sexta-feira, 30 de junho de 2017

SOJA EM CHICAGO CONTINUA MOVIMENTO POSITIVO

SOJA EM CHICAGO CONTINUA MOVIMENTO POSITIVO

À espera dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalham em campo positivo na manhã desta sexta-feira (30). Por volta de 7h45 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 3,75 e 4,75 pontos, com o novembro/17 valendo US$ 9,28 por bushel.
Esta é a quinta sessão consecutiva de altas para a oleaginosa, com o traders – além de acompanharem as condições de clima no Corn Belt com muita atenção – se posicionando antes da chegada dos reportes de área e estoques trimestrais que o departamento norte-americano traz hoje.
Segundo expectativas do mercado, os EUA poderiam ter, apenas pela segunda vez na história, uma área de soja maior do que a de milho. Entre os estoques, analistas internacionais acreditam que os novos dados poderiam confirmar, mais uma vez, a força da demanda pela soja norte-americana e trazer algum suporte às cotações.
Em entrevista ao portal internacional AGWeb, o analista sênior da Kokomo Grainm Mike Silver, acredita que “uma palavra que pode definir esta temporada até agora é desafio”. O excesso de chuvas no início da temporada, as necessidades de replantio e algumas adversidades climáticas puderam ser registradas em diversos pontos do Meio-Oeste americano.
E agora, as lavouras entram em sua fase de desenvolvimento e seguem para os meses-chave – julho e agosto – e necessitam de um ambiente climático favorável.
Os próximos dias deverão ser de chuvas e tempo quente no Meio-Oeste americano e de tempo quente e seco na região das Grandes Planícies – condições que podem seguir prejudicando a produção norte-americana de trigo, segundo mostram as previsões para os próximos 6 a 10 dias do NOAA, o serviço oficial de clima do governo norte-americano.

PRODUTORES MATO-GROSSENSES PODERÃO SER COMPENSADOS SE PRESERVAREM RESERVA LEGAL

PRODUTORES MATO-GROSSENSES PODERÃO SER COMPENSADOS SE PRESERVAREM RESERVA LEGAL

Representantes das Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e de Desenvolvimento Econômico (Sedec), e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), se reuniram para debater o projeto de Compensação Financeira para Produtores com Excedente de Reserva Legal (Conserv). A iniciativa, que é inovadora no estado, foi tratada na última quarta-feira (28).
O projeto visa incentivar a floresta em pé, por meio de uma alternativa de desenvolvimento econômico sustentável de baixo custo, mas com benefícios inestimáveis para o meio ambiente.
Para o secretário executivo da Sema, André Baby, o Conserv vai ao encontro aos objetivos do órgão e deverá contribuir para o alcance das metas da estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), apresentada em 2015, durante a COP 21, em Paris. “Visamos incentivar que as áreas de reserva legal permaneçam intactas, proporcionando ao produtor uma oportunidade de negócio”.
Para isso, Baby destaca a necessidade de um trabalho em parceria com demais instituições e representantes do setor produtivo. “Vamos pensar na construção da governança adequada que gere bons resultados e apresentar à sociedade esse projeto como mais uma alternativa de desenvolvimento sustentável”.
O titular da Sedec, Ricardo Tomczyk, avalia positivamente o projeto e se diz esperançoso quanto aos resultados. “Isso mostra que estamos de fato conseguindo buscar a valorização de um trabalho voltado para a preservação. Tenho confiança de que vamos ter um programa sólido, sustentável e muito viável para o produtor”.
O pesquisador em políticas públicas e desenvolvimento territorial do Ipam, Marcelo Stabile, explica que, de início, o projeto terá três fases. Na primeira, será realizado o estudo do desenho do mecanismo a ser utilizado no projeto; a segunda será a implementação do projeto piloto e a busca por recursos para a execução da fase três; e, por último, a equipe irá estruturar o mecanismo de mercado.
Marcelo afirma que as informações sobre onde existe esse excesso de reserva legal já estão sendo levantadas e, em seguida, irá definir a estratégia de como preservar essas áreas e evitar o desmatamento. Dados preliminares mostram que há mais de sete milhões de hectares passíveis para abertura de novas áreas.
“Se o proprietário tem um pedaço de vegetação nativa em sua área, e que teoricamente parte dela poderia ser desmatada, mas não foi porque ele tem uma consciência ambiental ou por outro motivo, o ideal seria que ele recebesse algum estímulo que o faça manter a floresta em pé. Isso irá beneficiar financeiramente o próprio produtor e o Estado, que irá contribuir para a mitigação das emissões do CO² e, consequentemente, para melhoria do clima global”.
O diretor de política e desenvolvimento territorial do Ipam, Eugênio Pantogino, também esteve na reunião e agradeceu a receptividade do Estado para a discussão do tema. “É fundamental essa parceria para viabilizar uma política pública que atenda aos compromissos assumidos na conferência do clima, em Paris. Colocamo-nos à disposição do Governo para continuar nesse diálogo de construção positiva, a fim de encontrar formas efetivas de redução do desmatamento e, ao mesmo tempo, aumentar a produção no território”.

