quinta-feira, 30 de novembro de 2017

“Efetividade do Dicamba é diversa”

POLÊMICA

“Efetividade do Dicamba é diversa”


Afirmação é do presidente da Associação de Produtores de Soja de Iowa
Por:  -Leonardo Gottems 
Publicado em 30/11/2017 às 09:38h.
Em entrevista publicada no site Agropages, o presidente da Associação de Produtores de Soja de Iowa, Ed Anderson, afirmou que depende com quem se fala para saber se a aplicação de produtos com o ingrediente ativo Dicamba é boa ou não para os agricultores. Alguns dizem que o produto é efetivo, outros dizem que não. Anderson defendeu que as pequenas sobre o produto e os diálogos sobre o assunto continue.
Anderson defende ainda que o sistema de dados de alta tecnologia continue sendo usado para analisar o produto. “Se chegarmos a conclusão de que teremos que modificar mais o rótulo em coisas como tempo de aplicação, condições ambientais ou tamanho do buffer para uma aplicação mais segura, nós poderemos ajudar os reguladores a tomar esses passos”, disse.
Questionado sobre o que teria levado a essa polêmica, Anderson afirmou que essas questões são comuns. “Alguns seguiram bem as restrições e a natureza foi totalmente favorável. Outros tiveram um seguimento menos estrito dos rótulos, com erros honestos no uso da química e do sistema biotecnológico, e a natureza potencialmente jogando contra eles. É um sistema complexo com vários fatores influenciando, incluindo o fator de que a química é efetiva em doses muito baixas”, explicou.
Sobre o futuro, Anderson afirmou que os produtores terão que continuar monitorando todos os dados possíveis, especialmente sobre produtividade. “Teremos de fazer comparação com as safras anteriores. Se tivermos a pesquisa correta, os dados corretos e analisar corretamente, nós saberemos o futuro do Dicamba”, explicou Anderson.

Uva/Cepea: Novas variedades ganham espaço na América do Sul

Uva

Uva/Cepea: Novas variedades ganham espaço na América do Sul


No Chile, a estimativa é que 8% da área plantada seja de novas variedades
Por:  
Publicado em 30/11/2017 às 10:22h.
Devido à crescente demanda por novas variedades de uvas de mesa, que são protegidas por licenciamento, países produtores da América do Sul têm aumentado as parcerias com empresas de desenvolvimento, de acordo com o Fresh Plaza.
No Chile, a estimativa é que 8% da área plantada seja de novas variedades, visto que o principal destino da fruta chilena são os Estados Unidos, país que já produz 64% de tipos protegidos.

Argentina sofre maior ataque de ferrugem amarela desde 1930

Desde 1930

Argentina sofre maior ataque de ferrugem amarela desde 1930


Primeiros ataques nesta safra foram reportados no início de setembro
Por:  -Leonardo Gottems 
Publicado em 30/11/2017 às 10:45h.
A epidemia de ferrugem amarela que afeta o trigo semeado este ano na Argentina é a maior desde 1930, segundo o engenheiro agrônomo da Fauba, especialista em enfermidades, Marcelo Carmona. Segundo a Consultoria Trigo & Farinhas, os primeiros ataques nesta safra foram reportados no início de setembro no Guia Estratégica para o Agro (GEA), da Bolsa de Cereales de Buenos Aires.
Em meados desse mês, a Bolsa de Cereales de Córdoba registrou que quase toda a província estava afetada e a de Entre Rios declarou o alerta vermelho por esta situação, enquanto relatórios da INTA, de Marcos Juárez e do Laboratório de Fitopatologia da Universidade Católica detectavam casos de reincidência mesmo depois de aplicações de fungicidas.
Segundo Carmona, o fungo produzido pela ferrugem amarela é um patógeno de alta capacidade migratória, com muita variabilidade genética e com alta adaptação a temperaturas mais elevadas. Uma das características que a diferenciam é que ataca mais cedo que outros tipos de ferrugem e é a maior enfermidade do trigo a nível mundial, já que tem a capacidade de secar a planta, coisa que não fazem os outros tipos de ferrugem.
“Tudo isto leva a que as decisões de controle devam ser tomadas sem ter em conta os estados fenológicos da planta. Folhas inferiores infectadas continuam contaminando as folhas superiores de forma muito agressiva, já que uma pústula produz cerca de três mil esporas por dia, durante vários dias”, afirma a T&F.
A Consultoria indagou do técnico do trigo do Deral, o Eng. Agr. Carlos Hugo Godinho, sobre os efeitos da ferrugem amarela sobre o trigo e fomos informados de que não é algo que ocorra com frequência no Brasil, mas, ao que se sabe, afeta mais a produtividade e a produção do que a qualidade do grão (a menos que, como mostra a ilustração ao lado, as folhas afetadas estejam muito próximas da espiga).
Informações como esta devem ser tomadas com muito cuidado, porque, dependendo do grau de ataque e das aplicações feitas, os seus efeitos não são muito extensos. “O que aumenta, sem dúvida, é o custo final do produtor, como acontece na soja”, concluiu Godinho.

