segunda-feira, 30 de novembro de 2015

El Niño aumenta focos de ferrugem asiática no RS





30/11/15 - 23:23 




Mais uma consequência do excesso de chuvas observado nos últimos meses, a ferrugem asiática está aparecendo mais frequentemente nas lavouras de soja do Rio Grande do Sul, exigindo atenção dos agricultores. Relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, divulgado na semana passada, mostrou que o Estado tem o maior número de casos da doença na cultura da oleaginosa na safra que está sendo implantada, com 29 dos 66 focos constatados em todo o Brasil. Em comparação, até o fim de novembro do ano passado, eram 44 focos em território nacional, sendo 17 deles nas plantações gaúchas.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja Cláudia Vieira Godoy, os problemas começaram ainda no inverno. Por ocasião dos efeitos do El Niño, as temperaturas mais amenas no período favoreceram a sobrevivência de soja voluntária com ferrugem no campo, o que tem contribuído para a maior ocorrência da doença em 2015. "O que observamos na região Sul, onde a média de chuvas tende a ser maior, é que a ferrugem pode aparecer de forma mais agressiva. Além disso, em anos com essas características climáticas, ela tende a aparecer antes nas lavouras ainda em novembro. Em anos normais, os focos aparecem apenas a partir de dezembro", explica.
Outro fator que deve impactar a propagação da doença é o atraso no plantio. Segundo dados da Emater, no fim da última semana, o percentual da área semeada era de 58%, alguns pontos abaixo da média histórica registrada nos últimos cinco anos, de 65% para a época. "Se as chuvas continuarem, a janela de plantio deve ser ampliada. Ou seja, vamos ter soja sendo semeada em várias épocas, o que favorece o ataque de ferrugem a lavouras tardias", alerta Cláudia. Outro contágio fúngico que pode se tornar comum nessas condições, conforme a Embrapa, é o mofo branco.
Entretanto, realizados o monitoramento e o controle, os problemas não devem ocasionar grandes perdas de produtividade para a cultura da soja. A recomendação das entidades de assistência rural é que os produtores fiquem atentos não somente a sua lavoura, mas à ocorrência de focos na sua região. Atualmente, o Consórcio Antiferrugem registra casos, principalmente, nas regiões Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul, em cidades como Passo Fundo, Erechim, Ijuí, Cruz Alta e Júlio de Castilhos. Na região Sul, Capão do Leão tem um foco, assim como no município de Itaqui, no Oeste do Estado, entre outros.
"Além de verificar se os cultivares têm resistência, os agricultores devem verificar as informações sobre a eficiência dos fungicidas aplicados, pois os fungos estão se adaptando aos produtos e, consequentemente, a eficiência do controle diminuindo", pondera Cláudia. Como uma das estratégias anti-resistência, o produtor pode fazer rotação de produtos. Nesse sentido, a Embrapa Soja coordena uma rede de ensaios de fungicidas, e os resultados são disponibilizados anualmente na página da entidade na internet, onde é possível verificar a eficiência na última safra.

Reunião de comitê debate as dificuldades de controle da doença no Rio Grande do Sul
Nesta terça-feira, a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) e a Superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa-RS) irão promover reunião técnica sobre as dificuldades de controle da ferrugem asiática da soja no Estado. Irão participar do encontro os membros do Comitê Estadual de Ferrugem Asiática da Soja, representantes de 20 instituições, as quais representam os principais entes envolvidos na cadeia produtiva da soja.
O comitê foi estabelecido pelo Mapa-RS em 2007, visando num primeiro momento discutir a necessidade da adoção do vazio sanitário. A Instrução Normativa nº 02/2007 do Mapa prevê a adoção de um calendário oficial em cada unidade da federação, estabelecendo o período de cultivo da soja, com um período de pelo menos 60 dias sem a cultura e sem plantas voluntárias no campo, conhecido como vazio sanitário.
A ampliação da área de cultivo de safrinha e a presença de plantas voluntárias (aquelas que crescem de sementes derrubadas) na entressafra têm causado o aumento da pressão de inóculo da doença e dificultado o seu controle nos estados produtores de soja.