MINISTÉRIO REFORÇA VIGILÂNCIA APÓS FOCO DE AFTOSA NA COLÔMBIA

MINISTÉRIO REFORÇA VIGILÂNCIA APÓS FOCO DE AFTOSA NA COLÔMBIA

O Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) pôs em alerta o sistema nacional de vigilância para febre aftosa em Roraima e Amazonas, em razão da ocorrência da doença na Colômbia, comunicada oficialmente à Organização de Saúde Animal (OIE) no último dia 24. A medida foi adotada por intermédio do Departamento de Saúde Animal (DSA) da Secretaria de Defesa Agropecuária.
O DSA resolveu intensificar as ações de vigilância e controle de trânsito de animais e produtos na região, a fim de reduzir todos os possíveis riscos da entrada do vírus, no país. “A situação representa baixíssima probabilidade de ameaça ao status sanitário brasileiro, porque o foco está localizado a cerca de 600 quilômetros da nossa fronteira e existe uma extensa barreira natural que nos protege”, disse o diretor do DSA, Guilherme Marques.
As ações foram intensificadas principalmente nos municípios fronteiriços com a Colômbia e Venezuela. A Colômbia faz fronteira com o Brasil no noroeste do Amazonas e o foco localiza-se distante da fronteira brasileira, sendo que a região é composta por densas florestas e sem a produção pecuária.
Segundo notificação enviada à OIE pelo Instituto Colombiano Agropecuário (ICA), do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, houve detecção de um foco de febre aftosa do sorotipo “O” numa propriedade rural no município de Tame, no Departamento de Arauca, distante cerca de 70 quilômetros da fronteira com a Venezuela.

ESTATAL OFERECE MAIS DE R$ 10 BILHÕES EM CRÉDITO RURAL

ESTATAL OFERECE MAIS DE R$ 10 BILHÕES EM CRÉDITO RURAL

A Caixa Econômica Federal vai oferecer mais de R$ 10 bilhões em crédito rural para o ano safra 2017/2018, que começa em 1° de julho. Esses recursos poderão ser acessados nas linhas com recursos obrigatórios (subsidiados), livres e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A maior parte será para custeio da produção agrícola.
Os agricultores interessados podem apresentar propostas nas agências da Caixa a partir da próxima quarta-feira, quando o banco estará autorizado a contratar as operações com as condições do Plano Safra 2017/2018.
No início de junho, o governo federal anunciou R$ 190,25 bilhões em recursos para financiamento agropecuário. Para essa edição do plano safra, houve alteração no limite de contratação. A partir de agora, o produtor pode contratar até R$ 3 milhões em qualquer momento do ano.
Juros do crédito rural
As taxas de juros do custeio agrícola e pecuário foram reduzidas em um ponto percentual, para 8,5% ao ano. Para agricultores com faturamento bruto anual máximo de R$ 1,76 milhão, que se enquadram no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), os juros são de 7,5% ao ano.

