sábado, 31 de agosto de 2013

À espera de regulamentação, Fundo Social acumula R$ 664 milhões

À espera de regulamentação, Fundo Social acumula R$ 664 milhões 31/08/2013 10h03 Regras do fundo anunciado em 2010 estão 'em andamento', diz Fazenda. Congresso aprovou destinar 50% do fundo para a O Fundo Social para investir royalties do petróleo em áreas como educação, cultura e meio ambiente foi anunciado em dezembro de 2010 pelo governo federal, mas até hoje não está em operação, porque o documento que vai definir suas regras ainda não foi publicado. O Ministério da Fazenda afirmou do G1 que "a regulamentação está em andamento". Pela lei, não há prazo para que isso seja feito. Enquanto espera a regulamentação, o Fundo Social já acumulou R$ 664.233.640,42, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O G1 perguntou ao Ministério da Fazenda o que tem sido feito deste dinheiro do Fundo Social enquanto ele não é regulamentado, e se o valor da rentabilidade que ele teria durante este período será depositado no fundo retroativamente. O ministério não respondeu a essas informações e disse apenas que "a regulamentação está em andamento". O Fundo Social é uma espécie de poupança formada pelos recursos que a União recebe na produção do petróleo da camada pré-sal e não tem participação dos estados e municípios. No dia 14 de agosto, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que destina 75% dos royaties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. Além disso, destina metade do valor total do Fundo Social a investimentos em educação e saúde. O último passo para que o destino do dinheiro do Fundo Social seja oficializado é a sanção da presidente Dilma Rousseff. Ela era contra usar o capital principal do fundo, e defendia a aplicação apenas de 50% do rendimento dele na educação. Segundo o Ministério da Educação, o governo aceitou sancionar o texto depois de entrar em um acordo com os deputados para que eles discutissem um novo projeto de lei, prevendo a transição, nas próximas décadas, do modelo defendido pela Câmara (uso imediato de parte do capital principal do fundo) para o modelo sugerido pelo governo e pelo Senado (manter o capital principal na poupança e gastar apenas os rendimentos nas áreas sociais). Isso daria "recurso por mais tempo para a educação", segundo o ministro Aloizio Mercadante. ETAPAS DA CRIAÇÃO DO FUNDO SOCIAL Promulgação da lei que cria o Fundo Social: 22/12/2010 Inclusão do fundo na partilha de royalties da União e no cálculo da ANP: 23/12/2011 Regulamentação dos detalhes e regras de operacionalização do fundo: Em andamento Investimento e aplicação dos recursos do fundo nas áreas definidas pelo Congresso: Aguardando regulamentação Montante do fundo A ANP é o órgão responsável por fazer, todos os meses, o cálculo de quanto cada esfera governamental deve receber em royalties e participações especiais. Esses mais de R$ 664 milhões são o total acumulado entre janeiro de 2012 e julho de 2013, segundo as planilhas da agência. A agência diz que cuida dos cálculos dos royalties, mas que a responsabilidade pela transferência desse dinheiro ao destinatário é do Tesouro Federal. De acordo com os documentos da ANP, o fundo deve receber R$ 311,4 milhões referentes aos 12 meses de 2012. Já nos entre janeiro e julho de 2013 o valor devido a essa poupança é de R$ 352,7 milhões. Esse montante, porém, poderia ser ainda maior, porque a ANP define a lista de destinatários do dinheiro dos royalties a partir de uma regra feita por decreto pelo Ministério da Fazenda. Mas o Fundo Social ficou "esquecido" dessa regra, e só foi incluído no decreto um ano após sua criação. Segundo a lei aprovada pelo Congresso Nacional, metade desses R$ 664 milhões poderão ser investidos em educação, o que equivale a cerca de R$ 332 milhões. Esse valor, segundo Mercadante, ainda é “pequeno” quando comparado ao total de royalties que o Brasil recebeu em petróleo no ano passado (algo em torno de R$ 34 bilhões). Ele também representa uma fração do orçamento do MEC e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que recebe arrecadação da União, dos estados e dos municípios. Segundo prestação de contas da Presidência da República entregue à Controladoria-Geral da União (CGU), o orçamento total sob supervisão do MEC em 2012 foi de R$ 90,6 bilhões. No mesmo ano, de acordo com dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a receita do Fundeb chegou a R$ 104,7 bilhões. A estimativa é que, neste ano, o valor suba para R$ 116,7 bilhões. Mas, apesar disso, o valor que o Fundo Social acumulou em 18 meses representa, por exemplo, mais que o total gasto pelo MEC vai gastar com a edição de 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), R$ 357,6 milhões. COMO O DINHEIRO CHEGARÁ AO FUNDO 1) O governo federal tem direito a receber, mensalmente, parte dos royalties e participações especiais dos contratos de exploração do pré-sal 2) Todo mês, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) calcula, de acordo com a legislação vigente, a quantia que os órgãos e esferas governamentais devem receber 3) O dinheiro é pago pela empresa exploradora de petróleo ao Tesouro Nacional*, que distribui as quantias de acordo com os cálculos da ANP aos destinatários *Como o Fundo Social ainda não foi regulamentado, o dinheiro ainda não chegou a ser aplicado ou investido Regulamentação De acordo com a lei 12.351/2010, várias definições ainda precisam ser feitas para que o fundo finalmente comece a funcionar de fato. A assessoria de imprensa da Casa Civil afirmou que essa tarefa é do Ministério da Fazenda. Entre os detalhes da poupança que ainda precisam ser definidos estão a composição do comitê que vai cuidar da gestão do fundo (pela lei, devem participar, pelo menos, os ministros da Fazenda e do Planejamento e o presidente do Banco Central), e do conselho deliberativo do fundo. É o comitê de gestão que vai decidir, por exemplo, quem vai operar o Fundo Social. Nesse caso, existem algumas opções, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal. Quando esses detalhes forem acertados, o comitê ainda precisará discutir onde investir o dinheiro principal do fundo, qual será a rentabilidade mínima esperada dessas aplicações e quanto dinheiro será resgatado todos os anos para a realização de investimentos sociais. tópicos: Aloizio Mercadante, Ministério da Educação, Ministério da Fazenda Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo

Riachão das Neves: Fazenda Santo Ângelo é a primeira do Brasil na criação da raça Droughtmaster

30/08/2013 Texto e fotos Eduardo Lena Foi realizada na manhã de ontem, 29, nas dependências da Fazenda Santo Ângelo, localizada às margens da BR 135, município de Riachão das Neves, Oeste da Bahia, encontro com criadores da região para apresentar os primeiros exemplares da raça australiana Droughtmaster e discutir a viabilidade de introdução no mercado brasileiro. Na oportunidade, Neil Donaldson (presidente da Associação de Droughtmaster da Austrália) apresentou um vídeo mostrando o grande potencial da raça e as características climáticas e de solo onde foi concebida. De acordo com Ademar Juliani, proprietário da Fazenda Santo Ângelo, o projeto de introdução da raça no Brasil surgiu através de parceria com a Word Wide Genetics, grupo australiano detentor de um dos principais planteis da raça. “Os resultados obtidos com os primeiros cruzamentos com a raça Nelore nos deixou bastantes eufóricos. Usamos matrizes comuns e a produção foi extremamente estimulante, o que agradou os criadores presentes neste encontro”, comentou o pecuarista, informando que a grande vantagem da raça Droughtmaster são as condições climáticas onde foi desenvolvida. A raça é originária da região Norte da Austrália, onde os solos são paupérrimos, a temperatura gira em torno de 35 graus e o índice pluviométrico não ultrapassa os 400 milímetros por ano – clima muito semelhante ao semi árido nordestino. Mas a chegada dos primeiros exemplares da raça na Bahia não foi tão simples assim. Ademar Juliani e os sócios Neil Donaldson e Stuart Schneider precisaram alugar uma fazenda no Uruguai para que as vacas inseminadas pudessem gerar os primeiros exemplares da raça destinada ao mercado brasileiro. “Dois meses após o nascimento dos bezerros, levamos os animais para o estado do Rio Grande do Sul onde permaneceram em quarentena, para só então serem transportados para a Bahia, onde já estão a aproximadamente três semanas”, disse Juliani. Os primeiros exemplares puro sangue Droughtmaster já estão na Fazenda Santo Ângelo Os animais oriundos do cruzamento Droughtmaster/Nelore fizeram sucesso entre os criadores que participaram do encontro As matrizes utilizadas para o cruzamento são animais comuns, bastante utilizados em fazendas da região Segundo Etiene Delavou, representante dos sócios australianos no projeto piloto na Bahia, a previsão é que no máximo cinco anos a fazenda tenha em produção entre 400 a 500 matrizes comerciais com cruza de Droughtmaster e 160 matrizes puras para produção de embriões que serão usados na Fertilização In Vitro (FIV) com o objetivo gerar tourinhos para vendas nos quais os criadores utilizarão em cruzamento a campo. O objetivo do empreendimento é vender machos para reprodução em campo (foto divulgação) Sobre a adaptabilidade da raça na região, Etiene acredita em sucesso total devido a semelhança de clima e solo. “Inclusive os solos daqui são melhores e chove mais que no Norte da Austrália”, disse, enfatizando que o grupo está vindo para ficar, e que de agora em diante o trabalho é dos animais, em se reproduzirem e gerarem animais tops de linha. A tolerância ao calor, segundo Etiene, vem da cobertura macia e lustrosa dos pelos curtos, o aumento de glândulas de suor, a grande área de pele solta e a taxa de metabolismo lenta. Outra vantagem da raça é a resistência a parasitas, proveniente de substâncias químicas em glândulas sudoríficas que promovem uma ação repelente. A eficiência digestiva é outro ponto de destaque na raça. Por ter um estômago pequeno, apresenta uma taxa metabólica lenta que cria baixa necessidade de ingestão de alimento e um consumo reduzido de água, que oriunda um acréscimo na produção de nitrogênio. Devido a um processo de seleção implacável, as fêmeas Droughtmaster são reconhecidas pela adaptabilidade, pela facilidade no parto, pelas habilidades de mãe e de ordenha e pela longevidade. Já os touros, através de seus antepassados, repassam aos seus descentendes a adaptabilidade, a longevidade e a virilidade associada a docilidade. Para chegar a raça Droughtmaster, os pecuaristas australianos trabalharam numa meticulosa seleção de animais com ampla fertilidade, adaptados ao meio ambiente, com tolerância ao calor e as doenças de gado e câncer de olho, bem como facilidade no parto, resistências a parasitas, docilidade e instintos maternais, virilidade, além de excelente qualidade da carne. Portanto, os criadores que desejarem conhecer a raça, que poderá se tornar em mais uma opção lucrativa na pecuária brasileira, poderão conferir agendando uma visita na fazenda Santo Angêlo, distante quatro quilômetros da ponte do rio Branco. O casal Carmem e Ademar Juliani estão radiantes com mais este desafio