Frango, boi e suíno vivos: preços em novembro e em 2017

Preços

Frango, boi e suíno vivos: preços em novembro e em 2017


De toda forma chama a atenção o fato de o incremento do frango em dois e três anos
Por:  
Publicado em 30/11/2017 às 11:32h.
Faltando apenas um mês para o encerramento do ano, parece estar claro que frango vivo e boi em pé encerram o presente exercício com significativa redução de preços em relação a 2016 – algo em torno dos 10%, situação da qual apenas o suíno vivo escapa pois sua cotação média nos últimos 11 meses permanece mais de 11% acima da registrada em idêntico período de 2016.
Porém, até mesmo a situação do suíno é ilusória, pois os mesmos 11% de incremento se mantêm em relação a janeiro/novembro de 2015, enquanto em comparação a 2014 o ganho – frente a uma inflação superior a 21% - não chega a 2,5%.
Mas, sob esse aspecto, especificamente, também frango e boi saem perdedores, visto que seus preços evoluíram bem menos que a inflação (IPCA) acumulada nos últimos três anos.
Menos mal para os produtores de frango e de suínos que suas duas principais matérias-primas – o milho e o farelo de soja – tenham enfrentado a mesma situação – exceto pela explosão de preços experimentada do final de 2015 à maior parte de 2016. 
De toda forma chama a atenção o fato de o incremento do frango em dois e três anos (+0,07% e +5,99%, respectivamente) ter sido menor que o do milho (+5,5% e +12,24%, também respectivamente). Ou seja: o avicultor está pagando mais por essa matéria-prima, mas os preços por ele recebidos pelo frango vivo não evoluíram na mesma proporção. 


Nova Lei de Proteção de Cultivares já tem relatório

SEMENTES

Nova Lei de Proteção de Cultivares já tem relatório


Exige autorização do detentor da patente para venda da semente colhida
Por:  -Leonardo Gottems 
Publicado em 30/11/2017 às 11:36h.
A chamada “Nova Lei de Proteção de Cultivares” (Projeto de Lei 827/15) já recebeu relatório do deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), que também é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A comissão especial que analisa as alterações já fez a leitura do texto, e a votação do parecer do relator está marcada para a próxima terça-feira (05.12), às 14h30 em Brasília (DF).
Alterando a Lei 9.456/97, a proposta em análise na Câmara dos Deputados regulamenta a propriedade intelectual sobre os vegetais desenvolvidos no Brasil. O relator apresentou um substitutivo que exige a autorização do detentor da patente de cultivares para a comercialização do produto obtido na colheita. Atualmente, a lei veda apenas a produção e não proíbe a venda sem a autorização do detentor da patente da cultivar.
De acordo com o autor do projeto, deputado Dilceu Sperafico (PP-PR), o PL vai orientar as pesquisas que desenvolvem a qualidade das cultivares do País. “A melhoria virá não apenas para as sementes, mas também para frutíferas, abrangendo mais de 150 espécies”, disse o parlamentar, que integrante da FPA.
Alexandre Schenkel, diretor da Aprosoja/MT, sustenta que é preciso investir no desenvolvimento de novos materiais de pesquisa que envolvam a participação dos produtores. “É necessário que o produtor esteja inserido na tomada de decisões, tornando a legislação mais moderna e tirando a burocracia do meio rural. A nossa agricultura é empresarial e familiar. É preciso dar eficiência”, finalizou o diretor.

