quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Camex reduz imposto de importação de insumo para fabricar sabão em pó

31/12/2015 12h56 - Atualizado em 31/12/2015 13h22

Camex reduz imposto de importação de insumo para fabricar sabão em pó




Objetivo foi evitar desabastecimento do produto no mercado interno.
Imposto de importação cai de 10% para 2% para 180 dias, diz governo.




Do G1, em Brasília



A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu, por meio de resolução publicada no "Diário Oficial da União" nesta quinta-feira (31), o imposto de importação do "anidro para fabricação de detergentes em pó por secagem em torre spray e por dry mix" para evitar o desabastecimento, informou o Ministério do Desenvolvimento.
O produto terá a alíquota reduzida de 10% para 2%, por 180 dias. A alíquota menor está limitada a uma cota de 455 mil toneladas. A decisão da Camex tem como base resolução do Grupo Mercado Comum do Mercosul (GMC), sobre ações pontuais no âmbito tarifário por razões de abastecimento.
O produto serve como matéria-prima para formar a base do sabão em pó, informou o governo. "Juntamente com outros materiais, o anidro confere ao sabão uma estrutura granular. Além da indústria de limpeza (fabricação de detergentes domésticos), o insumo é utilizado na fabricação de papel, pela indústria de celulose, na fabricação de vidros, em reações, em corantes, na fabricação de têxteis e na medicina".

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA sobem com força na semana

31/12/2015 13h00 - Atualizado em 31/12/2015 13h00

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA sobem com força na semana



Pedidos subiram em 20 mil para número sazonalmente ajustado.
Parte do avanço pode ser atribuído a fatores temporários.

Da Reuters
O número de norte-americanos que realizaram novos pedidos de auxílio-desemprego subiu acentuadamente na semana passada, um potencial sinal de que o mercado de trabalho está perdendo força, embora parte do avanço possa ser atribuído a fatores temporários ligados aos feriados de fim de ano.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 20 mil para o número sazonalmente ajustado de 287 mil na semana encerrada em 26 de dezembro, disse o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos nesta quinta-feira (31).
Economistas consultados pela Reuters previam que os pedidos subiriam para 270 mil na semana passada.
O mercado de trabalho dos Estados Unidos se aqueceu em 2015, o suficiente para que o Federal Reserve elevasse as taxas de juros em dezembro pela primeira vez em uma década.
Muitos economistas esperam um ritmo mais lento de melhora em 2016, mesmo com uma maior queda da taxa de desemprego de seu nível atual de 5%. Após cair com força ao longo de anos, os pedidos de auxílio-desemprego parecem ter se estabilizado desde meados de 2015.
Os dados da semana passada podem ter sido distorcidos pelo período de feriados, embora o Departamento do Trabalho tenha afirmado que não houve fatores especiais influenciando os números. A média móvel de quatro semanas, que analistas acompanham de perto por minimizar a volatilidade, subiu em 4,5 mil para 277 mil.

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Camex reduz imposto de importação de insumo para fabricar sabão em pó

31/12/2015 12h56 - Atualizado em 31/12/2015 13h22

Camex reduz imposto de importação de insumo para fabricar sabão em pó



Objetivo foi evitar desabastecimento do produto no mercado interno.
Imposto de importação cai de 10% para 2% para 180 dias, diz governo.




Do G1, em Brasília



A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu, por meio de resolução publicada no "Diário Oficial da União" nesta quinta-feira (31), o imposto de importação do "anidro para fabricação de detergentes em pó por secagem em torre spray e por dry mix" para evitar o desabastecimento, informou o Ministério do Desenvolvimento.
O produto terá a alíquota reduzida de 10% para 2%, por 180 dias. A alíquota menor está limitada a uma cota de 455 mil toneladas. A decisão da Camex tem como base resolução do Grupo Mercado Comum do Mercosul (GMC), sobre ações pontuais no âmbito tarifário por razões de abastecimento.
O produto serve como matéria-prima para formar a base do sabão em pó, informou o governo. "Juntamente com outros materiais, o anidro confere ao sabão uma estrutura granular. Além da indústria de limpeza (fabricação de detergentes domésticos), o insumo é utilizado na fabricação de papel, pela indústria de celulose, na fabricação de vidros, em reações, em corantes, na fabricação de têxteis e na medicina".