Banco de Sementes será reestruturado





30/11/15 - 22:46 




Com objetivo de impulsionar o reflorestamento com plantas nativas e exóticas como o açaí, pupunha e castanha  que também cumprem a finalidade de aumento de renda do homem do campo, o governo de Rondônia vai reestruturar o Banco de Sementes de Ariquemes.
Nesta reestruturação, está prevista a ampliação do Banco de Sementes para um viveiro de mudas e também uma biofábrica para produção em escala de mudas clonais. A tecnologia minimiza problemas relacionados com a baixa produtividade, pragas e doenças geradas pelas mudas convencionais, proporcionando ao produtor rural a multiplicação rápida em períodos de tempo e espaço reduzidos, mantendo a identidade genética do material propagado e melhorando a qualidade fitossanitária.
 
O governador Confúcio Moura ressaltou a importância da parceria da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) por meio de convênio de cooperação com a Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero) para o pleno funcionamento do viveiro. O investimento inicialmente será oriundos da Sedam, e que a secretaria, Fapero e outros parceiros deverão prover os recursos necessários para coleta, classificação e armazenamento das sementes, e também da Biofábrica.
Confúcio reiterou que o Viveiro e o Banco de Sementes de Ariquemes têm como objetivo reflorestamento e que, para isso, a Fapero poderá buscar parceiros, como ONGs, OSCIPs ou órgãos governamentais.
O presidente da Fapero, Francisco  Elder, informou que já foi feito contato com o Instituto Federal de Pesquisa de Rondônia (Ifro), Embrapa e com a Universidade Federal de Rondônia (Unir), em que o projeto teve receptividade de todos.
“Vamos transformar o pólo de sementes em uma biofábrica  e um viveiro organizado com mudas de interesse comercial para o pequeno, médio e o grande produtor. Esse é o meu  objetivo, e será administrado  pela Fapero e Sedam”, afirmou governador  e completou dizendo que Rondônia  deverá ter três pontos de distribuição de sementes no Estado e que é necessário elaboração de uma cartilha explicativa, com orientações de germinação e plantio.
O governador Confúcio moura também solicitou que a Sedam e Fapero abram imediatamente um canal de negociação com a Justiça estadual e federal para que a madeira apreendida seja leiloada e os recursos sejam destinados ao Fundo de Meio Ambiente e/ou a Fapero, para pesquisas e atividades de preservação ambiental.
Para Confúcio, a madeira apreendida, deve ser  removida  ser removida no momento do flagrante para os pátios da Sedam ou Polícia Ambiental. “Vamos resolver a problemática da madeira apreendida. e para isso a Sedam deve contratar caminhões para transporte o mais rápido possível”.


Desafios para fomentar a industrialização são debatidos em evento

FONTE: SEDEC-MT

PUBLICADO EM: 30/11/2015 ÀS 21:39







Foto: Assessoria/ Sedec-MT Leopoldo Rodrigues Mendonça participou do painel Industrialização: Como alavancar o Desenvolvimento da Industrialização através da Ciência, Tecnologia

Em tempos de crise na economia do país, aumentam os desafios do desenvolvimento econômico dos estados. Em Mato Grosso, maior produtor de soja (30% da produção nacional) e algodão (56% da produção brasileira), detentor do maior rebanho bovino (28,5 milhões de animais) e segundo maior produtor de pescado de água doce (12,8% da produção nacional), o grande desafio é o fomento à industrialização da produção.

O assunto foi destaque no evento “Cresce Brasil”, que este ano teve como tema os “Desafios do Desenvolvimento Sustentável em Mato Grosso” e foi realizado na sexta-feira (27.11), em Cuiabá. O secretário-adjunto de Empreendedorismo e Investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), Leopoldo Rodrigues Mendonça, foi um dos palestrantes. Mendonça participou do painel Industrialização: Como alavancar o Desenvolvimento da Industrialização através da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Para o secretário, o fomento da industrialização em Mato Grosso deve ser pautado em incentivo à pesquisa e ao estudo, integração do Estado com empresas e instituições de ensino e tecnologia e apoio aos jovens empreendedores. Mendonça ainda falou sobre alguns projetos desenvolvidos integralmente pela Sedec e em parceria com outras secretarias.