Empresário de Cotegipe espera dobrar produção de cachaça e conquistar mercado internacional

08/2013 Ascom Sebrae Já são oito anos fornecendo cachaça para cidades da Bahia e de Goiás. Mas, para o empresário Pedro Cavalcante de Araújo, é possível ir mais longe. “Agora, quero exportar”. E o empresário não vai medir esforços para isso. Ele vai aproveitar a oportunidade de participar do Encontro Internacional de Negócios do Nordeste (EINNE), que acontece de 2 a 4 de outubro, em Fortaleza, no Centro de Negócios do Sebrae Ceará. O engenho onde é fabricada a cachaça Cotegipana fica a 30 km da cidade Cotegipe, na zona rural, à beira do rio Grande, Oeste da Bahia. Por ano, são produzidos 40 mil litros de cachaça. Mas Pedro Cavalcante deseja dobrar a produção no período de um ano. Hoje, ele conta com 15 colaboradores que participam do processo de produção da cachaça e ajudam na administração da empresa. Pedro sabe que para exportar vai ser preciso investir no negócio. A participação no EINNE vai fornecer orientações para ele ampliar a visão empresarial. “Quero encontrar compradores que sejam os principais divulgadores do meu produto nos países de origem. É objetivo da empresa chegar ao mercado internacional e vamos nos esforçar para isso”. A XVII edição do EINNE, realizado pelo Sebrae, tem o objetivo de fomentar o comércio internacional por meio da promoção de contatos diretos entre empresas compradoras e vendedoras estrangeiras e fornecedoras estabelecidas na região Nordeste para colaborar com a inserção das pequenas empresas no mercado internacional. Para o coordenador da Unidade do Sebrae em Barreiras, Emerson Cardoso, o encontro facilita e promove a realização de negócios, tanto para compra e venda, quanto nas parcerias empresariais. “Trata-se de uma grande oportunidade para conhecer e passar a lidar diretamente com o mercado internacional”. Os ofertantes são dos setores de casa e decoração, moda, beleza e saúde, alimentos e bebidas, construção civil e especo do importador. Outras informações podem ser obtidas no Centro de Negócios do Sebrae Ceará, que fica na Avenida Monsenhor Tabosa, 777, Praia de Iracema, Fortaleza. Os contatos podem ser realizados pelo e-mail rodada@ce.sebrae.com.br ou pelo telefone (85) 3255-6651. O evento acontece, todos os dias, das 8h às 18h. A última edição do EINNE foi realizada em Salvador, no ano passado. Na ocasião, foram gerados mais de R$ 2 milhões em negócios diretos e cerca de R$ 22 milhões em negócios futuros.

Município de Luís Eduardo Magalhães finaliza trabalho para construção do armazém da Conab no Oeste da Bahia

08/2013 Com a expectativa de colher, na safra 2013, 2,5 milhões de toneladas de grãos a mais do que na safra anterior, o Oeste da Bahia comemora a construção do armazém da Conab em Luís Eduardo Magalhães. A Prefeitura e a Câmara de Vereadores do município trabalharam, em conjunto, e conseguiram atrair o investimento para o município, aprovar a doação do terreno e a realização da obra, que será fundamental para o planejamento de safra e ganho de competitividade para a região. “Nós temos boas perspectivas para a próxima safra e a construção do armazém nos dará um importante suporte. A Aiba trabalhou muito pela vinda deste silo aqui para a região e a atuação da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Luís Eduardo Magalhães foi fundamental para a finalização e concretização deste trabalho”, afirmou Júlio Cézar Busato, presidente da Aiba, acrescentando que “com a construção do armazém, será mais fácil driblar os problemas provocados pela seca que, este ano, dizimou mais da metade do rebanho baiano”. O armazém será instalado em um local a 10 Km da cidade, na BR 020, sentido à Brasília, numa área de 100.000m², em terreno doado pela Prefeitura. A unidade que será construída seguirá a linha da sustentabilidade, com a utilização de recursos renováveis (energia solar) e emissão mínima de poluentes no ar, causando menor impacto no meio ambiente. A construção do silo faz parte do Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 lançado no início de junho em Brasília. Dos dez armazéns que serão construídas pela Conab no país, a unidade baiana será a maior e deverá custar R$ 45 milhões. Segundo o superintendente de Armazenagem da Conab, Rafael Bueno, o Oeste da Bahia foi escolhido para construção de um armazém público por sua localização estratégica. “O armazém ficará numa região agrícola já consolidada e permitirá a formação de estoques públicos, além de ser um ponto de ligação entre o pequeno e o grande produtor. Lembrando que, junto com o armazém, virão diversos programas sociais da Conab”, disse. Ascom Aiba

Safra norte-americana: à beira de uma nova quebra?

Postado em 31/08/2013 as 11:17 por Redação em NoFonte: Agrolink Aumentam a cada dia os rumores sobre uma nova quebra na safra norte-americana. Observadores nas regiões produtoras dos Estados Unidos trazem relatos de atraso e preocupações. Essa semana o mercado internacional de grãos reagiu às previsões do tempo, enquanto o “Crop Tour Pro Farmer” divulgou projeções abaixo das estimativas oficiais do USDA. Segundo essa expedição, a safra de milho seria de 341,9 milhões de toneladas – 2,23% menor que a previsão do Departamento de Agricultura dos EUA, de 349,73 milhões. O Crop Tour Pro Farmer estimou ainda a safra de soja em 85,95 milhões, o que representa 3,07% menos do que o USDA projetou (88,59 milhões de toneladas). O jornalista Rogério Recco, que visitou a cidade de Champaign, Estados Unidos, afirmou ao Agrolink que a situação das lavouras de milho e soja “pode ser considerada crítica na região de Chicago, Meio-Oeste dos Estados Unidos, parte importante da principal área produtora de grãos do país”. Ele conversou com o produtor Jeff Fischer, cuja família cultiva 600 hectares no estado de Illinois: “Definitivamente, não é um ano bom. Ficamos totalmente fora de época, o que é muito perigoso”, disse o norte-americano ao receber em sua propriedade um grupo formado por produtores e técnicos ligados à Cocamar Cooperativa Agroindustrial, de Maringá (PR). Recco conta também que “já se admite a possibilidade de uma quebra mais severa que o estimado pelo mercado. O calor é intenso, ao redor de 30 graus, o que potencializa o risco de perdas. Mas os agricultores estão ficando ainda mais preocupados porque existe a possibilidade de, já em setembro, o tempo sofrer uma reviravolta e o frio trazer as primeiras geadas - que podem ampliar os danos. A colheita está prevista para outubro”. Integrando a comitiva paranaense, o engenheiro agrônomo Sérgio José Alves, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), estima que, à primeira vista, o prejuízo dos produtores do Meio-Oeste norte-americano em relação ao milho pode ser de 20% a 25% até agora. “A lavoura está desuniforme e requeimado muito”, explica. Quanto à soja, o dano é calculado em 10% a 15% por cento. “Como ela está em fase de enchimento de grão, pode piorar bastante se o tempo continuar assim", aponta. Para o agrônomo Antônio Luiz Fancelli, especialista em produtividade de grãos, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (Usp), também no grupo, o milho já quebrou em pelo menos 15%, e a soja em 10%. “Não tem previsão de chuva pelos próximos dez dias. O cenário é muito preocupante”, alerta. Já o superintendentede operações da Cocamar, Arquimedes Alexandrino, notou o solo das lavouras com rachaduras, detalhe típico de seca prolongada, mas disse que as perdas ainda podem ser amenizadas se chover bem, “mas não pode demorar”. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira, também visitou os Estados Unidos e tem as mesmas observações: “Após cortar a zona produtora dos EUA de leste a Oeste, saindo de Illinois e chegando ao Colorado, passando por Iowa e Nebraska, foi possível ter um sentimento importante que a safra dos EUA está frente a sérios riscos. Primeiro porque teve o plantio muito atrasado, segundo porque a pouca chuva que seria até normal em anos anteriores pegou a maior parte da soja e o milho em uma fase sensível, que é o enchimento de grãos. O detalhe é que há um agravante: existe risco de geada mais adiante na colheita”. Glauber, que também é engenheiro agrônomo e produtor rural, conta que conversou com produtores em Iowa. “Eles nos disseram que desde 1983 não tinham um clima tão irregular. A primavera foi chuvosa e fria e se estendeu, o que atrasou o plantio. Depois secou de vez por um período longo demais, prejudicando as culturas no início. Em seguida, o clima esfriou por duas semanas, o que já impactou no desenvolvimento das plantas. E por fim, agora em algumas regiões está quente demais. “Todos estes fatores fizeram com que a safra dos EUA ficasse muito irregular. Tanto que o percentual de lavouras boas e ótimas está diminuindo e aumentando o percentual de regulares. E isto foi possível constatar em nosso percurso: soja desparelha, muitas não fecharam a carreira, milho com enchimento de grãos muito desuniformes na mesma área”, explica. O dirigente vai além e analisa que, “por mais que o USDA diga que está tudo normal, não é o que vimos e sentimos dos produtores. Os próximos dias serão cruciais para a consolidação dos prognósticos de produção, afinal a umidade do solo caiu muito a níveis críticos. A soja e o milho em mais quinze dias completam seu ciclo de enchimento de grãos, na maior parte das lavouras. E daí vem a principal preocupação dos produtores. Se houver atraso de dez dias na colheita e o inverno chegar mais cedo, pode significar uma tragédia, pois haverá chuvas e geadas”. Por fim, Glauber conclui que, para os produtores brasileiros, a safra dos EUA “é crucial na formação do preço futuro da nossa safra”. “Mas não estaríamos tão dependentes de preços melhores se os custos da safra brasileira não estivessem 25% mais altos, afinal eles já não seriam tão baixos. Aí ficamos assim, esperando que a safra do vizinho quebre para que nós produtores brasileiros não quebremos”, lamenta.