CMN altera regra e governo terá economia de R$ 800 milhões em 2016

31/12/2015 14h12 - Atualizado em 31/12/2015 14h23

CMN altera regra e governo terá economia de R$ 800 milhões em 2016



Recursos não terão mais de ser gastos com equalização de taxa de juros.
Mudança foi motivada por aumento de captações da poupança rural.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou, nesta quinta-feira (31) as regras das operações de crédito rural dos bancos, o que permitirá ao governo gastar R$ 800 milhões a menos em equalização de taxas de juros (subsídios) no primeiro semestre do próximo ano sem que isso diminua o volume de crédito, ou aumente as taxas de juros ao produtor, do plano safra 2015/2016.
A medida contribuirá para o processo de ajuste fiscal. Para o ano que vem, a meta de superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública) é de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para todo o setor público, o equivalente a R$ 30,5 bilhões, sem possibilidade de abatimento. Os analistas do mercado financeiro não acreditam, até o momento, que esta meta será cumprida e apostam em um novo déficit fiscal em 2016.
Pela decisão do Conselho Monetário Nacional, segundo informou o governo, foi instituído um "fator de ponderação" de 1,8 sobre o saldo médio das operações de crédito rural contratadas com recursos do direcionamento da poupança rural por produtores rurais e cooperativas de produção agropecuária não vinculados ao Pronaf.
Segundo o Ministério da Fazenda, há uma regra que determina uma "exigibilidade", ou seja, direcionamento, de recursos da chamada poupança rural dos bancos para o crédito rural. De cada R$ 100 captados por meio da poupança rural, R$ 74 tem de ser destinados aos empréstimos rurais e parte desse valor é "equalizado" pelo governo (conta com juros subsdiados).
"Lá atrás, a gente tinha uma perspectiva de redução dos recursos da poupança rural, que compõe o plano safra. Entretanto, houve elevação dos recursos da poupança rural em R$ 12 bilhões. Por isso, o CMN criou fator de ponderação que faz com que bancos apliquem esses recursos e não dependam tanto da equalização do governo", informou Francisco Erismar, coordenador de crédito de rural da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Com a instituição do fator de ponderação, os bancos poderão cumprir a exigibilidade de destinar recursos ao crédito rural e, ainda assim, usar os recursos excedentes em outras operações de crédito, com taxas maiores, diminuindo a necessidade de equalização de taxas de juros (subsídios com recursos públicos) por parte do governo.
"Não se mexe em nada do plano safra. As taxas de juros e prazos de financiamentos vão permanecer. Essa medida não impacta em nada o plano safra", declarou Francisco Erimar, coordenador de crédito de rural da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. O valor definido para crédito agrícola à agricultura familiar e empresarial julho de 2015 a  junho de 2016 é de R$ 216 bilhões.

Governo suspende até o fim de 2016 cobrança judicial de produtores do NE

31/12/2015 13h13 - Atualizado em 31/12/2015 13h15

Governo suspende até o fim de 2016 cobrança judicial de produtores do NE





Medida Provisória foi publicada pelo governo federal nesta quinta-feira.
Motivo foi a seca que atinge muitos municípios desde 2011, informou.



Do G1, em Brasília





O governo federal publicou Medida Provisória nesta quinta-feira (31) no "Diário Oficial da União" suspendendo, até 31 de dezembro de 2016, o encaminhamento de operações de crédito rural para inscrição na dívida ativa e para cobrança judicial de produtores rurais do Nordeste, informou o Ministério da Fazenda.
"Trata-se, portanto, de suspensão de prazos para cumprimento de obrigação, o que não configura perdão de dívidas", explicou o governo.
Segundo o Ministério da Fazenda, a "persistente" seca que atinge muitos municípios da área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) desde 2011 tem dificultado a obtenção de renda da atividade agropecuária na região.
Com isso, de acordo com o governo, o objetivo da medida é permitir que os agricultores tenham tempo adicional para melhorar sua condição financeira, sem terem suas dívidas enviadas para cobrança judicial ou inscritas na Dívida Ativa da União, o que "dificultaria ainda mais a sua permanência na atividade".