“A Sedec elaborou a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que será votada pela Assembleia Legislativa, e que trará um tratamento diferenciado aos micro e pequenos empresários, regulamentando o Estatuto Nacional. Outro projeto interessante, desenvolvido pela Secretaria de Cultura [Sec] com a parceria da Sedec, é o Núcleo de Economia Criativa, que incentiva os jovens empreendedores mato-grossenses a colocar em prática suas startups”.

O assessor da presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Paulo Kliass, endossou o posicionamento de Leopoldo Mendonça. “Vejo que precisamos reindustrializar o país, isso é fundamental. Precisamos superar este modelo de produção primária e dar um salto de qualidade, agregando valor ao que produzimos aqui”.

Cresce Brasil

O evento foi uma realização do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Mato Grosso (Senge-MT), juntamente com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) e a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).





Artesanato mato-grossense marca presença na 26ª Feira Nacional

Evento é o maior da América Latina e deve atrair 200 mil pessoas

FONTE: SEDEC-MT

PUBLICADO EM: 30/11/2015 ÀS 21:41










O artesanato mato-grossense estará na 26ª Feira Nacional de Artesanato (FNA), realizada de 1º a 06 de dezembro no Expominas, em Belo Horizonte-MG. O tema da feira é “Do Bronze ao ouro, do suor à superação, a alegria de um Brasil feito a mão”. A FNA é considerada a maior feira do gênero na América Latina e deve atrair cerca de 200 mil pessoas.

O Programa de Artesanato da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) leva para a feira peças produzidas por 26 artesãos de Cuiabá, Barra do Bugres, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Chapada dos Guimarães, São José do Xingu, Barra do Garças, Cáceres e Campo Verde. As peças serão expostas e comercializadas no estande de Mato Grosso.

A coordenadora do artesanato mato-grossense, Maria do Carmo Avalone, destaca a importância da representatividade da cultura regional na feira. “A participação do Estado é imprescindível para o fomento da produção artesanal mato-grossense. São peças únicas, que carregam toda originalidade e traços da nossa cultura, que poderão ser levadas para outros estados e para fora do Brasil”, pontua.

No estande de Mato Grosso serão expostos produtos artesanais feitos à base de madeira, cerâmica, tecelagem, produtos indígenas, entre outros. As peças da produção artesanal mato-grossense possuem características peculiares de cada região do Estado.

No dia 1º de dezembro o evento será aberto somente para lojistas, sendo aberto ao público de 02 a 06 de dezembro.

A FNA é conhecida por movimentar negócios na casa de R$ 90 milhões. É uma ótima oportunidade para os artesãos realizarem vendas e fazerem contatos, além de participarem de consultorias voltadas ao empreendedorismo visando auxiliar no seu crescimento profissional.

Organizada pelo Instituto Centro CAPE, a Feira Nacional de Artesanato faz parte do Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Também está classificada como evento cultural, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura.





Setor portuário: investimentos podem chegar a R$ 51 bi nos próximos anos




Só R$ 3,9 bi serão feitos com recursos do governo e outros R$ 47 bi virão da iniciativa privada





Os investimentos previstos para o setor portuário brasileiro nos próximos anos somam cerca de R$ 51 bilhões. Só R$ 3,9 bilhões serão feitos com recursos do governo e entre R$ 47 bilhões e R$ 48 bilhões virão da iniciativa privada. “O que cabe ao governo é garantir eficiência processual e agilidade para permitir aos investidores privados que se planejem para a execução de suas demandas”, afirmou o ministro da SEP (Secretaria Especial de Portos), Helder Barbalho.

Os R$ 3,9 bi serão investidos em obras de dragagem de aprofundamento, para permitir o acesso de navios de maior porte aos portos brasileiros; mais R$ 19 bi serão investidos em TUP’s (Terminais de Uso Privado), caso todos os 66 pedidos de autorização em análise na SEP sejam concedidos; outros R$ 16 bilhões serão direcionados para investimentos planejados para as 93 áreas a serem licitadas e leiloadas até o fim de 2016; e mais R$ 11 bilhões em obras prometidas nos processos de prorrogação dos arrendamentos.