TRECHO DA BR-163 ESTÁ COM 80% DAS OBRAS EXECUTADAS

TRECHO DA BR-163 ESTÁ COM 80% DAS OBRAS EXECUTADAS

As obras da BR-163 entre Cuiabá e Rondonópolis executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estão a pleno vapor. O trecho entre a Serra de São Vicente e Jaciara, numa extensão de 71,6 km, está com 80% das obras executadas. O término das obras está previsto para o primeiro semestre de 2018, incluindo os contornos duplicado da travessia urbana de Jaciara e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), campus de São Vicente.
De acordo com a assessoria do órgão, além da implantação de pista nova, a restauração do asfalto existente está sendo efetuada em concreto, “o que trará maior resistência e durabilidade, uma vez que trata-se da pista responsável pelo tráfego dos caminhões carregados que buscam os portos localizados nas regiões sul e sudeste do país”.
A rodovia é a principal via de escoamento da produção agrícola produzida em Mato Grosso. As obras de duplicação deste segmento têm a finalidade de adequar a rodovia ao tráfego de caminhões pesados aumentando a segurança e diminuindo significativamente o tempo de viagem neste corredor. O investimento total estimado é de R$ 920 milhões, dividido em três lotes de obras.
Segundo o Superintendente Regional do DNIT no Estado de Mato Grosso, Orlando Fanaia Machado, o Governo Federal tem priorizado este empreendimento frente à grande importância do agronegócio na contribuição do equilíbrio da balança comercial brasileira.
O diretor de Infraestrutura Rodoviária do DNIT, Luiz Antônio Garcia, destaca que a BR-163 integra o país desde o Paraná, passando por Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará. Em toda a extensão, a rodovia possui a vocação de corredor logístico para escoamento da produção agrícola brasileira, estando em obras em sua grande extensão, seja de ampliação de capacidade ou até de implantação de novos segmentos, proporcionando grande crescimento econômico e social por onde esta atravessa.

USDA CONFIRMA AUMENTO NA ÁREA DE SOJA NOS EUA

USDA CONFIRMA AUMENTO NA ÁREA DE SOJA NOS EUA

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) confirmou o que vinha sendo esperado pelo mercado em seu reporte sobre a área de plantio no país, estimada para ser 7% maior do que a da safra passada e totalizar 36,2 milhões de hectares (89,5 milhões de acres). Os traders esperavam algo entre 35,98 e 36,83 milhões de hectares (88,9 a 91 milhões de acres), com uma média esperada de 36,4 milhões.
Para o milho, a área reportada pelo USDA foi de 36,79 milhões de hectares (90,9 milhões de acres) contra expectativas de 36,02 e 36,67 milhões de hectares (de 89 a 90,6 milhões de acres), com uma média de 36,35 milhões. Em relação à safra anterior, o recuo é de 3%
O boletim indicou ainda a área total de trigo em 18,49 milhões de hectares (45,7 milhões de acres), 9% a menos do que na safra 2016/17. Já para o algodão, foi informado um aumento de 20%, para 4,9 milhões de hectares (12,1 milhões de acres).