Com automação, fazenda será comandada de qualquer lugar

TECNOLOGIA

Com automação, fazenda será comandada de qualquer lugar


Produtores americanos já se interessam por máquinas não tripuladas e robôs que estão em teste
Por:  -Leonardo Gottems 
Publicado em 30/11/2017 às 12:58h.
As máquinas e equipamentos agrícolas apesar de terem crescido muito nos muitos anos, ficarão menores e toda a atividade agrícola de uma fazenda poderá ser controlada de qualquer lugar em função da automação. É o que descreve um artigo da revista norte-americana Successful Farming.
A reportagem cita o relatório Agricultural Robots and Drones 2017-2027, que diz que ideia de maquinário gigante para aumentar a produtividade perderá força nos próximos anos com uso de máquinas autônomas e robôs. Os robôs agrícola se moveriam lentamente, com atenção maior às plantas com peso baixo e compactação menor do solo – isso aumentaria a produtividade individual. Esses robôs ainda não foram lançados comercialmente, mas já estão sendo testados.
A grande mudança deve acontece na administração da propriedade. Em vez de dirigir máquinas, elas serão controladas de forma remota, em qualquer lugar do mundo com acesso à internet. Segundo a pesquisa da Case IH feita nos Estados Unidos, metade dos produtores que fizeram testes usariam equipamentos não tripulados para atividades como preparo da terra, mas no caso do plantio foi menor. “Os produtores não se sentem confortáveis colocando tudo em veículo totalmente autônomo porque essa ação no plantio é decisiva para toda a safra”, afirmou Leo Bose, gerente de marketing e colheita da Case IH nos Estados Unidos.
Há especialistas que, por outro lado, não acreditam nessas mudanças na agricultura, pelo menos no curto prazo. “Uma tecnologia autônoma vai substituir totalmente o trabalho dos produtores? Eu não acredito nisso, mas esses veículos sim terão mercado no setor agrícola. Elas ajudarão os produtores a serem mais eficientes”, disse Mark Young, CEO da empresa The Climate Corporation.
O produtor Jyler Laird, de Indiana, gostaria de comprar robôs o quanto antes para sua fazenda de 700 hectares. “Eu opero a propriedade sozinho. Eu preciso dessa tecnologia porque realmente não posso contratar ninguém. Além disso, é impossível encontrar alguém que trabalhe por 24 horas durante três ou quatro dias seguidos. Me parece que o investimento será barato”, resumiu o produtor.

Inseticida para combate à lagartas de difícil controle é aprovado

Controle

Inseticida para combate à lagartas de difícil controle é aprovado


Produto estará disponível a partir de 2018
Por:  -Aline Merladete 
Publicado em 30/11/2017 às 14:23h.

Registrado em mais de 90 países, o produto formulado a partir do Benzoato de Emamectina obteve o registro federal definitivo, tendo sido aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para utilização nas culturas de soja, algodão e feijão.
O inseticida torna-se o único do mercado a contar com esta aprovação nacional definitiva. Tido como um aliado indispensável e de eficiência comprovada no combate às lagartas de difícil controle, PROCLAIMR 50 estará disponível aos agricultores a partir de 2018.
 