31/12/2015 - 17:23

Tempestade perfeita’? Quatro fatos que fizeram de 2015 o ano das más notícias econômicas




Luís Barrucho/Da BBC Brasil em Londres


Se ainda restavam dúvidas de que economia e política realmente andam juntas, 2015 serviu para comprovar que a velha máxima faz sentido.

A crise política instalada em Brasília, cujo desfecho ainda não é conhecido, suspendeu decisões importantes, gerou desconfiança entre os investidores e contaminou os mercados.

Em contrapartida, a desaceleração da economia reduziu as receitas do governo que, sem dinheiro em caixa, foi obrigado a cortar gastos e a aumentar impostos, movimento que erodiu ainda mais a popularidade da presidente Dilma Rousseff.
A turbulência econômica também atingiu em cheio o bolso dos brasileiros, que não devem sentir saudades de 2015.

Foram diversas notícias negativas: recessão, inflação alta, taxa de juros elevada, aumento da conta de luz, ondas de demissões e dólar acima de R$ 4 pela primeira vez desde a criação do Plano Real.

Mas não é só. Com um rombo nas contas públicas, o Brasil perdeu o grau de investimento, espécie de selo de bom pagador, conquistado a duras penas durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também deu adeus a um ministro da Fazenda. Há menos de duas semanas, Joaquim Levy ─ um nome desde o princípio associado ao mercado ─ foi substituído por Nelson Barbosa, até então ministro do Planejamento.

A conjuntura externa tampouco foi favorável ao país. Com a economia dando sinais de enfraquecimento, a China, principal parceira comercial do Brasil, comprou menos.
E as previsões para o ano que vem não são otimistas. A inflação deve ficar novamente acima do teto da meta (de 6,5%), os juros devem subir e o PIB (soma dos bens e serviços produzidos pelo país) deve registrar novamente uma retração.

Em meio à tormenta que afeta a economia brasileira, a BBC Brasil listou abaixo quatro fatores que derrubaram o país em 2015, criando uma "tempestade perfeita":

1) Crise política

Em meio à disputa entre o Executivo e o Legislativo, decisões importantes que poderiam aliviar as contas públicas e retomar o crescimento da economia do país estão suspensas temporariamente ou foram adiadas.

Um dos exemplos mais notórios é a reforma da Previdência, considerado o principal sugadouro fiscal do Brasil.

Segundo o economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas, a proporção dos gastos do INSS sobre o PIB subiu de 3,4% em 1991 para 7,7% no ano passado.

Atualmente, nove brasileiros em idade ativa trabalham para sustentar um aposentado acima de 65 anos. Se nada for feito, em 2040, essa proporção será de quatro trabalhadores para cada aposentado, aumentando significativamente a pressão sobre as contas públicas.

Também há outros desafios importantes ─ e de curto prazo, como o chamado ajuste fiscal, ou seja, o esforço para equilibrar as contas públicas. Em outras palavras, gastar menos do que se arrecada.

Mas o fracasso na aprovação de algumas medidas, como a volta da CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira), lança dúvidas se o governo terá dinheiro suficiente para fechar no azul.

Quanto menor a certeza, maior a desconfiança dos mercados.

Sem alternativa para financiar seus gastos, o governo acaba tendo de oferecer um retorno maior a quem quer emprestar dinheiro ao país – no caso, na forma de juros mais altos. Em 2016, estima-se que a taxa básica de juros, a Selic, deva subir dos atuais 14,25% para 14,75%.

Só que juros maiores significam menos dinheiro para aplicar em outras áreas, como saúde e educação.