DIESEL PODERÁ SER REAJUSTADO DIARIAMENTE, DIZ PETROBRÁS

DIESEL PODERÁ SER REAJUSTADO DIARIAMENTE, DIZ PETROBRÁS

A Petrobras anunciou hoje mudanças na sua política de reajuste dos preços da gasolina e do diesel comercializados em suas refinarias em todo o país. Os reajustes poderão, a partir da próxima segunda-feira (3), ocorrer em menor espaço de tempo, com a possibilidade de ser até diários, dependendo das oscilações do preço do produto no mercado externo.
De acordo com informações da Agência Brasil, a revisão da política de preços da estatal foi aprovada nesta quinta-feira, pela Diretoria Executiva e comunicada hoje à imprensa e ao mercado pelos diretores de Finanças e Relacionamento com os Investidores, Ivan Monteiro, e de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino.
“Com as alterações, a partir de segunda-feira (3), a área técnica de marketing e comercialização da companhia terá delegação para realizar ajustes nos preços, a qualquer momento, inclusive diariamente, desde que os reajustes acumulados por produto estejam, na média Brasil, dentro de uma faixa determinada (-7% a +7%), respeitando a margem estabelecida pelo Gemp (Grupo Executivo de Mercado e Preços)”, informou a diretoria.
Qualquer alteração fora dessa faixa terá que ser autorizada pelo grupo, composto pelo presidente da estatal Pedro Parente e pelos diretores executivos de Refino e Gás Natural e Financeiro e de Relacionamento com Investidores
Na avaliação do diretor Ivan Monteiro, a mudança “representa um novo marco na politica de preços da companhia ao dar maior liberdade e margem de ação à área comercial, que terá liberdade para praticar [para cima ou para baixo] reajustes até mesmo diariamente”.
A avaliação do diretor da Área de Refino e Gás natural, Jorge Celestino, “os ajustes que vinham sendo praticados, desde o anúncio da nova política em outubro do ano passado, não vinham sendo suficientes para acompanhar a volatilidade crescente da taxa de câmbio e das cotações de petróleo e derivados no mercado externo”.
No entendimento da diretoria da estatal, “com a revisão anunciada, a nova política de preços aprovada permitirá maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilitará à companhia competir de maneira mais ágil e eficiente, recuperando parte do mercado que vinha perdendo para os derivados importados”.
Os diretores fizeram questão de ressaltar que, com as alterações, “os princípios da política de preços, aprovada em outubro de 2016, permanecem inalterados, levando em consideração o preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, impostos (PIS, Cofins e ICMS) e o nível de participação no mercado”.
No último reajuste anunciado pela Petrobras, ainda na vigência da atual política, feito no dia 14, o diesel subiu 5,8% e a gasolina 2,3%.
Os diretores anunciaram, ainda, que os reajustes futuros no preço dos combustíveis passarão a ser divulgados pela internet, no site da companhia e nos canais internos de comunicação aos clientes.

MINISTÉRIO COMEÇA A LIBERAR R$ 190,25 BILHÕES PARA FINANCIAMENTO DA SAFRA

MINISTÉRIO COMEÇA A LIBERAR R$ 190,25 BILHÕES PARA FINANCIAMENTO DA SAFRA

O agricultor brasileiro poderá contar a partir de segunda-feira (3) com recursos para financiar a próxima safra agrícola. São R$ 190,25 bilhões destinados pelo governo federal a operações de custeio, comercialização e investimento, por meio do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018. A expectativa é que mais uma vez o setor do agronegócio contribua para impulsionar a economia do país, com uma colheita que poderá superar 240 milhões de toneladas de grãos.
“Mesmo num cenário de dificuldade, o governo reduziu os juros de algumas linhas de crédito para permitir que os agricultores tenham safras capazes de garantir a segurança alimentar do brasileiro e excedentes exportáveis para gerar divisas”, ressalta o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento, Neri Geller, acrescentando que o cenário é bastante otimista para a próxima temporada agrícola.
“Programas como PCA (Programa de Construção e Ampliação de Armazéns), que reduziu os juros a 6,5% ao ano, vão alavancar a retomada dos investimentos em armazenagem. Isso ajudará a amenizar ou resolver o problema de logística e dará condições ao nosso produtor para continuar avançando forte no aumento da produção agrícola no país”, enfatiza Geller.
O secretário acredita que o produtor vai, mais uma vez, mostrar firmeza e disposição para fortalecer a atividade agrícola. “E nós, do governo, estamos fazendo nossa parte para dar sustentação tanto do ponto de vista de crédito quanto da ampliação do recurso e da garantia de preço mínimo.” Segundo ele, o apoio ao setor é fundamental porque o agronegócio representa quase metade das exportações e por cerca de 21% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Do montante anunciado em 7 de junho último pelo presidente Michel Temer e pelo ministro Blairo Maggi, durante solenidade no Palácio do Planalto, R$ 550 milhões são do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e R$ 1,4 bilhão para apoio à comercialização.
Juros
O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 reduziu em um ponto percentual ao ano as taxas de juros das linhas de custeio e de investimento e, de dois pontos percentuais ao ano, às dos programas voltados à armazenagem e à inovação tecnológica na agricultura.
No crédito de custeio e de investimento, os juros caíram de 8,5% ao ano e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5%, à exceção do PCA e do Inovagro, nos quais a taxa foi fixada em 6,5% ao ano.
Crédito
O volume de crédito para custeio e comercialização é de R$ 150,25 bilhões, sendo R$ 116,25 bilhões com juros controlados e R$ 34 bilhões com juros livres. O montante para investimento saltou de R$ 34,05 bilhões para R$ 38,15 bilhões, com aumento de 12%.

