quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Receios com negociações EUA-China pesam e índices de bolsas americanas recuam



Publicado em 28/02/2019 20:03



NOVA YORK (Reuters) - Os principais índices de Wall Street recuaram ligeiramente nesta quinta-feira, após dados do PIB americano melhores do que as previsões terem sido ofuscados por preocupações sobre as negociações comerciais EUA-China.
O Dow Jones caiu 0,27 por cento, para 25.916 pontos. O S&P 500 perdeu 0,28 por cento, para 2.784 pontos. O Nasdaq cedeu 0,29 por cento, para 7.532 pontos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ter deixado a cúpula do Vietnã com Kim Jong por causa das exigências do líder norte-coreano de suspender sanções lideradas pelos EUA.
Dados do Departamento de Comércio mostraram, enquanto a economia dos EUA teve crescimento inferior a 3 por cento em 2018, o quarto trimestre foi melhor do que o esperado.
Mas os investidores foram cautelosos, após o S&P ter subido 11 por cento neste ano, ao mesmo tempo em que as expectativas para os lucros do trimestre atual se tornaram negativas.
Essa é uma "desconexão que precisa ser reconciliada", disse Terry Sandven, gerente de portfólio e estrategista-chefe de ações do U.S. Bank, em Minneapolis.


Analistas de Wall Street agora esperam que os lucros do primeiro trimestre caiam 1,1 por cento em comparação com as estimativas de janeiro de crescimento de 5,3 por cento, de acordo com dados do IBES da Refinitiv.
"Nesta semana faltaram incentivos para mais alta". Os lucros do quarto trimestre estão chegando ao fim e não houve notícias sobre as negociações comerciais EUA-China", disse Sandven.
Os investidores também não se impressionaram com a garantia do assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, de que as negociações comerciais entre EUA e China estavam avançando após "fantásticos" progressos feitos na semana passada.
"É hora de um progresso concreto", disse Oliver Pursche, estrategista-chefe de mercado da Bruderman Asset Management.

Trump e líder norte-coreano continuarão conversas para resolver problemas discutidos em Hanói, segundo KCNA

SEUL (Reuters) - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiram dar continuidade a produtivas conversações para resolver os problemas discutidos durante sua cúpula em Hanói, visando a desnuclearização da península coreana e progresso no relacionamento entre Washington e Pyongyang, disse a mídia estatal norte-coreana KCNA nesta sexta-feira.
Os dois líderes tiveram uma construtiva e sincera troca de visões sobre questões práticas para dar início a uma nova era de melhora nas relações entre os EUA e a Coreia do Norte, segundo a KCNA.
Kim e Trump viram que esforços e medidas proativas tomadas por ambos os lados para atenuar a tensão, estimular a paz e alcançar a completa desnuclearização da península coreana têm sido fortemente significativos no encorajamento da confiança entre os dois países, e mudado fundamentalmente a desconfiança e o relacionamento hostil que era mantido pelos dois países por décadas, relatou a agência estatal norte-coreana.
Os dois líderes disseram que sua segunda reunião em Hanói foi uma importante oportunidade de construir confiança e de levar o relacionamento entre os dois países ao próximo nível, segundo a KCNA.

Malogro de cúpula põe em dúvida futuro de diplomacia nuclear entre EUA e Coreia do Norte