2) Lava Jato

A operação que investiga o esquema milionário de desvio de verbas na Petrobras - e que resultou na acusação contra algumas das maiores empreiteiras do país - atingiu em cheio a já combalida economia brasileira.

Segundo cálculos da consultoria Tendências, o impacto foi de 2,5 pontos percentuais no PIB deste ano.

Economistas calculam que a economia brasileira deve encolher 3,7% em 2015. Para o ano que vem, a estimativa é de retração de 2,8%.

Se confirmadas as previsões, será a primeira vez que o país registra dois anos consecutivos de queda no PIB desde o início da série histórica, em 1948.

"A Lava Jato paralisou setores que têm um peso grande nos investimentos totais da economia, então é natural que tenha um impacto negativo expressivo no PIB no curto prazo", explicou Alessandra Ribeiro, da Tendências, à BBC Brasil no início de dezembro.

"O lado positivo dessa história é que as instituições estão funcionando e o risco de os corruptos serem pegos está aumentando - o que tende a limitar a corrupção no longo prazo", acrescentou ela.

3) Cenário externo

Fatores externos também tiveram seu peso no mau desempenho da economia brasileira neste ano.

E o principal revés veio da China, maior parceiro comercial do Brasil.

Com a atividade econômica enfraquecida, resultado da queda das exportações e do menor consumo das famílias, o gigante asiático comprou menos, impactando as vendas externas brasileiras.

Paralelamente, caiu o preço das commodities (principais produtos de exportação brasileiros), refletindo uma menor demanda global, especialmente da China.
E, há duas semanas, o Fed, o Banco Central americano, decidiu subir juros pela primeira vez desde a crise financeira de 2008.

Apesar do retorno baixo, os títulos públicos do Tesouro americano são considerados investimentos de confiança (já que o risco de calote dos Estados Unidos, por ser a principal economia do mundo e poder imprimir dólar à vontade, praticamente inexiste). O resultado é uma debandada de investimentos alocados em países emergentes, entre eles o Brasil.

4) Ajuste

Na tentativa de fazer as contas públicas voltarem ao azul, o governo lançou mão de algumas medidas de ajuste fiscal no início de 2015.

Além disso, preços há muito tempo represados, como energia e gasolina, subiram e impactaram a inflação que, segundo economistas ouvidos pelo Banco Central, deve terminar o ano em 10,7%. Se a previsão for confirmada, será o maior valor desde 2002 (12,53%).

A Cide, taxa sobre a gasolina e o óleo diesel foi reinstituída, afetando os preços do combustível. E a forte seca que atingiu o país também reduziu a produção de energia hidrelétrica e forçou o uso da termelétrica, mais cara.

Paralelamente, desde maio, o governo vem anunciando seguidos cortes de gastos para reduzir o tamanho do rombo nas contas públicas.

Apesar do arrocho, o Brasil pode fechar 2015 com um déficit (despesas maiores que as receitas) recorde de até R$ 117,9 bilhões. O valor consideraria o abatimento de até R$ 55 bilhões para compensação das chamadas "pedaladas fiscais" (pagamentos atrasados a bancos públicos).

O problema é que, com menos dinheiro para pagar os juros dos empréstimos que toma para se financiar, o governo passa a ser visto com maior desconfiança pelos agentes econômicos.

Em parte em função disso, o Brasil perdeu o "chamado grau de investimento", uma espécie de selo de bom pagador, por duas das maiores agências de classificação de risco do mundo, a Standard & Poor's e a Fitch Ratings.

Sem esse atestado, o país agora é considerado "grau especulativo", o que, aos olhos do mercado, significa que o país tem menos capacidade de honrar suas dívidas.

31/12/2015 - 16:00

Itaú Unibanco fecha compra de fatia do BTG na Recovery e portfólio por R$1,2 bi




Guillermo Parra-Bernal e Tatiana Bautzer/Reuters


O Itaú Unibanco fechou acordo com o Banco BTG Pactual no qual pagará cerca de 1,2 bilhão de reais por uma fatia na empresa de recuperação de crédito Recovery e um portfólio de empréstimos inadimplentes, em uma oferta de última hora que superou uma proposta rival.