Seminário na Expointer 2013 debate articulação da cadeia da erva-mate

Seminário na Expointer 2013 debate articulação da cadeia da erva-mate 31/08/2013 | 13h36 Integração entre produtores, indústria e governo foi Um seminário na manhã deste sábado na Expointer 2013 transmitido ao vivo pelo Canal Rural debateu a articulação da cadeia da erva-mate. A integração entre produtores, indústria e governo foi apontada como estratégica para atender a demandas futuras, aumento de produção e sustentação do produto, que é um dos mais tradicionais do Rio Grande Sul. Se de um lado o setor comemora a retomada da Câmara Setorial, a criação do Fundo de Desenvolvimento e Inovação da Cadeia Produtiva da Erva-Mate do Estado (FundoMate), a valorização do preço e outras políticas do governo que contribuíram na organização da cadeia, de outro, ainda luta pela desoneração de impostos federais, como PIS e Cofins. – O produtor se sentiu desestimulado e acabou migrando para outras culturas, como a soja – Valdir Zonin, coordenador técnico da Câmara Setorial da Erva-Mate e secretário-executivo do fundo. Durante os últimos dez anos, o valor da erva mate se manteve defasado, em torno de R$ 3 a R$ 4. O Fundomate, criado por lei aprovada no final do ano passado, deve contar com receita anual de R$ 3,5 milhões, numa parceria entre indústria e governo. Até o final do ano, serão liberados R$ 500 mil. A estimativa é de que em quatro ou cincos anos se aumente a produção. A erva-mate leva em torno de seis anos para ser produzida de forma viável. Outra meta será avançar na certificação, possuída por somente cinco marcas atualmente. GOVERNO DO RIO GRANDE DO SUL apontada como estratégica para atender a demandas futuras

CNA defende continuidade dos leilões de milho

CNA defende continuidade dos leilões de milho 31/08/2013 | 12h41 Segundo técnico da comissão, apesar da melhora nas cotações, "ainda não é o momento de suspender os leilões para Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul A Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) encaminhou ao Ministério da Agricultura (Mapa) pedido de manutenção dos leilões de Prêmio de Equalização de Preços ao Produtor (Pepro), que garantem subvenção aos produtores na venda do milho por valores acima do preço mínimo de garantia. Na avaliação de Leonardo Machado, assessor técnico da comissão, "apesar de ter havido alguma melhora nas cotações do milho ainda não é o momento de suspender os leilões para Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul". O governo realizou cinco leilões de Pepro para apoiar a comercialização de milho, nos quais foram arrematados prêmios que garantem a subvenção na comercialização de 6,309 milhões de toneladas do cereal. O volume corresponde a 97% dos prêmios ofertados, para 6,5 milhões de toneladas. Para Mato Grosso, foram ofertados prêmios para 5,9 milhões de toneladas e arrematado o equivalente a 5,803 milhões de toneladas (98,3%). Em Goiás foram ofertados prêmios para 300 mil toneladas e arrematados 228.260 toneladas (76%). Em Mato Grosso do Sul foram ofertadas também 300 mil toneladas e arrematadas 278.298 toneladas. Machado afirmou que a continuidade dos leilões é fundamental para a estabilidade do mercado e a viabilidade financeira dessa atividade. Machado argumenta que uma das razões para a CNA defender a manutenção dos leilões Pepro de milho é "o déficit crônico do Brasil em relação à sua capacidade de armazenagem de grãos". Ele explica que a falta de espaço nos armazéns faz com que os preços do cereal, nas diferentes regiões produtoras do país, caiam a um patamar abaixo dos valores de paridade na formação do preço. Na opinião de Machado, os fundamentos de oferta e demanda mostram que o mercado de milho segue bastante pressionado. Ele lembra que, caso sejam confirmadas as previsões feitas pela Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), o Brasil deve encerrar a safra atual com um excedente da ordem de 19,3 milhões de toneladas de milho, ou seja, "o maior estoque de passagem já registrado no país". Ele lembra que no leilão de Pepro de milho realizado na última terça-feira o deságio do prêmio chegou a 52,5% em Goiás e a 26,5% no norte de Mato Grosso. A disputa pelos prêmios, diz ele, "demonstra o interesse do agricultor em obter o auxílio da equalização do preço e, em consequência, a necessidade de sua realização". Agência Estado

IGC eleva estimativas para produções globais de milho e trigo

IGC eleva estimativas para produções globais de milho e trigo 31/08/2013 | 12h23 Projeção da produção mundial de trigo teve aO Conselho Internacional de Grãos (IGC) elevou a projeção para a produção global de milho no ano safra 2013/2014, de 942 milhões para 945 milhões de toneladas. A recuperação dos estoques norte-americanos respondeu por essa revisão, disse o órgão. O IGC também elevou sua previsão para a produção mundial de trigo, para 691 milhões de toneladas (aumento de quatro milhões de toneladas), graças às perspectivas favoráveis para as safras de Canadá, União Europeia e Ucrânia. RURALBR umento de quatro milhões de toneladas

Suinocultura catarinense inicia recuperação

Suinocultura catarinense inicia recuperação 31/08/2013 | 11h31 Preços praticados na remuneração dos criadores vêm crescendo desde 1º de maio. Depois de um longo período de margens neutras ou negativas, a suinocultura catarinense iniciou recuperação. Os preços praticados na remuneração dos criadores de suínos estão aumentando. A Coopercentral Aurora Alimentos, empresa que detém o maior volume de abate em Santa Catarina, elevou o preço por quilograma de suíno em pé para R$ 2,86, incluída a tipificação (adicional por qualidade da carcaça). Desde 1º de maio deste ano, quando o preço estabilizou em R$ 2,30, até esta semana, a remuneração básica (sem tipificação) do suinocultor teve uma recuperação de 13%. – Em maio, chegamos a uma situação de pouco dinamismo no mercado e assim permanecemos até agosto. Agora, começamos o gradual processo de recuperação – afirma o presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster. Há uma forte tendência do preço praticado pela indústria na aquisição de suíno vivo continuar subindo até dezembro em razão de quatro fatores: o aumento das exportações com a reabertura das vendas para Ucrânia e Rússia, a diminuição da oferta em razão de redução da base produtiva verificada no primeiro semestre, o aumento do consumo interno em razão do inverno e o início da produção de itens cárneos típicos do fim de ano. ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE CRIADORES SUÍNOS

Ministério Público, canavieiros e usina fazem acordo de R$ 1 milhão no TST

Ministério Público, canavieiros e usina fazem acordo de R$ 1 milhão no TST 31/08/2013 | 11h15 Processo discutia terceirização do plantio e da co O presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, homologou acordo entre a Companhia Quatá e o Ministério Público do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), encerrando um processo que discute a terceirização do processo de plantio e colheita de cana-de-açúcar na região dos Lençóis Paulistas. O acordo envolve o pagamento de R$ 1 milhão em dano moral coletivo. A Quatá, sucessora da Companhia Agrícola Zillo e da Companhia Agrícola Luiz Zillo e Sobrinhos, partes originárias da ação em curso na Justiça do Trabalho, assume a responsabilidade solidária em relação aos débitos e obrigações trabalhistas dos parceiros agrícolas autônomos, ex-empregados ou não, para com seus empregados. O valor deverá ser pago em quatro parcelas iguais de R$ 250 mil, a primeira em até oito dias úteis após a intimação da baixa dos autos à vara de origem, e as demais a cada 30 dias após o pagamento da primeira parcela e das subsequentes. Por sugestão das empresas, as quantias serão destinadas ao custeio de projetos e programas nas áreas de segurança e medicina do trabalho, nos municípios de Lençóis Paulista, Macatuba, Pederneiras, Areiópolis e Borebi. Os recursos poderão ser enviados a entidades públicas ou privadas que desenvolvam projetos sociais voltados à proteção da saúde dos trabalhadores e à efetivação das normas de segurança e medicina de trabalho. Cláusula ambiental O acordo contém ainda uma cláusula de responsabilidade ambiental, que prevê a obrigação da Companhia Quatá de exigir de seus parceiros agrícolas e produtores de cana-de-açúcar, em terras próprias ou arrendadas, a obediência ao Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro do Estado de São Paulo, firmado em março de 2008. O documento estabelece a antecipação dos prazos finais das queimas da palha de cana-de-açúcar, a proteção das matas ciliares e nascentes, a conservação do solo e dos recursos hídricos, a adoção de boas práticas para o descarte de embalagens vazias de agrotóxicos e a eliminação da poluição nos procedimentos de preparo da terra, plantio, corte, carregamento e transporte da cana-de-açúcar. Ao final, o ministro Carlos Alberto enalteceu a iniciativa das partes em buscarem um acordo, considerado por ele muito importante e de grande relevância para a região devido ao grande número de trabalhadores envolvidos. Pediu ainda que as partes busquem divulgar, nos meios de comunicação da região de Lençóis Paulista, o acordo agora celebrado. Foi determinada a baixa do recurso de revista que tramitava na Segunda Turma do TST. TST

Minas Gerais sediará um dos maiores eventos mundiais do setor cafeeiro

Minas Gerais sediará um dos maiores eventos mundiais do setor cafeeiro 31/08/2013 | 10h41 Semana Internacional do Café ocorrerá em BelMinas Gerais sediará um dos maiores eventos mundiais do setor cafeeiro. A Semana Internacional do Café ocorrerá em Belo Horizonte de 9 a 13 de setembro. Durante o evento, também vão ocorrer a reunião de 50 anos da Organização Internacional do Café (OIC) e a 8ª edição do Espaço Café Brasil. A semana do café vai reunir 200 delegados da OIC representam mais de 70 países. – É importante notar que o mercado interno dos países produtores tem crescido muito nos últimos 20 anos. Dentro desse segmento, o Brasil é destaque absoluto. O Brasil é o maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor – diz o diretor-executivo da OIC, Roberto Silva. Um dos destaques da reunião da OIC é o 3º Fórum Consultivo sobre Financiamento do Setor Cafeeiro. O fórum, segundo Silva, se concentrará no tema da agregação e recomendações sobre financiamento e gestão de risco para o setor cafeeiro mundial. A escolha de Minas Gerais para receber a reunião de 50 anos da organização reflete a importância do Estado para a cafeicultura. Minas Gerais responde por mais de 50% da produção brasileira. O encontro da OIC raramente ocorre fora de Londres, que é sede da entidade. GOVERNO DE MINAS GERAIS o Horizonte de 9 a 13 de setembro

Criadores de hereford e braford comemoram demanda crescente por carne de qualidade