Os diversos estudos, de instituições como UNESP, Fundação Chapadão e Fundação Mato Grosso, entre outras, realizados em parceria com a Syngenta, demonstram que PROCLAIMR 50 protege as plantas logo nas primeiras horas após a aplicação, por meio de uma rápida penetração do produto no tecido foliar (ação translaminar).
De acordo com o gerente de portfólio de inseticidas da Syngenta, Aimar Pedrini, o inseticida bloqueia a alimentação das lagartas e as paralisa. O produto é altamente seletivo e possui um amplo efeito de choque e residual.

MG: Chuva de granizo causa estragos em lavouras de soja e café

Estragos

MG: Chuva de granizo causa estragos em lavouras de soja e café


Árvores caíram e plantações foram destruídas
Por:  
Publicado em 30/11/2017 às 15:55h.
Árvores caíram, plantações foram destruídas e restou apenas o prejuízo aos proprietários que vão ter que preparar toda terra novamente e replantar a semente.
Um dos proprietários Elton Dangelo procurou nossa redação e mostrou o estado em que ficou sua plantação de soja às margens da MG 230. Ele calcula que os prejuízos chegam a quase R$ 150 mil, contabilizando desde a compra da semente até a mão de obra nos 98 hectares de terra.
Jerry Resende, também procurou nossa redação e relatou os fatos e prejuízo que teve com a forte chuva da tarde desta quarta-feira. Segundo ele, a forte chuva começou por volta das 15h30 nas regiões de Coqueiros, Sobrado, Curtume, Goiabeira e Transagro e durou cerca de uma hora, ocasionando diversos estragos nas lavouras de café, soja e milho.
Só na sua propriedade, Jerry contabiliza que foram cerca de 500 hectares de café destruídos pelo granizo, totalizando cerca de 12 milhões de reais de prejuízo. Ainda em relato, o produtor diz que se formou cerca de meio metro de granizo com pedras de variados tamanhos.
Os produtores ainda estimam que só nesta tarde choveu cerca de 100mm, caracterizando com a maior chuva dos últimos 19 anos na região. Segundo a meteorologia, para esta quarta-feira previa sol e aumento de nuvens pela manhã e pancadas de chuva à tarde e à noite. Ainda de acordo com o site do Clima Tempo, estavam previstos para chover cerca de 19mm, com 80% da probabilidade.

Presidente da Conab pede prorrogação de subvenção ao milho para pequenos criadores

Subvenção

Presidente da Conab pede prorrogação de subvenção ao milho para pequenos criadores


Saca de 60 quilos está sendo comercializada a R$ 33 nos municípios das Regiões Norte e Nordeste
Por:  
Publicado em 30/11/2017 às 16:48h.
O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Francisco Marcelo Rodrigues Bezerra, pediu nesta quarta-feira (29) o apoio do presidente do Senado, Eunício Oliveira, para a prorrogação da Portaria 780/2017 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que beneficia pequenos criadores e agroindústrias de pequeno porte das Regiões Norte e Nordeste.
A portaria permite que, por meio do Programa Vendas em Balcão da Conab, esses pequenos produtores tenham acesso aos estoques de milho do governo a preços compatíveis aos do mercado atacadista local. Dessa forma, até o dia 31 de dezembro de 2017, a saca de 60 quilos está sendo comercializada a R$ 33 nos municípios das Regiões Norte e Nordeste.
Ao defender a manutenção do programa até 31 de dezembro de 2018, o presidente da Conab argumentou que, com sete meses em vigor, as repercussões da portaria são “bastante expressivas” na movimentação da economia local. Segundo estudo da companhia, no volume de vendas nos 15 estados atendidos, de abril a novembro deste ano, o comércio em balcão de milho em grãos a preço subsidiado superou em 86% o volume de vendas no mesmo período do ano anterior.
Eunício disse que vai conversar com o presidente da República, Michel Temer, e com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em favor da prorrogação da medida que tem assegurado suprimento regular de insumos a esses estados brasileiros que, historicamente, sofrem com a seca.