Nesta quinta-feira, em comunicado, o Itaú disse que pagará 640 milhões de reais pela fatia de 82 por cento que o BTG possuía na Recovery do Brasil quando o acordo obtiver aprovação regulatória. O Itaú também acertou a compra de 70 por cento de um portfólio de 38 bilhões de reais de empréstimos inadimplentes administrado pelo BTG por 570 milhões de reais em espécie, segundo o documento.

O BTG Pactual está vendendo ativos para levantar dinheiro e restaurar a confiança de clientes à luz da prisão de seu fundador, André Esteves. O BTG Pactual esperava arrecadar entre 400 milhões e 1,2 bilhão de reais com a saída da Recovery, disseram fontes mais cedo neste mês.

A transação foi anunciada após um processo intenso de venda que durou cerca de três semanas, disseram duas fontes com conhecimento do negócio. O Itaú fez uma oferta depois que as negociações exclusivas entre a Lone Star Funds e o BTG Pactual expiraram na segunda-feira, disse a primeira fonte, pedindo para ficar anônima pois os termos do negócio permanecem confidenciais.

A Reuters noticiou em 17 de dezembro que a Lone Star havia iniciado negociações exclusivas pela fatia na Recovery. A oferta apresentada pelo Itaú, que assessorou a Lone Star até o fim das negociações exclusivas, foi 20 por cento superior à da Lone Star, acrescentaram fontes.

O Itaú não comentou imediatamente. Mensagens deixadas para a Lone Star não foram respondidas de imediato. O BTG Pactual não quis comentar.

EMPRÉSTIMOS TÓXICOS

O BTG Pactual disse que a fatia na Recovery e o portfólio de empréstimos representam cerca de 0,2 por cento de seus ativos.

Diversas vendas de ativos, incluindo carteiras de empréstimos e uma fatia na maior cadeia de hospitais brasileira, assim como a obtenção de uma linha de crédito emergencial no valor de 1,6 bilhão de reais do Fundo Garantidor de Crédito ajudaram a minimizar a preocupação sobre uma crise no BTG Pactual.

Até 23 empresas haviam mostrado interesse preliminar na Recovery, disse a segunda fonte. A Recovery, baseada em São Paulo, administra cerca de 50 bilhões de reais em empréstimos de dívida em dificuldades e é uma grande compradora de crédito tóxico das maiores instituições financeiras do Brasil.

A International Finance Corp, do Banco Mundial, e os fundadores da companhia na Argentina são os donos da fatia restante na Recovery.

A compra ajudará o Itaú a cimentar uma posição de liderança no mercado. Membros do setor estimam que as vendas de empréstimos tóxicos subirão 40 por cento neste ano, para mais de 25 bilhões de reais.

"A expertise da Recovery e de sua equipe de gestão na prestação de serviços de recuperação de créditos em atraso otimizará a operação do Itaú Unibanco, o que, em conjunto com a continuidade na prestação de serviços para terceiros, resultará em um maior potencial de crescimento para as atividades da Recovery", disse o Itaú Unibanco em comunicado.

(Reportagem adicional de Silvio Cascione)

31/12/2015 - 14:31

Queda das importações beneficia balança comercial



Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil


 A balança comercial, cujo saldo representa as trocas de produtos entre o Brasil e o resto do mundo, começou 2015 negativa. Logo em janeiro, houve déficit de US$ 3,174 bilhões. Isso significa que as importações no mês, ou seja, as compras do país no exterior, superaram as exportações, que são as vendas para outros países.

O saldo ainda refletia o quadro de 2014. A balança terminou aquele ano negativa em R$ 3,93 bilhões, o primeiro déficit anual desde 2000.

A situação da balança em 2015 começou a se reconfigurar a partir de março, quando foi registrado o primeiro saldo positivo do ano. Houve superávit, ainda modesto, de US$ 458 milhões.