Criadores de hereford e braford comemoram demanda crescente por carne de qualidade 31/08/2013 | 10h30 Programa de Carne Certificada da Associ O mais antigo programa de certificação de carne bovina do país está comemorando o crescimento nas vendas. A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) aproveita a Expointer, onde foi criado o Programa de Carne Certificada Pampa da associação, há 13 anos, para divulgar as vantagens dos cruzamentos com as raças. A associação vive um de seus melhores momentos. O gerente do programa, Alfredo Drissen, atribui o bom resultado à procura cada vez maior por carne de qualidade. Os três frigoríficos gaúchos que trabalham para o programa abatem 125 mil animais por ano. Novas plantas industriais começam a ser implantadas em São Paulo e em Mato Grosso do Sul para atender um mercado de carne em crescente expansão. – Talvez uma forte estratégia da associação seja atingir os mercados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Conseguimos contribuir casa vez mais para que a pecuária seja rentável – destaca Drissen. Com o crescente consumo de carne, os criadores de hereford e braford buscam incentivar os cruzamentos com as raças europeias na região Centro-Oeste, onde a atividade comercial ganha mais expressão. – O cruzamento de um touro hereford com uma vaca nelore pode gerar um animal com alto peso de carcaça em um prazo de tempo recorde. Hoje, a gente consegue animais de 20 a 22 meses com peso de 500 quilos. Isso é muito importante, porque, com a pecuária tendo números cada vez mais apertados, é necessário que se trabalhe com o conceito de eficiência, e a raça hereford pode contribuir para isso – acrescenta Drissen. A Associação de Hereford e Braford está presente este ano na Expointer com 290 animais. Apesar de uma participação menor em relação a 2012, o touro braford Trevo conquistou um premio inédito para a raça: com 1.265 quilos e 50 centímetros de perímetro escrotal, foi considerado o animal mais pesado da feira. Outra novidade comemorada pelos criadores é o acordo firmado com uma comitiva do Quênia para a difusão de hereford no continente africano. – Serão vendidos para o Quênia 100 mil doses de sêmen da raça hereford em um composto boran zebuínos, além de 750 embriões – destacou o presidente da Associação Brasileira de Hereford e Braford, Fernando Lopa da Silva. O acordo com os africanos deve durar cinco anos e os primeiros embarques de material genético estão previsto para março. CANAL RURAL

Camponeses colombianos decidem desbloquear 50 rodovias

Camponeses colombianos decidem desbloquear 50 rodovias 31/08/2013 | 09h40 Decisão foi tomada depois que o presidente do país, Juan Manuel Santos, ordenou que o Exército atuasse para impedir que as vias continuassem interrompidasOs líderes camponeses do Protesto Nacional Agrário na Colômbia decidiram liberar as 50 rodovias que mantinhambloqueadas desde o dia 19 de agosto. A decisão foi tomada depois que o presidente do país, Juan Manuel Santos, ordenou que o Exército atuasse para impedir que as vias continuassem interrompidas. O presidente colocou 50 mil homens do exército para evitar protestos violentos, como os registrados na quinta, dia 29, quando 200 pessoas ficaram feridas e duas morreram. Um dos líderes do movimento Richard Fuelantala declarou que os protestos continuarão sem que as rodovias sejam bloqueadas. – Convoco os manifestantes a liberarem a passagem de todos os veículos, concentrando-se somente no acostamento das rodovias – pediu o Fuelantala em uma entrevista à imprensa. Ele disse que os agricultores continuarão a dialogar com o governo e que os manifestantes aceitam, parcialmente, as propostas apresentadas. O ministro do Interior, Fernando Carrillo, manifestou otimismo quanto ao resultado das negociações com os líderes do movimento. – Depois de mais de 100 horas de negociação com os representantes do movimento agrícola, nós conseguimos chegar a acordos, e eu acho que estamos na direção correta para que os bloqueios terminem e que a vida do país volte à normalidade. Apesar do acordo para continuar o diálogo e desbloquear as rodovias, alguns grupos de camponeses decidiram manter os bloqueios em algumas regiões, como Nariño e Boyacá. AGÊNCIA BRASIL

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Jovens recebem aulas de economia em projeto e ajudam pais a controlar as finanças

Jovens recebem aulas de economia em projeto e ajudam pais a controlar as finanças 30/08/2013 23h36 A lição na lousa é simples. Todo mundo sabe que é preciso gastar menos do que se ganha. Por que então é tão difícil colocar em prática essa regra básica da economia e do orçamento Ninguém aprende a fazer compras na escola? Ou será que aprende? “A gente vai fazer a dinâmica do supermercado de novo. Vocês vão ter que pesquisar e comprar tudo da lista que passamos para vocês. 10kg de arroz, 2kg de feijão. 2 litros de óleo, e vocês tem só R$ 100 pra fazer essa compra toda”, diz a professora. Se é difícil na sala de aula, imagina na vida real. Ainda mais com papéis invertidos. Márcia é a mãe gastona. A filha Mayara é quem segura as pontas. É uma guerra contra os gastos desnecessários, que exige disciplina e resistência. Tudo isso Mayara conheceu no curso inventado e desenvolvido por alunos de economia da USP de Ribeirão Preto. O grupo de voluntários vai até as escolas públicas da região para ensinar, de um jeito divertido, o que eles descobriram que muita gente não consegue: controlar o próprio dinheiro. A lição na lousa é simples. Todo mundo sabe que é preciso gastar menos do que se ganha. Por que então é tão difícil colocar em prática essa regra básica da economia e do orçamento familiar? É possível aprender a gastar com responsabilidade? A turma está convencida de que é. “A gente tenta ensinar que você não precisa ter muito ou pouco pra cuidar do seu dinheiro. Importante é ter uma relação saudável com seu dinheiro, independente do quanto seja. Como qualquer reeducação. Como comer melhor, ter uma vida mais saudável, Eu tenho que me perguntar: ‘eu preciso disso agora?’ Se eu preciso disso agora, ‘eu posso pagar?’”, revela Patrícia Castilho, estudante Economia - USP O importante é não torrar tudo de uma vez. No exercício, os alunos ganharam R$ 100. Patrícia: Quando deu? Aluna: 42,49. Aluno: 42,30. Patrícia: Compraram tudo num mercado só? No que era mais barato, né? Dicas como esta estão ajudando as duas de verdade no supermercado. Globo Repórter: Quanto deu? Márcia: R$ 61,92. Globo Repórter: Quanto daria se você viesse sozinha? Márcia: Uns R$ 250. Mas nem sempre foi assim. Um ano atrás, Márcia vivia um drama pessoal. “Eu tive uma recaída de um tratamento de depressão, nessa recaída foi que caiu a questão de comprar. Eu me tornei consumista de um dia para o outro. Eu ia no supermercado, mesmo que eu tivesse tudo em casa, eu passava pra comprar mais alguma coisa, pra me acalmar”, conta Márcia Aparecida de Carvalho, inspetora de alunos. Globo Repórter: O seu salário durava quanto tempo? Márcia: Dois dias, no máximo. Globo Repórter: E as contas de luz, água? E como você pagava as outras coisas? Márcia: Eu pegava o limite do banco, pegava emprestado da minha mãe. Sem dinheiro e com cada vez mais contas para pagar, Márcia entrou em desespero. A barra pesou tanto que acabou afetando a saúde. Ela chegou a faltar no emprego. E foi nessa hora que veio uma ajuda de quem ela não esperava. Da Mayara, a filha de 14 anos. A menina percebeu que a lição de economia era o remédio que a mãe mais precisava. Globo Repórter: E aí você tomou o orçamento da casa? Mayara Agnes de Carvalho, 14 anos Tomei. Falei pra ela que não dava mais. “Foi aí que ela começou a me seguir no mercado, nas lojas. Pegava o papel da promoção. Fazer orçamento em um lugar, em outro pra diminuir o gasto e economizar”, conta Márcia. Globo Repórter: Como está a saúde da sua mãe agora? Mayara: Melhorou. Ela não fica triste mais. Globo Repórter: Você esperava uma ajuda assim? Márcia: Não. Antônio Machado, trabalhador rural: Não. Porque a gente é criado num regime chucro, mas eu disse ‘vou dar razão pra filha?’. Seu Antônio mora com a mulher e os cinco filhos numa casinha simples, em uma fazenda de café, em Altinópolis, interior de São Paulo. Globo Repórter: Só o senhor que tem salário aqui? Antônio: Só eu que tenho salário. Despesa, medicamento, roupa, tudo tem que trazer num caderninho e trazer na ponta do lápis. No ritmo ditado pelas colheitas, no sossego do café revirado ao sol no terreiro, a vida sempre foi tranquila, até aparecer o que era uma novidade na roça: o cartão de crédito. Seu Antônio acabou se enrolando. Globo Repórter: O que o senhor comprou primeiro no cartão de crédito? Antônio: Um aparelho de DVD. Parcelei em 10 vezes. Foi onde eu cai no vermelho, foi nessas taxinhas aí. Só que alguém estava atenta. Jaqueline tinha feito o curso da USP na escola e sabia ajudar. Mas como falar com o pai, orgulhoso, sobre um assunto tão constrangedor? “Eu tinha vergonha. A maioria das coisas eu não falo pra ele. Eu achava que ele não ia ligar. Eu achava que ia entrar por um ouvido e sair por outro”, diz Jaqueline Machado, estudante. Globo Repórter: Quanto tempo o senhor ficou no vermelho? Antônio: Um ano. Um ano quebrando a cabeça pra saber o que eu fazia, qual a solução que eu ia tomar. Você não trabalha, não come direito A necessidade colocou pai e filha na mesma mesa, na mesma luta. Jaqueline ensinou que com juros qualquer compra fica mais cara. E fez a lista do supermercado, bem mais enxuta. Só com o essencial. Quando eles compararam. A família equilibrou as contas e os nervos. Mas nem tudo mudou. Ainda bem. O apetite dessa turma continua o mesmo. “A maior despesa é só comida. Tudo bom de garfo. Hoje até chega uma cartinha me oferecendo cartão e eu falo: ‘vixe. Jogo pro terreiro, dou na mão do menino pra brincar e falo, isso aí eu não quero mais, não’”, conta Antônio. Mas será que a culpa é do cartão de crédito? “De maneira alguma. O cartão de crédito pode ser, pra alguns, muito positivo, mas o que é errado é usar o cartão e não pagar. Porque vai correr um risco grande de dívidas muito elevadas. Porque a taxa de juros é muito alta e cresce ao redor de 10% ao mês. Dá 150%, 160% ao ano”, responde Alexandre Nicollela, professor de economia FEA-USP. Cartão de crédito, cheque especial, imprevistos. Com o Vanderlei, de Ribeirão Preto, aconteceu um pouco de tudo. Há dois anos, o pintor de carros pagava aluguel e se endividou quando começou a construir a casa própria. Assustado com as dívidas, Vanderlei tomou uma medida radical: mudou para a casa que ainda nem estava pronta. As coisas melhoraram. Principalmente quando ele montou a oficina ao lado de casa. Mas no meio da obra, o imprevisto: “Aí eu tive que marcar uma operação. Uma hérnia inguinal. Aí fiquei um pouco enrolado com as minhas contas, porque você tem que ficar parado, não pode trabalhar”, conta Vanderlei Justino de Oliveira, pintor. Sem renda e com as despesas acumulando, o valor da dívida chegou a dois salários do pintor. Para ele, o alívio veio do esforço: Vanderlei vem de uma família muito simples. Deixou de estudar quando era criança. Há dois anos, ele voltou a estudar à noite. E no cursinho de economia da USP, aprendeu o B-A-ba da economia: o orçamento. “Separar a nossa renda em três caixinhas: um para as contas fixas. outras para as contas que a gente não espera. e a terceira é para o prazer, para as coisas boas da vida, né, não adianta você ganhar e não poder gastar, gastar com consciência, né?”, ensina Vanderlei. “O resultado foi bem maior do que o que a gente esperava. A gente teve uma influência em algumas famílias que a gente nunca imaginou que teria”, revela Alexandre Nicollela, professor FEA-USP. GLOBO REPÓRTER