Estado entrega 25 veículos para reforçar fiscalização do Indea; governador garante reformas

Da Redação - André Garcia Santana
30 Nov 2017 - 13:52




A fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT),ganhou reforço com entrega de 25 veículos para auxiliar no trabalho por vários municípios de Mato Grosso. Durante evento na manhã desta quinta-feira (30), o governador Pedro Taques (PSDB) garantiu que até julho do ano que vem os investimentos serão voltados à reforma e entrega de 100 novas sedes do órgão.


Dois meses após proibição, Anvisa libera agrotóxico que causou "chuva de veneno" em MT

Os carros, modelo Strada, serão utilizados pelos para fiscalização em propriedades e combate a focos de doença sanitária animal. Dois deles serão destinados para Alta Floresta (800 km de Cuiabá). “Até julho de 2018 vamos entregar 100 novas sedes, veículos e equipamentos como GPS e computadores para que a defesa sanitária no possa se dar com a qualidade que nós desejamos”, afirmou o governador.

O presidente do Indea, Guilherme Nolasco,  diz que nos três últimos anos, o governo investiu na manutenção de 2.300 postos de treinamento com a capacitação de 1.673 profissionais, sendo 630 médicos cadastrados e 370 agentes de fiscalização. “Os veículos dão mobilidade, estrutura as unidades locais no interior para que possam cumprir o seu papel. Estamos dando condições de trabalho e dignidade ao fiscal agropecuário”, ressaltou.

Também nesta sexta o Indea inaugura um posto avançado no distrito de Nova Floresta, em Porto Alegre do Norte e serão entregues dois novos veículos que atenderão as cidades de Porto Alegre do Norte e Canabrava do Norte, ambas localizadas na Regional de São Félix do Araguaia.

O prefeito do município de São José dos Quatro Marcos, Ronaldo Floreano, destacou os benefícios e satisfação com as entregas.

“Essa é a terceira entrega esta semana que o governo faz para o nosso município, pois recebemos equipamentos para ajudar na agricultura familiar e também cartões do Pró-Família, o que mostra que há investimentos em todas as áreas. Este veículo é de grande valia e divido este contentamento com os demais prefeitos”, pontuou o gestor.

Compras de final de ano e melhora no emprego aumentam intenção de compras em Cuiabá

Da Redação - André Garcia Santana
30 Nov 2017 - 11:42



Embalada pelo ritmo de final de ano, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), deu um salto de 9,5% entre outubro e novembro em Cuiabá. O número passou de 75,9 para 83,1 pontos, e, em comparação com o mesmo período de 2016, representa índice superior em 8,6%. Apesar do aumento, o valor geral continua abaixo de 100 pontos, na zona de insatisfação, mas vem se recuperando, o que indica retomada do otimismo das famílias. A pesquisa foi realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio) e divulgada na quarta-feira (29/11), pela Fecomércio-MT.


Comércio passa a funcionar em horário especial para compras de final de ano; confira mudanças

Os dados também estão associados a situação do Emprego Atual dos cuiabanos, que  apresentou a terceira alta consecutiva e atingiu 123,3 pontos, com variação de 4,4% se comparado com o mês anterior (118,2 pontos). Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice é 15,3% maior, quanto atingia 106,9 pontos em novembro de 2016.

Diante disso, foram constatados resultado positivo em todas as faixas de renda no mês. Para as famílias que recebem até 10 salários mínimos (s.m.), o salto positivo foi de 8,1% sobre o mês passado (saindo de 74 pontos em outubro para 80 pontos em novembro). Já as famílias que recebem acima de 10 salários (s.m.), o acréscimo foi ainda maior, de 19,7% e alcançou 111,6 pontos, acima da zona de insatisfação, que é abaixo de 100 pontos.