Na ocasião, o governo informou que a virada já era esperada, devido ao início dos embarques de soja, um dos principais produtos brasileiros de exportação. O saldo positivo, entretanto, tinha ainda outro motivo: as importações estavam caindo em ritmo acelerado.

Queda

As exportações também estavam em processo de queda, em razão do recuo nos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional) e da diminuição nas vendas de industrializados brasileiros, principalmente para a Argentina.

No entanto, as importações caíam mais intensamente e as quantidades embarcadas de soja e petróleo ajudavam a compensar a queda nos preços dos produtos básicos exportados. Com esse quadro, a balança ampliou o saldo positivo.

Ao fim de junho, reverteu o déficit acumulado, obtendo superávit de US$ 2,2 bilhões em seis meses. O resultado foi o melhor para o período desde 2012. Mais saldos positivos se seguiram e, na segunda semana de dezembro, o saldo acumulado da balança ficou positivo em US$ 15,8 bilhões, superando a expectativa do governo, que era encerrar 2015 com superávit de US$ 15 bilhões.

No entanto, José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), considera que o resultado pode ser considerado um “superávit negativo”, por se dever, em parte, à queda de importações. “As importações despencaram. Caíram 23,3%, até a segunda semana de dezembro, enquanto as exportações caíram 14,6%. O mais pessimista não imaginaria que chegaríamos a essa queda das importações”, comenta.

Segundo ele, as compras de importados caíram em razão do recuo na atividade econômica e alta do dólar, que bateu recordes de crescimento em relação ao real em 2015.

Contratos

A moeda norte-americana reagiu à turbulência econômica e política no país ao longo do ano. O dólar baliza os contratos de exportação e importação e, portanto, influencia as operações. Quando está valorizado ante o real, os produtos brasileiros têm preços mais atraentes no exterior. Com as importações, é o contrário: o dólar alto aumenta o preço final dos importados no mercado brasileiro.

Se a aquisição de importados foi desestimulada pelo dólar em alta, José Augusto destaca que as exportações, que poderiam ter se beneficiado do movimento, não ganharam impulso suficiente.

“[A alta do dólar] não foi o suficiente para tornar nossos produtos competitivos. O impacto do câmbio sobre os manufaturados [industrializados] praticamente foi nulo. Alguns insumos da indústria são importados e a taxa de câmbio muito elevada não nos ajuda. Cada vez que sobe o dólar, os compradores pedem desconto”, comenta ele, que defende um câmbio equilibrado.

Para 2016, a AEB projeta comportamento da balança semelhante ao deste ano. A entidade prevê superávit de US$ 29,228 bilhões. Estima, ainda, que as exportações cairão 1% em relação a 2015 e as importações, 9,5%. Segundo José Augusto de Castro, a queda no valor exportado será menor que a deste ano porque, após um recuo acentuado, os preços das commodities tendem a se estabilizar.

“O cenário econômico continuará difícil. Temos perda do grau de investimento, elevação da taxa de juros dos Estados Unidos. O câmbio vai ficar em piso de R$ 4 e teto de R$ 4,50. As importações devem cair, bem como as exportações. Mas as exportações cairão de forma mais suave”, prevê.

“Tecnologia agrícola é a melhor amiga do meio ambiente”




31/12/15 - 13:32 



O biólogo Fernando Reinach, PhD pela Universidade de Cornell (EUA) defende que é o aumento do uso da tecnologia – e não de orgânicos – o que torna a agricultura mais sustentável. “A tecnologia agrícola é a melhor amiga do meio ambiente”, afirma o especialista em entrevista à Revista Exame. 
“Isso é até paradoxal quando você fala sobre esse assunto com os ambientalistas, pois eles são tecnófobos [...] A pessoa que quer comprar um alimento orgânico, que não requer tecnologia de ponta, vai ter que se acostumar com o fato de que o produto será mais caro, pois está usando uma área maior de produção”, explica.
O problema está no aumento populacional da Terra, que deve subir de 7 para 11 bilhões de habitantes até o ano de 2100, segundo a última projeção da ONU. Para dar conta de alimentar toda essa população, seria necessário investir cerca de US$ 44 bilhões por ano na produção e distribuição de alimentos, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Na avaliação de Reinach, gestor do Fundo Pitanga de investimento em startups, quem opta pelo consumo de alimento produzidos sem tecnologia “está causando mais mal ao meio ambiente. Quem come alface orgânica está desmatando uma parte maior da Amazônia”.
“Nos Estados Unidos e na Europa, o agronegócio não tem mais para onde expandir-se. E a África não tem uma Amazônia para ser desmatada. Se dobrarmos a área no Brasil, será o fim da Amazônia”, alerta.

Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

Coopercitrus adquire concessão das máquinas New Holland




31/12/15 - 12:44 




Oferecer sempre soluções integradas para os produtores rurais é um dos conceitos em que a Coopercitrus baseia suas ações. Na busca constante de fortalecer as atividades, fomentar o crescimento e desenvolvimento dos agricultores, a Coopercitrus tornou-se, em novembro, uma concessionária New Holland.
Com essa nova concessão, a Coopercitrus passa a oferecer máquinas e implementos da marca americana que é um dos maiores e mais respeitados fabricantes de equipamentos agrícolas e que possuí uma ampla e completa linha de tratores de linha leve, média e pesada, além de colheitadeiras de grãos, pulverizadores e equipamentos para feno e forragem.
A Coopercitrus concessionária New Holland, está situada nas cidades de Ribeirão Preto, Andradina, Catanduva e São José do Rio Preto, SP, mas abrangerá mais áreas de negócios que contempla cerca de 157 municípios do interior paulista.
O presidente da Coopercitrus José Vicente da Silva ressalta que com a New Holland, a Coopercitrus complementa novas regiões agregando valor tecnológico e levando mais um produto aos cooperados. “A parceria Coopercitrus/New Holland, com área de atendimento nestes municípios, abrangendo desde Ribeirão Preto a Andradina, passando pelas importantes regiões de Sertãozinho, Jaboticabal, Bebedouro, Olímpia, Catanduva, Rio Preto, Jales, dentre outras cidades, é um dos mais importantes acontecimentos do ano de 2015 para a Coopercitrus.
Com essa parceria, poderemos complementar nosso atendimento nesses centros, dando opção aos cooperados para a escolha de mais uma importante marca de trator, colheitadeira e toda sua linha de produtos. Vale salientar que a implementação dessas concessionárias está sendo feita com a maior seriedade, de modo a oferecer condições comerciais privilegiadas e um pós-venda com o padrão Coopercitrus”.  
Todas as lojas estão em pleno funcionamento e prontas para atender, de forma diferenciada, o público cooperado da Coopercitrus.

Agrolink com informações de assessoria

Boi/Cepea: consumo e exportação podem manter a pecuária no positivo






31/12/15 - 12:19 



Os impactos da forte estiagem no Centro-Sul do Brasil em 2013 e 2014 devem cessar em 2016, com os índices zootécnicos do setor pecuário voltando ao normal e favorecendo alguma recuperação da oferta de animais.
Ao mesmo tempo, as perspectivas macroeconômicas brasileiras não são das melhores.
Apesar disso, a pecuária bovina de corte pode considerar certa sustentação do consumo de carne por parte dos brasileiros em relação ao visto em 2015, respaldada no hábito consolidado e também no desempenho promissor no mercado externo.
Com a renda menor, a demanda por proteínas mais baratas que a bovina pode aumentar, mas situações passadas e estudos econômicos evidenciam a versatilidade da própria carne bovina para se manter presente nas refeições.
De forma agregada, mesmo com vários indicadores econômicos apontando dificuldades para o consumidor, o volume demandado no País pode se manter em relativo equilíbrio com o do ano que termina.
Já para as exportações, fundamentos indicam aumento de volume e de faturamento.
Por outro lado, dificuldades enfrentadas por compradores tradicionais, como Rússia e Venezuela, devido aos baixos preços do petróleo, podem restringir os volumes exportados pelo Brasil.