Aracaju é a única capital onde 45% dos devedores não conseguem cumprir seus compromissos

Aracaju é a única capital onde 45% dos devedores não conseguem cumprir seus compromissos 30/08/2013 23h36 O estado registra números alarmantes: 100 mil pessoas na lista negra do Serviço de Proteção ao Crédito. A cidade é, pelo segundo ano consecutivo, a campeã brasileira da inadimplên Um litoral ensolarado, com um centro bonito e comércio farto. Aracaju, em Sergipe, se destaca pela qualidade de vida. Mas todo paraíso tem instabilidades. Lá, o clima muda radicalmente na hora de pagar as contas. O estado registra números alarmantes: 100 mil pessoas na lista negra do Serviço de Proteção ao Crédito. Aracajú é a única capital onde 45% dos devedores não conseguem cumprir seus compromissos. Estão literalmente no vermelho. Em uma das principais ruas do comércio de Aracaju, não importa a hora, não tem tempo ruim, está sempre cheia. Nem parece que a cidade é, pelo segundo ano consecutivo, a campeã brasileira da inadimplência. “O pessoal aqui gosta de se vestir bem e estar com o carro do ano. Apesar de ter caído os créditos, a população de Aracaju continuou comprando”, conta Abel Gomes da Rocha Filho, da Fecomércio-SE. Ofertas tentadoras, parcelamento. Crédito fácil. Como resistir? Giseli aproveita cada momento para olhar as vitrines. Vinte anos, vaidosa, os olhos brilham com as novidades. “Eu não posso ver uma roupa que eu vou e compro. Eu já estourei limite”, confessa. Uma amiga vai sempre junto, incentiva as compras. De dia, ela não se importa de usar roupas simples. Mas quando a noite chega, no samba, com o namorado, ela nunca repete o visual. Dor de cabeça, só na hora de fazer as contas: ”Eu tenho que parar, mas eu não consigo”, diz. Roupa é a grande paixão de Giseli. É no armário onde ela guarda o que considera um tesouro, onde mantém os investimentos que fez nos últimos anos. Só que para adquirir tudo isso, gastou o dinheiro que tinha e o que não tinha. Na cama ela exibe o tamanho da dívida: cerca de R$ 2 mil em quatro cartões de crédito. Mais que o dobro da renda familiar. “Assim que eu fiquei maior de idade, eu quis logo fazer meu cartão para ter essa liberdade”, conta. E quando o pagamento no cartão não é aprovado... “Eu uso os das minhas amigas ainda. Porque o limite delas é maior do que o meu”, disse Giseli Bispo, autônoma. Mas isso não é nada bom, lembra o professor Wagner Nóbrega, da Universidade Federal de Sergipe. “Uma situação complicada financeiramente em que coloca em risco, como ela está fazendo quando empresta o cartão dos colegas, a saúde financeira também de outros”, aponta Wagner Nóbrega, economista da UFS. Como diz o ditado popular: Tal mãe, tal filha. Dona Joselita dos Santos também adora comprar e também acumulou dívidas. “Juntando assim chega uns R$ 3 mil com tudo”, afirma a empregada doméstica. E família que deve unida... Mãe e filha se aliaram na mesma estratégia: vão tentar parar de comprar, começar a poupar para negociar tudo o que devem. Dona Joselita já fez até promessa: “Meu sonho é parar de dever”. Sonho que José Barreto E Katia estão prestes a realizar. Até o fim do ano, eles pagam as últimas parcelas que foram negociadas com o cartão de crédito e a companhia de água. Um pesadelo que durou quase cinco anos. A dívida deles chegou a R$ 40 mil. “A gente construiu uma pousada e aí tudo ia andando bem. De repente, no ano de 2008, tudo começou a mudar. E 2009 e até 2010, foi um grande sufoco, as dividas foram se acumulando, os cartões de crédito começaram a atrasar e foi um sufoco”, conta José Barreto Cavalcante, microempreendedor. Os dois não demoraram a entender que era inútil resistir, logo começaram a fazer modificações significativas no dia a dia da família. A pousada, por exemplo, virou moradia. Quartos de hóspedes foram transformados na sala de estar. “E começamos a mudar nossa rotina, nossos filhos passaram a estudar em escola pública”, lembra José Barreto. No lugar do carro, uma bicicleta. Gabriele vai para a escola na garupa do pai. Na garagem vazia, José construiu um anexo. Uma pequena loja que hoje ele aluga. Katia conseguiu conciliar dois empregos. E nas poucas horas livres, passou a vender cosméticos. Mas, e o consumo da família? “Uma coisa que ele sempre me falava: ‘Se você pode pagar a vista, vamos pagar a vista”, conta a professora Kátia Cristina Mendonça. No meio das adaptações, a recepção da pousada virou uma gráfica rápida. Ela tem garantido a tranquilidade da família, mas Barreto quer ir além. “Minha estratégia é trabalhar com planejamento. ter uma reserva, uma poupança e a empresa ter sempre um capital de giro”, conta. Para o professor Wagner Nóbrega, duas atitudes foram fundamentais para José conseguir dar a volta por cima. “Principalmente a coragem de recomeçar que poucas pessoas têm, acho que muito poucas. Talvez até eu. E de investir em família”, afirma o professor. Hoje o casal reconhece: a crise rendeu bons dividendos. Eles estão mais unidos do que nunca. Repórter: O que você acha que aprendeu de mais importante, mais precioso com tudo que aconteceu na sua vida? José Barreto: A viver. Foi um momento difícil e também necessário porque aprendi muito e vou levar para o resto da minha vida e passar para meus filhos. A filha Gabrielle, de 8 anos, está atenta. “Eu tenho que botar metade do dinheiro no cofrinho e a outra metade eu gasto. Eu vou ficar rica”, conta Anne Gabriele Cavalcante, de 8 anos. GLOBO REPÓRTER

MMX vende ativos no Chile e receberá royalties sobre produção

MMX vende ativos no Chile e receberá royalties sobre produção 30/08/2013 19h35 Transação ainda depende de condições serem cumpridas. Empresa já tinha anunciado desistência de invest A MMX, mineradora do grupo EBX, do empresário Eike Batista, informou nesta sexta-feira (30) que fechou contrato para venda de seus ativos no Chile para a Inversiones Cooper Mining. O valor da operação não foi revelado. O contrato assegura que a MMX receba royalties sobre a venda de minério de ferro por tonelada a partir do início da produção e exploração comercial do ativo pela empresa chilena. A transação ainda está sujeita ao cumprimento de condições precedentes. "A venda das operações no Chile está alinhada com a estratégia da companhia de otimização do seu portfólio de ativos e simplificação de sua estrutura societária", disse a MMX em fato relevante. A mineradora do grupo EBX já havia anunciado a desistência do projeto de investimento nos ativos localizados no Chile em março deste ano, o que causou uma baixa contábil de R$ 224 milhões no balanço referente a 2012. O projeto ainda estava em fase incipiente. A companhia estava em fase de mapeamento geológico de uma mina de minério de ferro na região do deserto do Atacama. tópicos: Eike Batista, MMX ir no Chile, em março.Do Valor Online

Ação da OGX fecha com queda de 40%, cotada a R$ 0,30

Ação da OGX fecha com queda de 40%, cotada a R$ 0,30 30/08/2013 18h59 Na quarta, Eike vendeu 1,54% do capital da empresa. Na quinta, o presidente da Bolsa disse que resu Os papéis da OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista, fecharam em queda de 40%, para seu menor valor histórico, nesta sexta-feira (30) na Bovespa. Os papéis encerraram o dia cotados a R$ 0,30 e 18.934 ações foram negociadas. O preço máximo do papel foi alcançado em 15 de outubro de 2010, quando as ações valiam R$ 23,27, segundo a Economatica. A queda maior ocorreu no leilão de fechamento, que ocorre com todas as ações, perto dos cinco minutos finais do pregão, para definir o preço final dos papéis. Como a OGX deve sair da carteira do MSCI Global Standard Indices na segunda-feira, fundos com posição indexada ao índice aproveitaram para desovar o papel, contribuindo para a sua queda acentuada, afirmaram operadores. O Ibovespa fechou com avanço de 0,17%, a 50.008 pontos, e perdeu força no fim com a influência negativa dos papéis da OGX. Venda de participação Na quarta, Eike Batista se desfez de 49,8 milhões de ações da OGX, ou 1,54% do capital da empresa, e pretende realizar vendas adicionais pontuais da companhia em montante total superior a 5%. A OGX informou que Eike pretende manter inalterada sua posição de acionista controlador, com participação acima de 50,01%, segundo comunicado da empresa emitido nesta quinta-feira (29). Na quinta, o presidente da Bovespa, Edemir Pinto, admitiu ter ficado frustrado com os resultados das "empresas X", de Eike Batista, mas negou que o desempenho das empresas tenha “manchado” a imagem da instituição no exterior. “Não acredito que manchou, não tenho ouvido isso de investidores estrangeiros. Isso acontece em projetos pré-operacionais, acontece em todo o mundo. Na verdade, a gente também se frustrou. O Eike, dada a condição de empreendedorismo que ele tem, a gente fica frustrado", disse. tópicos: Edemir Pinto, Eike Batista, OGX Da Reuters

30/08/2013 - 17:42

30/08/2013 - 17:42 Mantega diz que não há fuga de dólares e o país continua atraindo investimentos estrangeiros Agência Brasil “Temos mercado consumidor e um mercado financeiro que continuam atraindo investidores do mundo todo. É por isso que não há fuga de dólares no Brasil, enquanto outros países emergentes já perderam US$ 150 bilhões de reserva nesse último período”, disse ao participar de premiação a empresários promovida pela revista IstoÉ Dinheiro. “De janeiro a junho nós já recebemos US$ 59 bilhões em investimentos estrangeiros, tanto na produção como em ativos financeiros”, completou. Segundo o ministro, há uma turbulência internacional causada pelo Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos. “O Fed exagerou na dose dos estímulos financeiros e agora está em via de desativá-los. É preciso muito cuidado nesse processo de desativação para não prejudicar os outros países”, declarou. Mantega garantiu que o país está preparado para enfrentar os problemas. “Mais uma vez o Brasil está bem preparado para a turbulência”, ressaltou. De acordo com o ministro da Fazenda, os efeitos da instabilidade econômica estão sendo mitigados pelas ações do governo. “O Banco Central e o Tesouro [Nacional] têm agido com eficiência para dar liquidez aos mercados e manter a normalidade da economia”, declarou. Apesar das incertezas, Mantega avaliou que existem sinais de que a economia mundial está retomando o ritmo de crescimento. “Os países avançados começam a dar sinais de recuperação. Os Estados Unidos, com maior vigor, e os países europeus mais moderadamente, ainda engatinhando, mas na mesma direção