HANÓI (Reuters) - A segunda cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, fracassou nesta quinta-feira em torno do tema sanções, e os dois lados forneceram relatos conflitantes sobre exatamente o que aconteceu, levantando dúvidas sobre o futuro de suas negociações de desnuclearização.
Trump disse que houve um bom progresso nos dois dias de negociações em Hanói, capital do Vietnã, na construção de relações e na questão-chave da desnuclearização, mas afirmou que é importante não se precipitar e acabar em um acordo ruim.
"Foi tudo por causa das sanções", disse Trump em entrevista coletiva após as negociações serem encerradas antes do previsto.
"Basicamente, eles queriam que as sanções fossem retiradas por completo, e não podemos fazer isso."
Entretanto, o ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, disse em coletiva de imprensa realizada horas depois de Trump deixar Hanói que Pyongyang havia buscado apenas a suspensão parcial de sanções “relacionadas à subsistência da população e não relacionadas a sanções militares”.
O chanceler disse que a Coreia do Norte fez uma proposta realista envolvendo o desmantelamento de todas as suas principais instalações nucleares em Yongbyon, incluindo unidades de plutônio e urânio, por engenheiros dos dois países.
“Esse é o maior passo de desnuclearização que podemos tomar, com base no atual nível de confiança entre os dois países”, disse Ri, em uma rara entrevista de autoridades norte-coreanas.
“É difícil dizer se haverá algo melhor do que o que oferecemos. Nós podemos não ter uma oportunidade como esta novamente. Nós precisamos de um primeiro passo como este no caminho para completar a desnuclearização. Nosso posicionamento fundamental nunca irá mudar e mesmo se os EUA buscarem conversas adicionais, nosso posicionamento não mudará”, disse Ri.
A vice-chanceler norte-coreana, Choe Son Hui, disse durante a mesma coletiva de imprensa que tem a impressão que Kim “pode perder sua disposição de buscar um acordo”, depois que o lado norte-americano rejeitou uma suspensão parcial das sanções em troca da destruição de Yongbyon, “algo que nunca tínhamos oferecido antes”.
Mais tarde, a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA relatou que Kim e Trump decidiram dar continuidade a produtivas conversações para resolver os problemas discutidos durante sua cúpula em Hanói.
Questionada sobre os comentários da Coreia do Norte, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que Trump está ciente dos comentários e que a Casa Branca não tem nada a acrescentar ao que o presidente disse durante a coletiva de imprensa em Hanói.
O presidente dos EUA conversou com os líderes da Coreia do Sul e do Japão em seu trajeto de volta de Hanói e lhes disse que os Estados Unidos continuarão a trabalhar com eles e a dialogar com a Coreia do Norte, segundo a porta-voz.
Trump e Kim encerraram suas conversas antes do previsto, pulando um planejado almoço de negociações no hotel colonial Metropole após uma manhã de reuniões.
"Às vezes você tem que ir embora, e esta foi uma dessas vezes", disse Trump acrescentando: "foi um abandono amigável."
  • PETRÓLEO - Preços ficam sem direção comum por negociações EUA-China e desaceleração chinesa

  • NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do petróleo Brent caíram e os do norte-americano fecharam estáveis nesta quinta-feira, conforme tensões comerciais entre EUA e China persistiram, economias de China e Índia deram sinais de desaceleração e notícias sobre a crescente produção dos EUA enfraqueceram os cortes de produção liderados pela Opep.
    Valor de referência global, os futuros do Brent para abril fecharam a sessão com queda de 0,36 dólar, ou 0,5 por cento, a 66,03 dólares o barril. O contrato mais ativo, para maio, caiu 0,27 dólar, ou 0,4 por cento, para 66,31 dólares.
    O contrato abril do petróleo dos EUA avançou 0,28 dólar, ou 0,5 por cento, para fechar a 57,22 dólares o barril.
    Em fevereiro, o petróleo o petróleo norte-americano subiu 6,4 por cento, enquanto o Brent avançou 6,6 por cento. Os preços têm sido impulsionados desde janeiro por cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, como a Rússia --grupo conhecido como Opep.
    A atividade fabril da China, maior importadora de petróleo do mundo, encolheu pelo terceiro mês em fevereiro, com a queda dos pedidos para exportação em seu ritmo mais forte desde a crise econômica de uma década atrás. [nL1N20N0AI]
    Uma pesquisa da Reuters com 36 economistas e analistas indicou maior pessimismo quanto a uma alta significativa do preço neste ano, prevendo que o Brent teria média de 66,44 dólares em 2019, levemente maior do que na estimativa de janeiro. [nL1N20N0K5]
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Fonte Reuters

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