Das 93 áreas a serem licitadas, quatro delas – uma em Vila do Conde (PA) e três em Santos (SP) – serão leiloadas em dezembro. Os editais de licitação de outras quatro áreas – três em Outeiro (PA) e uma em Santarém (PA) – deverão ser publicados no mesmo mês.





Data de Publicação: 30/11/2015 às 20:00hs
Fonte: Guia Marítimo




Infraestrutura ganha fundo para investimento inédito



Governo de São Paulo anunciou repasse de R$ 2 bilhões em financiamentos realizados pela Desenvolve SP





Com o objetivo de atrair investidores a aplicar seus recursos em portos, aeroportos, transporte sobre trilhos, entre outros, o Governo de São Paulo anunciou essa semana um repasse de R$ 2 bilhões em financiamentos realizados pela Desenvolve SP. Por meio da Agência de Desenvolvimento Paulista, o InfraPaulista pretende realizar projetos de infraestrutura em municípios paulistas. O fundo de investimento poderá ter patrimônio de até R$ 1 bilhão e receberá projetos a partir de janeiro de 2016.

Os projetos do fundo anunciado deverão ser elaborados e realizados pela iniciativa privada e precisarão demonstrar sustentabilidade financeira, além de elevado interesse público, resultando na melhoria da infraestrutura dos municípios paulistas. O retorno do investimento do fundo nos projetos se dará por meio dos modelos de PPP’s (Parcerias Público – Privadas), concessões ou operações exclusivamente privadas.

Segundo Milton Luiz de Melo Santos, presidente da Desenvolve SP, a estruturação do fundo InfraPaulista pode significar um marco no desenvolvimento da infraestrutura paulista e servir de exemplo para outros estados. “O governo de São Paulo sai na frente ao utilizar fundos de investimento como instrumentos de desenvolvimento. É uma solução moderna para aumentar a competitividade, incentivar o crescimento e melhorar a qualidade de vida da população”, diz Santos.

Segundo afirmou Rodolfo Riechert, CEO do Brasil Plural, os investimentos em infraestrutura possuem retornos seguros para investidores institucionais e contribuem para proporcionar crescimento e desenvolvimento para os municípios paulistas. “A criação do Fundo InfraPaulista coloca São Paulo na vanguarda da parceria entre o setor público e privado”, afirmou.

O InfraPaulista será criado pela gestora de fundos da holding Brasil Plural. Nessa parceria, a Desenvolve SP será o advisor, atuando na apresentação dos projetos de infraestrutura ao fundo, que avaliará a viabilidade e decidirá pelo investimento.

Poderão participar como quotistas investidores privados, fundos de pensão dos municípios (RPPS), fundos de previdência, organismos multilaterais, entre outros. A operação de constituição do fundo e o seu funcionamento são regulados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). “Comemoramos ainda os investimentos para três mil pequenas e médias empresas do Estado através da nossa agência. Capital de giro para investimentos, prédio, máquina e equipamentos beneficiando o desenvolvimento. Especialmente para as pequenas e médias empresas e onde há mais necessidade, desde as Santas Casas de Misericórdia, passa pela avicultura, economia verde, startups, enfim, um trabalho bonito que já foi feito”, disse o governador, Geraldo Alckmin.


Data de Publicação: 30/11/2015 às 19:50hs
Fonte: Guia Marítimo

'Imposto verde' quer unir ação ambiental e competitividade



Nem todos os economistas do Brasil têm olhos só para a crise do governo Dilma Rousseff




Nem todos os economistas do Brasil têm olhos só para a crise do governo Dilma Rousseff. Alguns se preocupam também com a mudança do clima, tema da Conferência de Paris que começa segunda-feira (30), e perguntam: o que aconteceria se o país adotasse um imposto sobre o carbono?

A resposta se acha no primeiro estudo produzido pelo Instituto Escolhas, "Taxação sobre Carbono e Correção de Distorções Tributárias: Impactos Econômicos, Sociais, Ambientais no Contexto Brasileiro", que foi lançado na última terça-feira (24).