30/08/2013 - 18:03

30/08/2013 - 18:03 Consultor da CNA vê MP dos Portos como ruptura, mas aponta problemas Agência Estado A Medida Provisória 595, a MP dos Portos, representou um ponto de 'ruptura, de transformação' para o governo, mas 'peca' pelo centralismo e pelos obstáculos à cabotagem (navegação entre portos marítimos de um mesmo País). A avaliação é de Luiz Antonio Fayet, consultor de Logística da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que participa nesta quinta-feira, 29, do Salão Internacional da Avicultura (Siav), em São Paulo (SP). 'É preciso liberar o setor portuário, só que tudo ainda precisa ser discutido em Brasília. Os terminais privados, por exemplo, não precisam de governo', afirmou. Quanto à cabotagem, Fayet avalia que os custos operacionais são muito inflados. 'Precisamos dar à cabotagem o mesmo tratamento dado à navegação de longo curso (entre países), cujos custos são zerados.' O consultor da CNA salientou que o Brasil necessita de novos portos, e não somente da ampliação dos terminais existentes, para ganhar competitividade no agronegócio. 'Temos de dividir tarefas, de desafogar os portos. Isso reduz os custos econômico e social', afirmou. Fayet citou um estudo próprio para exemplificar essa necessidade. Segundo ele, de 2009 a 2012, o total de produtos agrícolas provenientes de Estados mais ao norte do País que precisaram ser exportados pelos portos do Sul e Sudeste aumentou de 39 milhões para 55 milhões de toneladas. 'O Brasil gasta quatro vezes mais que os Estados Unidos e a Argentina, por exemplo, para levar cargas da porteira até o porto', comparou. Licenças ambientais No caso de rodovias e ferrovias, Fayet disse que são necessárias licenças ambientais prévias, que evitem atrasos na execução dos projetos. 'Além disso, o governo precisa fiscalizar melhor algumas concessões. Têm ferrovias inoperantes, por exemplo'. O consultor da CNA defendeu, ainda, outorgas por menor tarifa para a contratação de novos projetos. A melhoria da infraestrutura nacional precisa vir rapidamente, disse Fayet. Isso porque o Brasil deve se tornar o principal fornecedor mundial de commodities agrícolas no curto prazo, superando os Estados Unidos, que já não têm terras para expansão das lavouras. Fora isso, os produtos brasileiros serão necessários para alimentar os mercados emergentes de China e Índia. 'O mundo precisa do agronegócio brasileiro para comer', finalizou.

Produtores de soja de Mato Grosso estão preocupados com o escoamento da produção de 2014

Produtores de soja de Mato Grosso estão preocupados com o escoamento da produção de 2014 30/08/2013 | 19h36 Mesmo antes de plantar a próxima safra, prod Produtores de Mato Grosso estão preocupados com os problemas que devem enfrentar para escoar a produção de 2014, mesmo antes de começar a plantar a safra de soja. O Estado já sofre com a falta de armazéns para estocar a produção de grãos e temem que a situação possa piorar. Grande parte da produção de milho não deve ser escoada a tempo para dar espaço para a safra de soja, que promete ser recorde mais uma vez, chegando a 25 milhões de toneladas. Diante da queda dos preços da oleaginosa nas últimas semanas, os produtores estão segurando a comercialização. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), somente 30% da safra foi negociada até agora. No mesmo período do ano passado esse número estava em 56%. Na prática soja e milho devem ser escoados ao mesmo tempo. Os prêmios nos portos para o ano que vem, por exemplo, já estão em queda, por falta de infraestrutura logística. Os prêmios levam em conta a qualidade, a demanda, o frete e a eficiência logística do exportador. O mercado monitora esses fatores e aplica esse prêmio à cotação da bolsa de Chicago. Segundo dados da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, para a soja entregue nosso porto de Paranaguá nesse mês de agosto, os compradores estão pagando US$ 0.60 a mais por bushel. Para março do ano que vem, período em que a safra de verão começa a ser escoada, o prêmio está negativo em US$ 0,15, ou seja, o exportador deixa de ganhar US$ 0,15 por bushel. Para o milho, o prêmio para agosto está negativo em US$ 0,25 por bushel. Para março do ano que vem também está negativo em US$ 0.15. Segundo o presidente da Aprosoja, Carlos Favaro, a situação é ainda mais preocupante porque os recursos anunciados pelo governo no Plano Safra ainda não saíram do papel. CANAL RURAL

Plano Nacional de Agroecologia deve ser lançado em setembro

Plano Nacional de Agroecologia deve ser lançado em setembro 30/08/2013 | 19h46 Governo federal ainda não definiu o volume de recursos que serão investidos no plano Rael Policarpo | Brasília (DF) O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) tem lançamento prometido para setembro, no entanto, o governo federal ainda não definiu o volume de recursos que será disponiblizado para investir em produção, pesquisa e comercialização de alimentos orgânicos. Os produtores acreditam que o Planapo vai ajudar a popularizar o setor e reduzir os preços ao consumidor. – O valor final está em formatação, mas posso adiantar que vai ser um valor considerável. Vai ser um recurso significativo que a União está disposta a investir e a gente tem a intenção de, ainda em setembro, fazer o lançamento – afirma o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Há seis anos, Hermes Jannuzzi produz vinte culturas diferentes de alimentos orgânicos. Na área de três hectares e meio, tudo é feito da forma mais natural possível. O produtor economiza no uso de agrotóxicos e mecanização, mas gasta muito mais com funcionários: são dez, no total, um número elevadíssimo para o tamanho da lavoura, comparado-se a uma produção convencional, que utilizaria apenas três trabalhadores. – Hoje para você ser agricultor orgânico é muito penoso. Falta incentivo dos governos para assistência técnica, questões tributárias nas vendas dos produtos, locações de pontos de venda – relata Jannuzzi. Com retorno financeiro abaixo do esperado, o agricultor aguarda ansioso a aprovação do Planapo. – Ele é positivo, vai dar um impulso à agricultura orgânica porque vai resolver uma série de problema para nós – espera o agricultor. Aprovado no início de junho, o Planapo ainda precisa da sanção presidencial para entrar em vigor. Basicamente, o plano vai trabalhar em quatro áreas: ampliação e fortalecimento da produção, conservação e uso dos recursos naturais de forma sustentável, conhecimento e pesquisa, e comercialização. – O plano ele está todo fundamentado em metas até 2015, porque a proposta é que ele fique em articulação com o Plano Plurianual de Governo – explica Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura. O plano também pretende reduzir o valor dos produtos para o consumidor e, assim, aumentar a comercialização dos orgânicos, que hoje representa cerca de 5% do total de alimentos vendidos no país. Além disso, a proposta deve fomentar o setor. Segundo o Ministério da Agricultura, hoje são, aproximadamente, 11.500 propriedades certificadas no Brasil, 70% das quais pertencentes a agricultores familiares. Na visão do agrônomo Flávio Costa, especialista em agroecologia, o sucesso do Planapo depende não apenas de investimentos no setor, mas de uma campanha educacional de incentivo ao consumo para toda a sociedade, aliada à uma eficiente assistência técnica ao agricultor. – Você tem que fazer um casamento entre a necessidade do consumidor junto com o processo produtivo, que aí envolve a todos os produtores – diz Costa. Para o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, o plano atende não somente os produtores, mas o desejo da sociedade de um ambiente mais equilibrado. – Este não é um plano só para os agricultores, é também fundamental para os consumidores. Cada vez mais a sociedade está preocupada com a qualidade do que come, com a forma que tratamos o meio ambiente, com todos os problemas das mudanças climáticas relacionadas à biodiversidade – afirma Dias. CANAL RURAL

Movimentação de containeres em Santos ficou paralisada na sexta devido à greve

Movimentação de containeres em Santos ficou paralisada na sexta devido à greve 30/08/2013 | 20h05 Atualmente, 32 fiscais agropecuários atuam n Os fiscais agropecuários completaram o segundo dia de greve geral em todo país. Somente o Porto de Paranaguá, no Paraná e o aeroporto de Viracopos, em Campinas, mantiveram as operações. Segundo o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários, a adesão ao movimento foi superior a 90%. Os fiscais questionam as indicações políticas para quadros do Ministério da Agricultura e pedem novos concursos públicos para o preenchimento de vagas. >>Fiscais agropecuários federais entram em greve geral em todo o país Em Santos, litoral de São Paulo, a movimentação de contêineres ficou paralisada. No Porto de Santos trabalham 32 fiscais agropecuários. O ideal, segundo o sindicato, seria no mínimo 50 profissionais. Segundo o fiscal agropecuário, Flávio de Oliveira da Silva, diariamente passam pelas mãos dos veterinários e agrônomos de 2.500 a 3.000 contêineres por dia. – O papel do fiscal no porto de Santos é inspecionar as cargas agrícolas e pecuárias, e também, as embalagens de madeira. Na verdade, a gente assegura a qualidade fitossanitária e a segurança alimentar do brasileiro – salienta Silva. Os fiscais federais agropecuários acompanham a greve nacional da categoria. Na quinta, dia 29, não houve inspeção nem liberação de contêiner. Nesta sexta, dia 30, os profissionais voltaram a fazer inspeção, mas a liberação de contêineres tanto para importação quanto exportação, continua suspensa. A preocupação é com o acúmulo dentro dos terminais. Segundo informações dos fiscais agropecuários, o limite razoável são 5 contêineres empilhados na vertical. Acima disto já começa a comprometer a operação dos terminais. Por enquanto a situação está sob controle. O problema pode ocorrer a partir da próxima segunda. – O terminal que tiver capacidade de suporte e aceite contêineres não causa problema. O problema é quando chega no limite que não dá para receber mais carga se não houver mais liberações. Hoje, já tem o reflexo de um dia parado, segunda já são dois dias parados e cerca de 5 a 6 mil contêineres parados no porto de Santos. Isso pode causar retenção de mercadoria certamente – disse Silva. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto, até agora a greve dos fiscais agropecuários não causou prejuízo nem atrasos nas operações portuárias. CANAL RURAL

