quinta-feira, 29 de junho de 2017

SOJA SOBE EM CHICAGO NESTA 5ª FEIRA

SOJA SOBE EM CHICAGO NESTA 5ª FEIRA

O mercado da soja na Bolsa de Chicago fechou, nesta quinta-feira, mais uma vez em alta. Embora com ganhos tímidos, os preços conseguem acumular quatro sessões positivas nesta semana, em que os traders se preparam para a chegada de importantes relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Com isso, o julho/17 fechou com US$ 9,17 e o novembro/17, referência para a safra americana e o contrato mais negociado nesse momento, com US$ 9,24 por bushel.
Para Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, de Chicago, essa semana em que as cotações estão se ajustando serviu ainda para trazer as cotações de volta a patamares que condizam mais com a realidade do mercado neste momento, ao contrário dos mais próximos dos US$ 9 observados na última semana.
Paralelamente, Scoville afirma ainda que as preocupações com o clima parecem ganhar um novo espaço entre os traders, com as previsões indicando um tempo mais quente no Corn Belt, sobretudo na região Oeste, além da falta de chuvas em algumas áreas.
Relatórios do USDA
Para a maior parte dos analistas e consultores internacionais, o mais importante dos reportes é o de área de plantio da safra 2017/18, com números atualizados em relação aos dados trazidos pelo departamento em março. Além desse, chega ainda o reporte com os estoques trimestrais norte-americanos na posição de 1º de junho.
Sobre a área de soja, as projeções variam entre 35,98 e 36,83 milhões de hectares (88,9 a 91 milhões de acres), com uma média esperada de 36,4 milhões. Há três meses, o departamento americano estimou a área de soja em 36,21 milhões de hectares e, na temporada 2015/16 foram semeados 33,76 milhões de hectares com a oleaginosa.
Em relação aos estoques trimestrais, os números poderiam vir dentro do intervalo de 23,73 e 30,45 milhões de toneladas, com uma média de 26,7 milhões. Em março, os estoques da oleaginosa eram de 47,22 milhões de toneldas e, em junho de 2016, de 23,73 milhões de toneladas.
Para Darin Newsom, analista sênior são, nesta sexta, os números dos estoques trimestrais os mais importantes do dia. “Para mim, estes números são a chave para a direção do mercado, agindo como ‘sinais passado’, contando sobre a força da demanda. Estes números não são as suposições mensais das estimativas mensais de oferta e demanda, mas sim números do quanto de grão está sendo realmente armazenado”, acredita.
Mercado Brasileiro
Mais uma vez, a formação dos preços da soja no Brasil foi beneficiada pela “dobradinha” de alta na Bolsa de Chicago e do dólar frente ao real. A moeda americana, nesta quinta-feira, fechou o dia subindo 0,7% para R$ 3,3080, e não trabalhou em alta só frente à moeda brasileira, mas em relação as de outras economias emergentes também.
A movimentação no mercado de câmbio, nesta quinta, refletiu uma combinação dos fatores externos – com dados novos dos EUA e algumas apreensões na Europa – além da tensão política que ainda ronda o governo brasileiro.
Nesse quadro, a soja subiu também. Nas praças de comercialização onde as referências não apresentaram ganhos, as cotações ficaram estáveis. Ainda assim, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, “o mercado esteve em dia de negócios pontuais”.
Em Paranaguá, a soja disponível ficou com R$ 69,50 por saca, enquanto subiu 0,74% em Rio Grande, encerrando o dia com R$ 68,50. Para a safra nova, R$ 72,50 e R$ 74, respectivamente.

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