O estudo contou com a supervisão do economista Bernard Appy. Membro do conselho científico do instituto, o ex-secretário-executivo e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo Lula (2003-2009) foi quem propôs o tema inaugural.

Nações tão díspares como Reino Unido, África do Sul, México e Japão estão adotando a via tributária para pôr um preço nas emissões de carbono (principalmente CO, o mais comum dos gases do efeito estufa). O objetivo é desestimular a queima de combustíveis fósseis nos setores de energia e transportes, maiores fontes de poluição climática no mundo.

Efeito sobre o PIB

Se fosse apenas mais um imposto, a taxação do carbono -na média do que se pratica no exterior, US$ 10 por tonelada emitida de CO (dióxido de carbono)- tiraria quase 0,2 ponto percentual do crescimento do PIB brasileiro. Se a alíquota do novo imposto fosse de US$ 50 por tonelada de CO, a queda seria de quase um ponto percentual do PIB. Como ele já cai sozinho para trás, seria mais um tiro no pé.

Haveria também impacto sobre um universo de 99.560 postos de trabalho: queda de 0,2 ponto percentual no caso da primeira alíquota e de um ponto, no da segunda.

Por outro lado, as emissões caem apenas 1,2 milhão e 6 milhões de toneladas anuais, respectivamente.

"É importante ressaltar que os efeitos aqui analisados são de curto prazo", diz o estudo, "referindo-se apenas à redução na demanda por produtos intensivos em combustíveis fósseis e não considerando mudanças tecnológicas e/ou mudança de combustíveis, como, por exemplo, de gasolina para etanol, cujo impacto tende a ser muito mais relevante."

Só que a premissa do estudo nunca foi a de aumentar a arrecadação, e, sim, investigar o efeito de uma única cajadada para matar dois coelhos: introduzir um imposto moderno, já adotado em duas dezenas de países, para compensar a queda de receita que resultaria da melhora da qualidade de um tributo cheio de distorções como o PIS-Cofins.

"Os impactos de tal imposto [sobre carbono emitido com combustíveis fósseis] sobre a competitividade das empresas são os mais diversos", diz o sumário executivo do trabalho.

"Idealmente, espera-se um efeito positivo sobre o mercado, pois a taxação induz empresas a adotar práticas inovadoras, limpas e mais eficientes, tendendo a excluir a parcela das empresas ineficientes e relativamente mais poluidoras."

Valor agregado

O primeiro defeito do PIS-Cofins é a complicação. Há dois regimes em vigor, dependendo do tipo de empresa. O cumulativo tem alíquota de 3,65% sobre o faturamento, e as empresas não se apropriam de qualquer crédito, mas têm a competitividade de seus produtos prejudicada.

No regime não cumulativo, a alíquota é de 9,25%, e as firmas têm direito a crédito sobre os insumos adquiridos. Mas, para a Receita Federal, só geram créditos os insumos fisicamente incorporados ao produto.

Na prática, abre-se um enorme contencioso entre empresas e fisco sobre o que deve ser considerado insumo, ou não.

Por causa dos vários defeitos do PIS-Cofins, o imposto se acumula ao longo da cadeia produtiva -o tributo pago numa etapa não é recuperado como crédito na etapa seguinte. A consequência é a perda de competitividade da produção nacional e uma organização ineficiente da estrutura produtiva do país.

Além disso, a legislação é cheia de regimes especiais, que tornam esse tributo muito complexo. As normas do PIS-Cofins, diz Appy, somam mais de 1.800 páginas. "É um inferno."

Na hipótese simulada pelo estudo do Escolhas, a simplificação tornaria esse tributo mais parecido com um imposto sobre valor agregado (IVA), não cumulativo.

A alíquota seria de 6,6%, uniforme para todos os bens e serviços.

O cálculo do efeito da redução da cumulatividade apontou que a arrecadação do PIS-Cofins perderia R$ 37,4 bilhões, de um total de R$ 208 bilhões (a preços de 2011).

O estudo utilizou uma matriz insumo-produto da economia brasileira, com dados do Sistema de Contas Nacionais e do Balanço Energético Nacional, ambos de 2011.