Flor que retira gás carbônico do ar é lançada em feira no interior de São Paulo

Flor que retira gás carbônico do ar é lançada em feira no interior de São Paulo 30/08/2013 | 20h44 Com pétalas sensíveis, haste curta e pequenas fFloricultores lançaram durante a 22ª Expo Aflord - Emoções sem limites na festa das flores de Arujá (Aflord), interior de São Paulo, uma flor que retira mais gás carbônico do ar. Com pétalas sensíveis, haste curta e pequenas flores, nem parece, mas a Sun Patiens tem alto poder de absorção de gás carbônico, além de se manter florida durante o ano inteiro. A flor é muito parecida com uma velha conhecida do brasileiro, a popular 'maria sem vergonha’. Porém, a diferença está na resistência, tanto ao frio, como ao calor. A Sun Patiens tem origem no Japão. No país, a planta passou pelo menos dez anos em desenvolvimento e melhoramento genético, para resistir mais ao sol. No Brasil, ela chegou recentemente, há pouco mais de cinco meses, mas já está disponível para o consumidor. Pode ser criada na varanda do apartamento ou em jardim externo, em pleno sol. O técnico agrícola Reinaldo Rocha, diz que quanto mais sol ela recebe, mais ela cresce e floresce. A cor das flores varia, podem ser brancas, púrpuras, laranjas, até mesmo vermelhas. As folhas também mudam a tonalidade, de acordo com a variedade. A novidade foi destaque na Aflord. CANAL RURAL lores, a Sun Patiens, se mantém florida o ano inteiro

Programa social da Aprosoja já reforçou alimentação de mais de 6 mil pessoas

Programa social da Aprosoja já reforçou alimentação de mais de 6 mil pessoas 30/08/2013 14:50 A Aprosoja, por meio do seu Programa de Responsabilidade Social, AgroSolidário, já beneficiou 6.230 pessoas com entregas de bebidas à base de soja ou apoiando projetos culturais e esportivos. Esse benefício só é possível graças à ajuda dos produtores de soja, que contribuem mensalmente para essa ação. Dezenove municípios já são atendidos, a meta é que até o fim do ano sejam 24, sendo mais de 12 mil pessoas beneficiadas. Atualmente o Soja é Vida, projeto responsável pela distribuição de bebidas, atende 37 entidades, duas entidades são atendidas por meio do projeto Soja é Esporte (Instituto Desportivo da Criança - Vôlei Kids e Pró-Unim) e uma no Soja é Cultura (Flauta Mágica), ambos em Cuiabá. Até agosto já foram entregues mais de quatro mil extratos de 500g da bebida e a meta é que até dezembro sejam entregues 9.160 extratos da bebida de soja. Em média são beneficiadas 200 pessoas por município, esse cálculo é feito de acordo com o número de habitantes de cada um. A exceção é para a capital (1.110 pessoas) e Rondonópolis (1.000 pessoas) que atendem acima de mil pessoas e até o final do ano devem atender 8.820 e 1.330, respectivamente. Em cada município pode-se atender uma instituição ou mais, o que vai definir é o número de pessoas atendidas por cada entidade. A vice-presidente da Casa da Saúde Paulo de Tarso e CAPS Paulo de Tarso, em Rondonópolis, Anne Marie Tomczyk, fala da necessidade e importância da parceria que já dura dois anos. “Vemos essa parceria com bons olhos, pois tem melhorado nossa alimentação como reforço nutricional. E o pessoal gosta muito da bebida”, contou. No total, 230 pessoas são beneficiadas com a bebida no Hospital Psiquiátrico em Rondonópolis. Em Sorriso, o programa atende as entidades Mãezinha do Céu e Lar São Francisco, o que totaliza benefício a 240 pessoas. “Nós achamos muito importante contribuir com nosso trabalho para melhoria da vida das pessoas. Também é uma forma das demais pessoas conhecerem nossa atividade”, disse o delegado da Aprosoja no município, Elso Pozzobon. Ele lembrou também da importância do AgroSolidário na entrega da ala abandonada há mais de 17 anos no Hospital de Câncer de Cuiabá. “Estamos estendemos um pouco mais os objetivos do programa, sempre com a intenção de ajudar as pessoas que precisam dentro da nossa possibilidade. Isso mostra o quanto quem trabalha no agronegócio é solidário com as causas sociais”, finalizou ele. Hospital de Câncer de MT – No início de agosto, a Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), o ator Otaviano Costa e a Casa Cor Mato Grosso entregaram a nova ala do Hospital do Câncer de Cuiabá, que foi reconstruída e equipada a partir de doações de produtores de soja de todo o Estado. Com isso, a capacidade de atendimento do hospital será triplicada. A Aprosoja, por meio do Agrosolidário, mobilizou agricultores em todo o estado para buscar recursos financeiros para finalizar esta obra. Os recursos levantados foram utilizados para a readequação do espaço e a aquisição das mobílias e equipamentos. O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, citou o compositor Raul Seixas em sua fala e agradeceu à disponibilidade de todos que participaram do projeto. “Um sonho que se sonha só é só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade. Hoje, transformamos um sonho em realidade. Foram 22 eventos realizados em todo o estado, onde ouvimos histórias, arrecadamos recursos e nos emocionamos muito. Essa ação mostra que o produtor mato-grossense, que já é especialista em produzir soja, milho e algodão, também pode plantar sementes de solidariedade que alimentam a alma”. Programa - O programa existe desde 2009 e tem como objetivo atuar junto às comunidades mais carentes, a partir da introdução de produtos à base de soja e derivados do milho como parte de hábitos alimentares mais saudáveis. Apoia também projetos de cunho cultural, relacionados ao esporte, que valorizem os bons hábitos e costumes. Projeto - O programa AgroSolidário é composto por três grandes projetos de responsabilidade social. Além dos projetos o programa conta com ações sociais pontuais, como a realização do Dia da Criança e algumas entidades. Projeto Soja é Vida: Distribuir alimento de boa qualidade, disseminando os benefícios que os alimentos a base de soja e derivados do milho oferecem. Soja é Cultura: Contribuir com instituições culturais para que as crianças e adolescentes tenham outra visão dos caminhos que podem seguir para ter um futuro melhor. Projeto Soja é Esporte: Apoiar projetos de modo a unir a prática de exercício físico com a prática de uma alimentação saudável.   Fonte: Assessoria

30/08/2013 - 16:00

30/08/2013 - 16:00 Obra afeta concorrência entre portos e ferrovias nos EUA Valor Economico Quando um súbito surto nas exportações por contêineres da China em 2004 atropelou os portos na Califórnia, as companhias de navegação apressaram-se a buscar alternativas. Uma delas foi enviar mais produtos da Ásia via canal do Panamá diretamente para portos da costa leste dos EUA.

30/08/2013 - 15:22

30/08/2013 - 15:22 Mipa confirma a aquisição de 60 mil t de milho do Brasil Agência Estado A Associação de Aquisições da Indústria de Milho (Mipa, na sigla em inglês) comprou uma carga de 60 mil toneladas de milho brasileiro da trading Alfred C. Toepfer International, para embarque entre 1º e 15 de novembro, disseram executivos de tradings.Uma parte da carga foi adquirida com prêmio de US$ 1,2738 por bushel sobre o contrato futuro de março na Bolsa de Chicago (CBOT) e o restante a um preço fixo de US$ 244,10/t, incluindo custo e frete, mas sem o seguro. Empresas de países asiáticos estão comprando várias cargas de grãos devido a preocupações com a possibilidade de elevação ainda maior dos preços. As cotações aumentaram nos últimos dias devido ao clima seco antes da colheita nos Estados Unidos. Fonte: Dow Jones Newswires

30/08/2013 - 15:11

30/08/2013 - 15:11 Suplemento extrai ao máximo o potencial produtivo e oferece maior lucro Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni Foto: Reprodução / Ilustração Suplemento extrai ao máximo o potencial produtivo e oferece maior lucro Suplemento extrai ao máximo o potencial produtivo e oferece maior lucro Extrair ao máximo o potencial produtivo com baixo custo, oferecendo um maior lucro por animal com um maior ganho produtividade por hectare possível. Esta é a principal vantagem de um programa de suplementação animal desenvolvido Nutripura Nutrição e Pastagem, empresa do ramo de nutrição animal e pastagem. Leia mais Banco revela que agropecuária é o segmento econômico que mais cresce no Brasil Colheita do algodão chega a 85% em Mato Grosso, aponta Imea Segundo a empresa, o suplemento tem trazido resultados surpreendentes e chamado a atenção de pecuaristas na região onde foi implantado. “O perfil do cliente é uma variável importante, assim como a estrutura da propriedade, os equipamentos disponíveis, as características físicas da fazenda, a capacitação da mão de obra e a disponibilidade e vontade de investir por parte do cliente indicam o momento ideal para iniciar o programa e influenciam no sucesso do programa estratégico”, analisa o supervisor técnico da empresa, Lainer Leite. O pecuarista Fernando Almeida Azevedo é o responsável técnico da Fazenda Santa Tereza, localizada no município de Poxoréu, cerca de 80 km de Rondonópolis, e adotou o sistema de alimentação por meio da suplementação. “No final acabamos ganhando mais do que estava programado, e também estamos vendendo animais antes do previsto. Essa precocidade dá uma certeza de retorno financeiro”, disse Fernando. Como funciona Depois do estudo técnico feito pela equipe responsável para implantação do Programa de Suplementação o pecuarista repassou, em números, o objetivo a ser alcançado. Matar em torno de mil animais, com acabamento de gordura adequado, no período da safra, que segue entre dezembro e junho. Enviar cerca de 750 animais para confinamento e lotar a fazenda com 1500 garrotes no período de seca. Em uma propriedade com cerca de 650 hectares de pastagem, fazendo recria e engorda, para a obtenção de produção de cerca de 15000 arrobas, isso significa produção de 23@/ha. Para uma melhor evolução da proposta, foi decidido que o projeto deveria abranger duas fases, uma de pré-engorda e uma específica para engorda intensiva. Resultado: maior ganho em menor tempo (custo da arroba produzida por volta de R$ 35 e ganho em média de quatro arrobas por animal). Leite finaliza esclarecendo que cada caso é um caso, como especificado no início da matéria, e que todas as variáveis envolvidas na produção impactam no resultado final. “Isso faz com que os resultados sejam levemente diferentes de propriedade para propriedade, mas podemos afirmar que o ganho se dá devido a alimentação diferenciada”, finaliza.