UE AMPLIA COTAS DE IMPORTAÇÃO DE AÇÚCAR E FRANGO DO BRASIL

UE AMPLIA COTAS DE IMPORTAÇÃO DE AÇÚCAR E FRANGO DO BRASIL

Começam a vigorar amanhã (1°) mudanças no regime de importação de açúcar e frango no Brasil para a União Europeia (UE). A UE comprometeu-se a acrescentar mais 78 mil toneladas à cota de açúcar bruto destinada especificamente ao mercado brasileiro. No caso das carnes de aves, houve acréscimo de 4.766 toneladas à cota brasileira.
Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a cota extra de 78 mil toneladas de açúcar se somará à atual, de 310.124 toneladas. As importações feitas por meio do volume adicional terão tarifa de 11 euros por tonelada nos próximos seis anos. No sétimo ano, a tarifa passará a 54 euros por tonelada e, a partir do oitavo ano, será de 98 euros por tonelada, a mesma cobrada nas importações da cota original.
Historicamente, o Brasil tem sido o principal fornecedor de açúcar bruto de cana para a UE. De acordo com o ministério, em 2016 o país exportou 542 mil toneladas do produto para o bloco, o equivalente a 188 milhões de euros (cerca de R$ 710 milhões).
Em 1º de julho de 2013, com a entrada da República da Croácia na União Europeia, o bloco europeu passou a contar com 28 membros. O regime de importação de açúcar da Croácia era mais favorável à importação de açúcar brasileiro que o regime da União Europeia. A fim de cumprir as regras da Organização Mundial do Comércio, UE e Brasil iniciaram negociações de compensação, que foram concluídas no ano passado.
As negociações com o bloco europeu também resultaram no acréscimo de 36 mil toneladas para a cota geral (destinada a todos os países), a qual o Brasil também tem acesso. Essa cota atualmente é 336.876 toneladas.
Frango
O acréscimo de 4.766 toneladas à cota específica do Brasil de certos cortes de frango terá tarifa 0%. A cota extra adiciona-se às 2.332 toneladas atualmente liberadas para aquele mercado. Também houve acréscimo de 610 toneladas à cota do Brasil de certos cortes de peru, que hoje é 4,3 mil toneladas, também com tarifa 0%.

BALANÇO SEMANAL CNC - 26 a 30/06/2017



CNC alerta produtores para não se prenderem a especulações de mercado e focarem sua atenção na gestão financeira da propriedade



MOMENTO DE ESPECULAÇÕES — Com a colheita de café ganhando corpo no Brasil, volta à tona a temporada de especulações a respeito do tamanho de nossas safras, com o intuito único de tentar pressionar as cotações no mercado.

O CNC acredita que o País colherá, em 2017, um volume próximo aos números oficiais projetados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 45,5 milhões de sacas de 60 kg, mas a certeza virá somente por volta de setembro, quando os trabalhos de cata se aproximarão do encerramento e será possível observar a realidade da produção.

Mesmo em meio à precocidade para se confirmar os volumes a serem colhidos este ano, já surgem no mercado previsões para uma supersafra brasileira em 2018, o que é completamente inaceitável e incabível no mundo real. Entretanto, no universo especulativo, os prognósticos dos “profetas do apocalipse” têm certo peso e, nesse sentido, o CNC volta a orientar os produtores para que evitem participar desse exercício de futurologia, pois são os cafeicultores os mais desguardados e os que mais tendem a perder.

O que recomendamos é que o produtor faça a boa gestão e trabalhe ciente da realidade de seus custos de produção, planejando e realizando seus negócios sempre que o mercado apresentar momentos de rentabilidade, de preços superiores a seus gastos.

Na esfera institucional, temos mantido contatos junto à Conab para que seja divulgado o volume de nossos estoques de passagem, o que traria mais clareza ao mercado e combateria o movimento especulativo, contribuindo para evidenciar nosso potencial de oferta. Contudo, não há data definida para que se faça o anúncio, já que a estatal necessita do retorno das informações de todos os segmentos da cadeia produtiva para que os números não fiquem sujeitos a questionamentos.