O levantamento  também mostra variações positivas em todos os seus componentes, com melhor resultado para o Nível de Consumo Atual, que apresentou alta de 24,4% se comparado com o mês de outubro. O componente Perspectiva de Consumo teve elevação de 17,2%, seguido da Perspectiva Profissional (9,5%) e Momento para Duráveis (9%).

Renda Atual em constante alta

A Renda Atual soma o quinto aumento consecutivo, chegando a 106 pontos em novembro e ultrapassando a zona de insatisfação. O índice saiu de 80,9 pontos em junho de 2017 para 106 pontos este mês. Na comparação anual, o componente também apresentou variação positiva de 14,6% sobre o mesmo período do ano passado, quando tinha 92,5 pontos, na época.

O presidente da Fecomércio-MT, Hermes Martins da Cunha, explica o bom momento no final de ano, que voltou a apresentar resultados melhores do que nos anos anteriores. “Os indicadores econômicos mostram recuperação, com o recuo da inflação, recuo do custo do crédito e retomada do poder de compra da população, o que contribui para uma fatia maior das famílias na hora das compras. Sem dúvida, a maior empregabilidade nesse período também contribuiu para o poder de compra da população”, disse o presidente.

Flórida pode ter nova arma contra o greening em 2019



Um vírus geneticamente modificado vem se mostrando eficaz na proteção das plantas contra o desenvolvimento da doença


Em 2019 os citricultores dos Estados Unidos devem contar com uma nova arma contra o greening. Trata-se de um vírus geneticamente modificado, desenvolvido pela empresa Southern Gardens Citrus Nursery e que tem se mostrado bastante eficaz na proteção das árvores contra o avanço da doença.
O vírus CTV é naturalmente encontrado nas plantas de citros, mas recebe proteínas de espinafre, as quais têm se mostrado inibidoras do desenvolvimento do greening. O vírus vem sendo testado em campos controlados desde 2010.
Inicialmente, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – USDA deverá conceder uma permissão estadual para a Flórida assim que o vírus estiver pronto, o que deve acontecer em janeiro de 2019.



Data de Publicação: 30/11/2017 às 18:10hs
Fonte: Freshplaza.com

Da euforia ao pânico: como nascem e estouram bolhas especulativas?



Movimento especulativo faz preços decolarem artificialmente; veja a história de 4 bolhas que marcaram a economia global