30/08/2013 - 15:09

30/08/2013 - 15:09 Coreia do Sul compra 57.600 t de trigo dos EUA em duas cargas Agencia Estado Compradores sul-coreanos anunciaram nesta quinta-feira, 29, ter comprado cargas de trigo norte-americano, totalizando 57.600 toneladas. A Daehan Flour Mills comprou uma carga de 27.100 toneladas da trading CHS para embarque entre 10 de novembro e 10 de dezembro. Já a DongA One importou uma carga de 30.500 toneladas da trading Cargill, para envio no mesmo período. A carga adquirida pela Daehan inclui trigo branco soft com mínimo de 9,5% de proteína, a US$ 285,08/t, trigo duro vermelho com 11,5% de proteína, a US$ 320,41/t, e trigo escuro de primavera com 14% de proteína, a US$ 331,45/t (FOB). Já a Donga comprou trigo branco soft com máximo de 8,5% de proteína, a US$ 292,44/t, trigo soft branco com mínimo de 9,5% de proteína, a cerca de US$ 285/t, trigo duro vermelho de inverno com 11,5% de proteína, a cerca de US$ 320/t, e trigo escuro de primavera com 14% de proteína, a US$ 331/t (FOB). Compradores asiáticos estão comprando várias cargas de grãos devido a preocupações sobre a elevação dos preços, que aumentaram nos últimos dias devido ao clima seco antes da colheita nos Estados Unidos. Fonte: Dow Jones Newswires

30/08/2013 - 14:12

30/08/2013 - 14:12 Características de Carcaça na Seleção Bovina é tema de palestra na Goiás Genética Pontual Comunicação A ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores) representada por sua gerente técnica, Juliana Leite, ministra palestra com o tema “Características de Carcaça na Seleção Bovina” durante a Goiás Genética, que acontece entre os dias 10 e 15 de setembro, no Parque de Exposições Pedro Ludovico Teixeira, no setor Nova Vila, em Goiânia (GO). Juliana Leite versará sobre a importância das características de carcaça para a evolução dos rebanhos, destacando as novas ferramentas de avaliação e suas funções. A palestra acontece no dia 11, às 14h40, no auditório Augusto Gontijo, dentro do parque de exposições. Com estande próprio e equipe de consultores para atender aos associados, criadores e interessados em melhoramento genético, a ANCP estará no pavilhão 16 e durante a feira apresentará os trabalhos desenvolvidos pela Associação, as novas ferramentas de avaliação genética, os conceitos, objetivos, vantagens e importância do beneficiamento animal para a seleção e evolução dos rebanhos, além da apresentação de touros avaliados pela ANCP. Raysildo Barbosa Lôbo, presidente da ANCP, aponta que o melhoramento genético já é parte essencial da cadeia produtiva e que esses eventos vêm para fortalecer o trabalho desenvolvido pela Associação, além de ser uma excelente vitrine para os programas de melhoramentos do País. “A Goiás Genética é uma excelente oportunidade para reunir especialistas, pesquisadores, criadores e interessados em melhoramento genético para discutir questões pertinentes ao setor, levar informações técnicas e quebrar paradigmas”. Este ano, alguns criadores associados da ANCP participarão da exposição de animais, como a Fazenda Bonsucesso, Fazenda Candeias, Fazenda Sonho Meu, Fazenda Água Boa, Paulete Agropecuária e Agro Maripá. Sobre a feira Realizada pela AGCZ (Associação Goiana dos Criadores de Zebu), a Goiás Genética edição 2013 traz temas relacionados à genética animal. A abertura oficial do evento está marcada para o dia 11, às 9 horas, no auditório Augusto Gontijo, dentro do parque de exposições. Além de palestras técnicas, integram a programação leilões, debates e exposições. As inscrições podem ser feitas pelo site da AGCZ, www.agcz.com.br. Mais informações, pelo telefone (62) 3203-1212.

30/08/2013 - 14:03

30/08/2013 - 14:03 Colheita do algodão chega a 85% em Mato Grosso, aponta Imea De Sinop - Alexandre Alves Foto: Ilustração - V-Agro Segundo o levantamento do instituto, a produtividade média, no Estado, está em torno de 259 arrobas por hectare. Segundo o levantamento do instituto, a produtividade média, no Estado, está em torno de 259 arrobas por hectare. A retirada do algodão das lavouras de Mato Grosso nesta safra 2012/13 chegou a 85.1% até esta quinta-feira, segundo balanço divulgado nesta sexta, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O índice de cobertura está 8.9 pontos porcentuais atrasados em relação à área colhida na safra anterior. As regiões Nordeste e Noroeste mato-grossense – que cultivam 2.2 mil e 5.4 mil hectares, respectivamente – já terminaram os trabalhos no campo. O médio-Norte do Estado, que plantou 75 mil hectares, já colheu 89.6%; centro-Sul (40.6 mil ha), 89.4%; Sudeste (214.2 mil ha), 85.9% e, Oeste (114 mil ha), 78.1%. Segundo o levantamento do instituto, a produtividade média, no Estado, está em torno de 259 arrobas por hectare. O Sudeste de Mato Grosso é o que mais produz algodão, 276 @/ha, seguido do Oeste, 256 @/ha; centro-Sul, 252 @/ha; Nordeste, 250 @/ha; Noroeste, 235 @/ha e, médio-Norte, 222 @/ha. A estimativa de produção gira em torno de 632.8 mil toneladas de pluma e 1.6 milhão de t. de caroço de algodão. A comercialização da safra chega a 73% da pluma e 75% do caroço, segundo o Imea. O produtor mato-grossense visualiza possibilidade de realizar vendas da pluma e do caroço com melhores preços nas próximas semanas, devido a dois fatores que estão pressionando o mercado no atual momento: a alta do dólar e a menor oferta do produto. Conforme o instituto, a permanência do dólar em alta, na casa dos R$ 2,40, aliado às condições positivas do mercado, favorece o fechamento de negócios para os próximos meses, visto que, após o cumprimento de contratos de exportação, a pluma mato-grossense deve atender a demanda da indústria nacional que está abastecida apenas para o curto prazo.

30/08/2013 - 13:35

30/08/2013 - 13:35 Concurso de Jurado Jovem congrega 50 participantes na Expointer 2013 ABHB A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) realizou na tarde desta quinta-feira (29 de agosto) a 15ª edição do Concurso de Jurado Jovem. Participaram 50 pessoas, entre estudantes e técnicos do Brasil e exterior, os quais foram instruídos pelo inspetor técnico credenciado na ABHB, Luiz Rafael Lagreca. O concurso teve empate na primeira colocação. Evandr Pedroso Vieira e Milton Costa tiveram pontuação de 783. Na segunda colocação, outro empate. Osvaldo Aciolin Menezes e Isadora Trindade Aguiar finalizaram o concurso com 763 pontos. Terceiro colocado, Gabriel Coletti, pontuou 758. Na quarta colocação, Bruno Moraes, com 753 pontos e na quinta, Andressa Luft, com 751.

30/08/2013 - 13:12

30/08/2013 - 13:12 Federarroz debate preços mínimos e comercialização na Câmara Setorial Planeta Arroz O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Osório Dornelles, e o vice-presidente da entidade na Planície Costeira Interna, Daire Coutinho, participaram nesta quarta-feira (28/8) da reunião da Câmara Setorial Nacional do Arroz. O evento aconteceu no auditório da Farsul, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), dentro da programação da Expointer. No encontro com representantes de toda a cadeia produtiva nacional, a pauta foi extensa, com apresentações sobre conjunturas mercadológicas nacional e internacional, tributárias, de logística e das exportações. A 23ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que acontecerá entre os dias 20 e 22 de fevereiro de 2014, em Mostardas, bem como a 10ª Abertura Oficial do Plantio da Safra de Arroz, em cinco de outubro, próximo, foram apresentadas aos integrantes da Câmara, com auxílio de um vídeo promocional. Os integrantes da Federação também participaram dos debates sobre o congelamento de preços mínimos do arroz no Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, no qual toda cadeia produtiva gaúcha e catarinense uniu-se contra a medida governamental. O argumento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foi a necessidade de incentivar a produção em estados de outras regiões para equilibrar a logística e o abastecimento nacional. “É um equívoco tentar promover a cultura em novas regiões em detrimento do Sul, onde se encontra um dos sistemas de produção de maior qualidade e competitividade do mundo, que garante a segurança alimentar e a estabilidade de abastecimento”, afirmou o presidente da Federarroz. A postura da Conab e do governo foi bastante criticada por diversas lideranças de todos os segmentos. “Nem é tanto uma questão ligada a mercado, mas o preço mínimo tem influência na contratação de custeio, entre outras operações do arrozeiro”, assegura Henrique Osório Dornelles. Com a ausência do secretário de Política Agrícola do MAPA, Neri Geller, da Expointer, por ocorrência do falecimento de um familiar, não houve tratativas sobre a realização de novos leilões pelo governo. Mas, a conclusão da cadeia produtiva é de que os preços de abertura precisam ser revistos – especialmente por assimetrias regionais e de que, no momento, os preços estão estabilizados, sem demanda de nova oferta pública. Outro fator que preocupa o setor produtivo arrozeiro é a constatação de sérios gargalos logísticos no Porto de Rio Grande para a exportação do cereal. “Este ano, com a grande safra de soja, o arroz perdeu espaços no porto, além de ficar ainda mais evidenciada a necessidade urgente de investimentos públicos e privados na estrutura de exportação, desde o calado do canal do terminal da CESA, que não permite grandes embarques, até a modernização de equipamentos e tecnologias”, explica Henrique Osório Dornelles.

Exportação mundial de café cresce 3,6% em 10 meses da safra

Exportação mundial de café cresce 3,6% em 10 meses da safra 30/08/2013 | 14h26 Brasil teve desempenho melhor que a média globaA Organização Internacional do Café (OIC) divulgou nesta sexta, dia 30, um balanço sobre as exportações mundiais do setor. Nos dez primeiros meses da safra 2012/2013, as vendas cresceram 3,6% na comparação com igual período da safra anterior e atingiram 94,48 milhões de sacas. O Brasil teve desempenho melhor que a média global e o embarque da produção brasileira é 7,4% maior que o observado na safra anterior. Segundo a OIC, as exportações mundiais do setor somaram 9,05 milhões de toneladas em julho de 2013, menos que as 9,69 milhões de toneladas de julho de 2012. Apesar dessa queda mensal, as exportações dos dez meses (entre outubro de 2012 e julho de 2013) da safra 2012/2013 mostram reação positiva. Das 94,48 milhões de toneladas exportadas nos dez meses, o Brasil respondeu por 27,3% do volume. Ao todo, o país embarcou 25,78 milhões de sacas no período. O volume é 7,4% superior ao registrado na safra anterior. Só em julho, as exportações brasileiras somaram 2,15 milhões de sacas. A OIC informou, ainda, que nos 12 meses encerrados em julho de 2012 a exportação do café tipo arábica atingiu 68,68 milhões de sacas, alta de 4,56% ante as 65,68 milhões observadas em igual período da safra passada. Já o embarque do tipo grão do robusta somou 44,19 milhões de sacas, com alta de 7,59% na comparação com as 41,07 milhões de sacas do período anterior. notícias sobre café l e o embarque da produção brasileira é 7,4% maior que o observado na safra anterior