O CNC também tem mantido gestões junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que, pensando em uma safra maior devido ao ciclo bienal, em 2018, sejam garantidos recursos das Operações Oficiais de Crédito – 2OC caso venha a ser necessário o lançamento de programas de apoio à comercialização de café.

Por outro lado, lembramos que os agentes de mercado, cada vez mais demandantes de sustentabilidades social e ambiental na cafeicultura – com as quais concordamos e realizamos –, não podem se esquecer da contrapartida econômica aos produtores, pois a perda de competitividade gera redução dos tratos culturais e, automaticamente, da produtividade nos países exportadores.

130 ANOS DE IAC — Nesta semana, foi realizado um ciclo de eventos em celebração aos 130 anos do Instituto Agronômico (IAC) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Ao tempo em que o CNC aproveita para dedicar suas congratulações à entidade e a todos os seus profissionais, também externamos nosso agradecimento por todos os préstimos à cafeicultura brasileira.

Atualmente, cerca de 90% da atividade é oriunda dos trabalhos de pesquisa do IAC ou são evoluções das espécies descobertas pelo Instituto. Não à toa, desde 2014 o CNC atuou junto às esferas dos governos de São Paulo e Federal e obteve êxito para que fossem gerados recursos para a manutenção do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) da entidade, que vivenciava dificuldades financeiras para sua preservação.

Entre os benefícios obtidos através das pesquisas do IAC para a cafeicultura brasileira constam a implantação, no campo, de variedades cafeeiras com ampla produtividade, melhor adaptação à diversidade geográfica do parque cafeeiro nacional, mais resistência a pragas e doenças e excelente qualidade de bebida. Por todos os benefícios gerados ao setor, o CNC reitera seu agradecimento à instituição.

45 ANOS DE IAPAR — O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) também comemora, nesta semana, seus 45 anos de fundação. Criado da percepção de que eram necessárias a modernização e a diversificação da agropecuária paranaense, o projeto de instalação foi viabilizado com recursos do Estado, da Organização Internacional do Café (OIC) e do extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC).

Os frutos desses investimentos já apareceram com os esforços para a recuperação da produção cafeeira do Paraná após a histórica geada de 1975, com o desenvolvimento do modelo de plantio adensado e foco na qualidade da bebida. O Iapar também foi, junto a entidades nacionais, como o IAC, e outras internacionais, responsável pelo desenvolvimento do sequenciamento do genoma do cafeeiro, a principal herança para o setor.

Atualmente, o Instituto mantem seus trabalhos no desenvolvimento ou no aprimoramento genético de variedades cafeeiras mais produtivas e resistentes a pragas e doenças e trabalha na investigação do mecanismo de formação dos frutos para alcançar frutos que proporcionem bebida de excelência, com características diferenciadas de aroma, corpo, sabor e acidez. Assim, reconhecendo a sua importância para o avanço da atividade cafeeira, o CNC externa parabéns e votos de gratidão por todo o profissionalismo apresentado pelo Iapar e seu corpo de funcionários.

MERCADO — Sem alterações nos fundamentos, os futuros do café continuam influenciados por indicadores gráficos, que visam ao lucro de curto prazo, e pelo movimento do dólar.

Acompanhando a tendência internacional, o dólar comercial perdeu força no Brasil até o fechamento de ontem, que se deu a R$ 3,2849, com queda de 1,6% em relação à última sexta-feira.

Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na quarta-feira, a US$ 1,2440 por libra-peso, registrando valorização de 140 pontos em relação ao final da semana passada. O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 2.092 por tonelada, acumulando alta de US$ 14 na comparação com a última sexta-feira.

Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon acompanharam o movimento internacional e foram cotados, ontem, a R$ 440,51/saca e a R$ 402,92/saca, com ganhos, respectivamente, de 1,1% e 0,4%, frente ao fechamento da semana anterior.

Data de Publicação: 30/06/2017 às 19:40hs
Fonte: Assessoria de Comunicação CNC