Elas surgem como um negócio imperdível, mas terminam com prejuízos incalculáveis. Bolhas especulativas já fizeram investidores sonhar com riqueza obtida da compra e venda de diversos produtos como flores, ações, boi gordo e imóveis. Para especialistas, a bola da vez é o bitcoin.
Especialistas dizem que as bolhas têm um 'roteiro' de como elas são infladas:
os preços do bem sobem;
mais investidores apostam suas economias nele;
muita gente ganha dinheiro, e o sucesso delas atrai mais pessoas;
a procura é tão grande que os preços sobem mais;
em um ponto, ninguém mais consegue justificar como os preços cresceram tanto;
quando a confiança dos investidores é abalada, basta um sopro para a bolha estourar;
o “estouro da manada” faz a retirada de capital ser abrupta
e o valor do ativo despenca.
Euforia e pânico
Quem faz o panorama é o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Fernando Nogueira da Costa. Ele traça o caminho da euforia dos novos ricos com o altos preços até o pânico, sentido por uma massa de falidos.
“Os economistas analisam se o preço é justo de acordo com circunstancias microsetoriais ou macroeconômicas. Quando o preço descola do que seria o ideal, é considerado bolha.”
Quando se trata de um bem físico, conta o economista, os parâmetros para se chegar ao que seria o preço justo são mais palpáveis, tais como o valor gasto em sua montagem e o custo de aquisição de um item novo em relação ao de um item já no mercado.
Essa relação pode ser verificada no mercado imobiliário. “Se o preço do [imóvel] novo estiver abaixo do usado, você percebe que tem bolha no usado, porque dá para construir mais barato.”
Quando se trata de um bem intangível, ou seja, não se trata de algo físico, a lógica é outra.
“A precificação de bens tem um componente emocional e imaginário muito forte. É o que as pessoas acham que vale. Então, é baseado em opiniões. Você pode questionar se aquilo tem fundamento ou não, mas quando surgem os rumores, aquilo passa a valer mais”, diz.
Por isso, notar o surgimento de bolhas com bens intangíveis é mais difícil.
“Tem muito do componente 'me engana que eu gosto'. A pessoa quer acreditar que aquilo vale mais. Ela compra e tenta mudar a opinião dos outros para que comprem. Se os outros comprarem, aquilo de fato passa a valer mais. Nem tudo tem fundamento real, ou seja, gera emprego, renda...”
‘Boom’ e ‘crash’
Outra característica das bolhas é o comportamento dos preços, diz Costa. Eles sobem muito alto e caem muito rápido. A esses dois momentos, são dados os nomes de “boom” e “crash”, respectivamente. “Não tem nada de equilíbrio.”
Como boa parte do investidor está interessado só em especular, as oscilações da cotação provocam movimentos massivos de aporte de capital no ativo e de fuga dele. Ninguém quer perder o “boom”, nem o “crash”.
“O movimento é coletivo tanto na venda quanto na compra. A metáfora que eu uso é: ‘o último a apagar a luz do aeroporto’. Se há uma fuga de capital, a boiada estoura e tenta passar por uma porta só. Quem passou se salvou. Quem não passou é o último a apagar a luz do aeroporto. Aí, fica com o mico.”
Outro gatilho comportamental que bolhas provocam em investidores é a certeza de que eles sabem quando parar, comenta o professor.
“As pessoas tendem a se atribuir uma supremacia frente aos demais. Acham que sabem o momento certo de entrar e de sair. Com esse componente psicológico, as pessoas querem ganhar mais dinheiro rapidamente, independentemente do ativo.”
Veja abaixo algumas bolhas famosas:
Bolha das tulipas
A primeira bolha especulativa de que se tem notícia é a Mania das Tulipas, na região que hoje é a Holanda no século XVII.
Trazida da Ásia, a flor rapidamente se tornou extremamente cobiçada. Tanto que um único bulbo custava alguns milhares de florins, enquanto um trabalhador especializado ganhava em torno de 150 florins ao ano.
A raridade das tulipas contava para elevar o preço, mas não era só isso. A especulação contava bastante. Ela foi a mãe da solução aplicada para contornar uma peculiaridade do cultivo da planta que limitava a negociação. As tulipas só florescem mais de cinco anos após serem plantadas, o que ocorre entre os meses de maio e abril. Novos bulbos só surgem na primavera. Era apenas nesta época que as vendas ocorriam.
Para poder fazer transações o ano inteiro, os floristas passaram a vender contratos futuros de tulipa. Ou seja: um documento em que o vendedor garantia que compraria a planta ao final de um período. Só que esses contratos também começaram a ser vendidos, com ágio cada vez maior. Alguns economistas acreditam que esse foi o primeiro mercado de derivativos do mundo.