Imposto neutro

No cenário esmiuçado pelo estudo, o imposto sobre carbono entraria com a missão de compensar essa quebra de receita. Em outras palavras, nasceria um imposto neutro em termos de arrecadação, mas para isso a alíquota teria de ser de US$ 36 por tonelada de CO.

De acordo com as projeções do Instituto Escolhas, a compensação não resultaria num jogo de soma zero, mas em saldo positivo.

Não só não haveria ameaça ao equilíbrio fiscal como o aperfeiçoamento do PIS-Cofins favoreceria os preços relativos de vários produtos que o Brasil exporta, com aumento da competitividade externa e discreto incremento no PIB (0,47 ponto percentual).

"Se a introdução do imposto sobre emissões for acompanhada de medidas compensatórias de desoneração das exportações e oneração das importações, o impacto sobre a competitividade será positivo para todos os setores", afirma o sumário executivo.

"Não estamos defendendo que se faça isso", apressa-se em esclarecer Appy. "Nosso objetivo é trazer os números para a discussão. Não sei nem se um imposto é o melhor [meio de precificar o carbono] para o Brasil."

Data de Publicação: 30/11/2015 às 19:40hs
Fonte: Folha de S. Paulo


Agricultura investe na melhoria da produção de rosas no estado



Programas Florescer e Rio Rural trazem especialista de Holambra para orientar produtores da flor na Região Serrana





As rosas não falam, mas traduzem em sua beleza todo o cuidado que recebem nas fases de seu cultivo. Visando atender às exigências de mercado e dar ao produtor fluminense condições de competitividade, os programas Florescer e Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, trouxeram ao Rio de Janeiro o especialista em rosas, Adonis Antonio Patriani.

O consultor de Holambra, que percorreu as plantações em Nova Friburgo e Bom Jardim, municípios da Região Serrana, com maior número de produtores neste cultivo, analisou a condução da lavoura, a importância do ponto de corte das rosas, fitossanidade e nutrição da cultura, promovendo um diagnóstico do segmento.

Durante sua visita, acompanhado por técnicos da Emater-Rio, promoveu palestras e debates com os produtores da região, apontando os acertos e erros identificados no campo. Entre os pontos positivos, salientou o controle biológico que muitos já vem realizando de forma empírica, sem identificar que o manejo sustentável é um diferencial na produção.

Outro aspecto com grande interferência na produtividade e qualidade das rosas, destacado pelo consultor foi o ponto de corte das hastes, que deve levar em consideração o seu cumprimento e o número de gemas.

Bom Jardim é o maior produtor de rosas do estado, com 200 floricultores e 47 hectares cultivados exclusivamente com a flor, que totalizam 2, 256 milhões de dúzias/ano. A produção comercializada principalmente no mercado da Cadeg, no Rio de Janeiro, movimenta aproximadamente R$ 67,7 milhões.

Para Roque Barroso, maior produtor da flor no estado, com 130 mil pés, cultivados em sua propriedade, na microbacia de Venda Azul, no município, o apoio do Rio Rural e do Florescer é uma oportunidade única para inovar a produção e dar competitividade ao produto fluminense.

- Estou sempre buscando novas cultivares e novas tecnologias para melhorar a qualidade e a padronização das minhas flores - frisou ele, que vem substituindo gradativamente o cultivo de rosas à céu aberto, pelo sistema de plantio em estufas.

O tratamento pós colheita também foi abordado durante as visitas do técnico. A hidratação do produto, limpeza, classificação e o seu resfriamento em câmaras frias foram sinalizadas como itens favoráveis na durabilidade das flores. Na ocasião, ele informou aos produtores da existência no mercado de produtos específicos que estão contribuindo para a maior durabilidade das rosas, uma exigência do atual consumidor.

Uma nova visita do especialista já está agendada para o primeiro semestre do próximo ano, dando continuidade ao processo de melhoramento das rosas produzidas no estado do Rio de Janeiro.


Data de Publicação: 30/11/2015 às 19:10hs
Fonte: Governo do Rio de Janeiro