBRAS ON caiu 2,64 por cento, após balanço avaliado de modo geral positivamente por analistas, enquanto a empresa sinalizou planos de pagar dividendos mínimos a acionistas até que julgue ter saúde financeira suficiente para remunerar mais os investidores. Também o Conselho Nacional de Política Energética divulgou definições sobre o leilão de excedentes da cessão onerosa. PETROBRAS PN recuou 0,07 por cento.
- AMBEV perdeu 6,15 por cento após lucro líquido de 3,46 bilhões de reais no quarto trimestre, mas sinalização de custos maiores em 2019. Analistas do Credit Suisse destacaram que o Ebitda da companhia de bebidas superou suas estimativas, mas que a qualidade do mesmo foi baixa. Em teleconferência, executivos afirmaram que aguardam acelerar crescimento em 2019 com esperada retomada da economia.
- BRADESCO PN perdeu 2,63 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN caiu 1,89 por cento, reforçando o viés de baixa no pregão brasileiro.
- BRF fechou em baixa de 4,77 por cento, em meio à repercussão do prejuízo de 2,1 bilhões de reais no último trimestre de 2018, 12,5 vezes maior que a estimativa média de analistas, enquanto o Ebitda ajustado subiu 30,3 por cento e a margem avançou a 8,8 por cento. A companhia ainda estimou perda contábil adicional de 800 milhões de reais vinculada à venda de ativos a ser computada nos próximos trimestres.
- EDP BRASIL caiu 7,04 por cento, mesmo após lucro líquido de 524 milhões de reais no quarto trimestre de 2018, alta de 161,3 por cento na comparação anual. Analistas do Itaú BBA destacaram que, apesar do lucro, os resultados operacionais foram piores que o esperado devido à hidrologia desfavorável e à estratégia de alocação de energia da empresa.
- MARFRIG avançou 2,23 por cento, após divulgar lucro líquido de 2,2 bilhões de reais no quarto trimestre, impulsionado por ganho de capital gerado pela venda da subsidiária Keystone. Para a equipe do Bradesco BBI, o resultado, em geral, mostrou a continuação de uma tendência positiva para as operações de carne bovina da companhia na América do Norte e na América do Sul.
- VALE fechou com acréscimo de 0,58 por cento. Analistas do Bradesco BBI reiteraram recomendação 'outperform' para os ADRs dos papéis da mineradora em relatório no qual avaliam que o efeito operacional da tragédia envolvendo um o rompimento de uma barragem da companhia em janeiro está se tornando mais claro.
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Fonte O Antagonista/Reuters

Scot Consultoria: Mercado atacadista de carne com osso registra primeira queda no último dia de fevereiro



Publicado em 28/02/2019 19:00



Breno de Lima
Zootecnista
Scot Consultoria
Está difícil para as indústrias originarem a matéria-prima e a maioria das compras são de lotes pequenos.
O cenário, no entanto, está diferente em relação à vaca gorda, um pouco mais fácil de achar.
Mas apesar dessa “falta” de boi gordo, a dificuldade da venda da carne está pesando e tem segurado as cotações, por isso, o cenário é de estabilidade na maioria das praças.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, as referências caíram pela primeira vez no mês, no último dia de fevereiro.
A carcaça de bovinos castrados fechou cotada em R$10,13/kg, queda de 1,1% frente ao levantamento de ontem (27/2). Para a vaca casada, a queda da cotação do quilo foi de 3,3%.
Fonte Scot Consultoria

Dólar avança ante real em dia de Ptax mensal, com mercado em espera e adotando cautela



Publicado em 28/02/2019 18:50 e atualizado em 28/02/2019 19:58


SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, em dia de fechamento da Ptax mensal e com investidores adotando certa cautela com agenda interna e o cenário externo.
O dólar avançou 0,6 por cento, a 3,7531 reais. Na sessão, oscilou entre 3,7177 reais e 3,7585 reais. O contrato futuro de dólar mais líquido tinha elevação de 0,72 por cento.
No mês, a divisa norte-americana à vista acumulou alta de 2,58 por cento frente ao real.
Em meio à ausência de notícias no lado doméstico, em especial as ligadas à reforma da Previdência e antes do Carnaval, quando o mercado ficará parado durante quase três dias, investidores adotaram preferiram a cautela.
"Antes de um feriado prolongado, o investidor pisa no freio e age com mais cautela, ainda mais diante do atual quadro que estamos vivendo, com Previdência e cenário exterior... Ninguém vai tomar uma posição muito firme", afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello


A sessão ainda foi marcada por volatilidade na parte da manhã, oriunda da formação da taxa Ptax de final de mês, usada na liquidação de diversos derivativos cambiais e sua formação de preços. A cotação fechou em 3,7385 reais para venda.
Mais cedo, o Brasil e EUA divulgaram números de PIB do quarto trimestre.
A economia brasileira cresceu 1,1 por cento ante 2017, mas desacelerou no quarto trimestre. Nos Estados Unidos, a economia desacelerou menos que o esperado no trimestre em meio a gastos sólidos de consumidores e empresas.
No lado doméstico, investidores aguardam avanços da reforma da Previdência. O governo do presidente Jair Bolsonaro admitiu mudanças pelo Congresso à reforma, mas que qualquer alteração tem de preservar a economia de 1 trilhão de reais em 10 anos.
Algumas bancadas sinalizaram que o texto não avançará sem que o Planalto aceite mudar pontos da proposta, como as ligadas ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadoria rural, o que pode impactar a economia almejada.
Participantes do mercado admitem que será difícil preservar a economia de 1 trilhão de reais e já trabalham com expectativa de que a aprovação da reforma só virá no segundo semestre.
Alguns agentes estão adotando posições compradas em dólar.
"Não acho que o dólar será negociado abaixo de 3,70 reais no próximo mês, então estamos adotando uma posição comprada", disse a clientes o chefe da mesa de um banco em São Paulo.
Do cenário exterior, o mercado reverberou o encerramento abrupto da cúpula entre EUA e Coreia do Norte, que terminou no Vietnã sem acordo após Pyongyang fazer exigências ligadas a sanções consideradas inaceitáveis por Washington..
Também pesou sobre sentimento as declarações do secretário do Tesouro dos EUA de que negociações comerciais entre China e EUA ainda exigirão trabalho duro para render um acordo.
Na véspera, o BC avisou que quer rolar integralmente 12,321 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional equivalente à venda futura de dólares, que vencem em abril. Na sexta-feira fará o primeiro leilão, de até 14,50 mil contratos.
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Fonte Reuters

Mais de 3 mil carretas atoladas na BR-163 no PA não há o que fazer até o dia 15



Publicado em 28/02/2019 16:39 e atualizado em 28/02/2019 17:57



Entrevista com Braitner Vidovix sobre os caminhões parados na BR-163 PA
Braitner Vidovix - Secretário de Governo de Novo Progresso - PA

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Entrevista com Braitner Vidovix sobre os caminhões parados na br-163 PA
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Mais de três mil carretas estão atoladas no trecho da BR-163 entre Novo Progresso e Moraes Almeida, no Pará. Causado por velhos e já conhecidos problemas, o caos se instalou após quatro dias ininterruptos de chuvas na região, que mais uma vez criaram atoleiros na estrada não pavimentada. 
Trata-se de um trecho de aproximadamente 400 quilômetros e não há como manobrar os veículos, que são gigantescas carretas, em sua maioria carregadas com grãos vindas do norte de Mato Grosso. Atualmente, a safra dessa região do estado mato-grossense é toda escoada pelos portos do Arco Norte, principalmente Miritituba e agora parte dela está travada na enlameada BR-163. 
caminhoes parados em novo progresso - pa
Segundo relatou Braitner Vidovix, Secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Novo Progresso, o fluxo diário deste trecho da estrada é de mais de mil carretas nos dois sentidos, que agora está completamente intrafegável. "Não há quem consiga tirar aquelas carretas de lá", diz, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quinta-feira (28).
Vidovix afirmou ainda que já há relatos de perdas nos itens que estão sendo carregados nestas carretas, bem como o agravamento da situação dos caminhoneiros e de suas famílias que estão presos nestes locais. Há inclusive crianças passando por isso. "As pessoas já estão, inclusive, começando a passar fome", diz. 
caminhoes parados em novo progresso - pa
Uma ação está sendo realizada em Novo Progresso, uma iniciativa do MBL Novo Progresso-PA, que busca arrecadar doações para ajudar esses caminhoneiros que estão há dias presos na estrada. São doações, principalmente de arroz, feijão, carne seca, óleo, macarrão e enlatados, além de água mineral. 
Há pontos de arrecadação destes e demais itens pela cidade de Novo Progresso. "Não podemos tirá-los de lá, mas podemos fazer  destes dias menos piores, sem fome e sem sede", disse um representante do MBL. 
Para quem quiser contribuir basta entrar com contato com Pedro Melo pelo telefone 93 8134-8087.
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Caminhões parados em Novo Progresso/PA
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Por Carla Mendes e Jhonatas Simião
Fonte Notícias Agrícolas