O “crash” veio quando contratos futuros falsos foram descobertos. Os investidores se viram com títulos podres na mão, que davam direito a flores que não existiam. Como alguns deles venderam bens para entrar na onda, tiveram de arcar com o prejuízo.
Crise de 1929 ou "Grande Depressão"
A Grande Depressão, que afundou o mundo na maior crise econômica até 2008, também foi efeito do estouro de uma bolha.
Era uma época em que montadoras de veículos produziam milhões de carros, empresas aéreas começavam a se formar e grupos de mídia e entretenimento, como as de rádio e cinema, se consolidavam nos Estados Unidos. Para aproveitar o bom momento, grandes fundos gastavam montanhas de dinheiro para inflar o preço de ações para vender na alta. As ações desses fundos também eram vendidos. Investidores comuns se endividavam para comprar ações, cujos preços eram artificialmente altos. Até aí, era só euforia diante da possibilidade de fazer dinheiro.
Só que, para aproveitar a onda, bancos passaram a conceder empréstimos pessoais e recebiam ações de empresas como garantia. A ampliação da concessão de crédito colocou muito dinheiro em circulação, o que gerou uma bolha inflacionária. Os preço dos produtos já não mantinham conexão real com a economia.
Quando o Fed, o banco central norte-americano, subiu a taxa de juros da renda fixa para conter essa escalada, os investidores deixaram a Bolsa. O preço das ações foi esfarelando e, como muitos empréstimos estavam garantidos por papéis que valiam o que pesavam, bancos faliram aos milhares.
O efeito dominó se estendeu para setores produtivos, que se viram sem recursos para continuar funcionando. Indústrias frearam seu ritmo, e as importações despencaram. Sem dinheiro, a população teve lidar com a onda de desemprego, que atingiu um terço dos trabalhadores dos EUA. A crise cíclica atingiu o resto do mundo.
Bolha das 'Ponto com'
No fim dos anos 1990, as empresas que atuavam na internet eram a cara do que se chamava “nova economia”. Negócios online ignoravam os fundamentos da economia e apostavam que tudo podia ser oferecido ou vendido pela internet –daí o “ponto com”.
A proposta da Webvan, por exemplo, era entregar em até 30 minutos as frutas, os legumes e as verduras vendidas pela internet. Os desafios logísticos associados ao comércio online de perecíveis não foram solucionados ainda hoje, quase 20 anos depois. Ainda assim, a empresa recebeu investimentos de US$ 400 milhões.
Só que ela era peixe pequeno. Na época, o Yahoo dava as cartas no mundo da tecnologia. E tinha bastante dinheiro para gastar. Quando a velocidade de internet mal dava para transferir arquivos de áudio, a empresa queimou US$ 5,7 bilhões na compra do site de vídeos Broadcast. O YouTube, a maior plataforma de vídeos, custou ao Google a "pechincha" de US$ 1,65 bilhão.
No começo de 2001, os preços das ações despencaram. Alguns analistas argumentam que isso foi uma reação dos investidores aos balanços financeiros dessas empresas, que mostravam um desempenho pífio no fim do ano anterior, justamente quando o varejo mais lucra. O tombo foi tão grande que a Nasdaq, bolsa em que os papéis de boa parte das “ponto com” eram vendidas, chegou a perder quase 80% de seu valor.
Bolha imobiliária ou crise do "subprime"
Detonada em meados de 2007, a crise imobiliária foi alimentada pela concessão de empréstimos hipotecários de alto risco nos Estados Unidos.
Era uma época em que os preços dos imóveis cresceu desproporcionalmente. Os mutuários, que sequer haviam quitado as parcelas, conseguiam novos empréstimos, dando os imóveis como garantia. Com valores sempre maiores, os títulos eram usados para liquidar os anteriores, em atraso. Só que o imóvel dado como garantia era sempre o mesmo.
Esses empréstimos hipotecários eram concedidos mesmo para pessoas sem histórico de crédito ou capacidade comprovada de pagamento. O grupo era chamado de mercado "subprime".
Quando os juros voltaram a subir e o preço das casas começou a desabar, a bolha estourou. As prestações saltaram e houve inadimplência em massa. Milhões de famílias contraíram dívidas com bancos superiores ao valor dos imóveis.
O preço médio das residências caiu quase 50%. Cerca de cinco milhões de casas foram retomadas e a construção de novas unidades despencou.
O governo dos EUA teve de injetar bilhões de dólares para ajudar mutuários a refinanciar contratos, salvar da bancarrota seguradoras, bancos e refinanciadoras de hipotecas. A quebradeira de bancos, iniciada com o Lehman Brothers, gerou uma crise fiscal nos EUA, que se estendeu para a Europa e foi sentida em todos os lugares do mundo.


Data de Publicação: 30/11/2017 às 19:00hs
Fonte: G1