sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Efeito da alta do preço da carne vermelha no valor do frango preocupa governo



Publicado em 29/11/2019 13:55


Por André Borges - Estadão Conteúdo
O efeito do preço da carne vermelha, que subiu mais de 35% em um mês em São Paulo, no valor do frango e do peixe está sendo analisado de perto pelo governo. A avaliação é de que a inflação de outras carnes seria um movimento natural de livre mercado, ou seja, com o aumento da procura por frango e também por peixe, é de se esperar que haja reajuste nos preços desses itens, principalmente nesta época de fim de ano.

No Ministério da Agricultura, a análise é de que o preço da carne vermelha deverá se estabilizar em um patamar de preços influenciado diretamente pelo custo internacional da proteína. Hoje, o preço da arroba do boi gordo - o equivalente a 15 quilos de carne - oscila entre US$ 40 e US$ 50. Se considerada a cotação desta sexta-feira, 29, com o dólar a R$ 4,23, chega a um preço de até R$ 201 pela arroba do boi. Ou seja, para o ministério, o preço da carne deve se estabilizar nesse patamar.

Nesta semana, em São Paulo, a arroba, que era vendida até o mês passado por R$ 140, em média, chegou a ser negociada por R$ 231 (algo em torno de US$ 54). Isso leva o governo a crer que haverá, depois da "euforia" com as importações chinesas, uma "acomodação" do preço no mercado nacional, mas sem retornar ao patamar anterior.

Na quinta-feira, 28, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que, além do efeito das exportações, é preciso considerar fatores internos, como o preço nacional cobrado pelo pecuarista, que estava sem reajuste há três anos, além da seca prolongada, que mexeu com a produção do boi gordo. "Sabemos que essa situação decorre de uma conjuntura de fatores. Agora, a arroba não vai baixar mais ao patamar que estava", disse.

O mercado chinês tem apresentado uma variação brusca de preços. A tonelada da carne, que estava sendo exportada ao país asiático pelo preço médio de R$ 7 mil, já é negociada em R$ 6 mil.

O governo refuta qualquer risco de desabastecimento de carne no mercado nacional. O País tem hoje um rebanho de 215 milhões de cabeças de gado, ou seja, há mais bois no pasto que cidadãos no Brasil.
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Fonte: Estadão Conteúdo

Produtos de descarte zero de leite são essenciais para atender à crescente demanda de lácteos, inclusive para a China



Publicado em 29/11/2019 14:00

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirma que a China está abrindo o seu mercado para os produtos lácteos brasileiros, incluindo leite em pó e queijos. “A notícia é excepcional para o agronegócio nacional. E não poderia ser diferente. Afinal, estamos falando de um país gigante em tamanho e na economia, que hoje é o maior importador mundial de lácteos”, explica Lucas Tonelli, gerente de produtos para bovinos da Vetoquinol Saúde Animal.
O professor e pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada  (CEPEA-Esalq/USP), Thiago Bernardino de Carvalho, informa que o Brasil não registra saldo positivo na balança comercial de lácteos desde 2014. “Naquele ano, as exportações totalizaram 10,1 mil toneladas, enquanto as importações atingiram 6,64 mil. Desde então, o país compra mais do que vende. Isso faz com que haja maior competição entre os produtos nacionais e estrangeiros, beneficiando consumidores locais, mas prejudica a produção em regiões menos eficientes, o que desestimula produtores”, explica o especialista.
Para atender à China e a outros potenciais importadores de produtos lácteos nacionais, toda a cadeia produtiva brasileira precisa estar preparada. “Isso começa nas propriedades, principalmente evitando desperdício de leite e cuidado da qualidade e segurança dos alimentos”, ressalta Lucas Tonelli. “A pecuária leiteira tem à sua disposição um arsenal de produtos para saúde animal, de altíssima qualidade, segurança e com descarte zero. Isso é indispensável principalmente para o tratamento e controle de doenças que causam prejuízos econômicos significativos, afetam o bem-estar e a produtividade dos animais e, consequentemente, impactam o mercado como um todo”, complementa Tonelli.
Descarte Zero é o programa da Vetoquinol Saúde Animal que ajuda os produtores a evitarem perdas devido à ocorrência de resíduos de medicamentos na hora de enviar o leite para os laticínios. “Esta alternativa está ao alcance do produtor”, ressalta o especialista da Vetoquinol. O programa Descarte Zero envolve orientações práticas e uma linha completa de produtos para saúde animal para os bovinos de leite, que não comprometem a composição do leite e podem ser utilizados até o dia anterior à ordenha e consequente envio à indústria. Destaque para Tolfedine CS, AcurA, Eprino Pour-On, Tanitop IGR, Polijet HD, Novatack Pour-On, Toxolin e Novatack Gold.
O Programa Destaque Zero inclui recomendações úteis para os produtores evitarem perdas na hora de entregar o leite aos laticínios, incluindo treinamentos, palestras, dias de campo e auxílio no diagnóstico de doenças para definição de protocolos de tratamento. “Quanto maior a produtividade e menor o desperdício mais apto o Brasil estará para atender às demandas do mercado externo, inclusive de um gigante como a China”, finaliza Lucas Tonelli.
Fonte: Assessoria de Comunicação

Bolsas da Europa fecham em queda com diálogo EUA-China e outras notícias



Publicado em 29/11/2019 14:20

Por Gabriel Bueno da Costa* - Estadão Conteúdo
As bolsas da Europa fecharam em território negativo nesta sexta-feira, 29. As dificuldades no diálogo comercial entre Estados Unidos e China seguiram no radar, mas também foram monitorados indicadores da região e um incidente violento em Londres.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de %, em pontos.

Investidores ainda avaliavam o fato de o presidente americano, Donald Trump, ter sancionado lei em apoio a manifestantes em Hong Kong. A notícia poderia ser um entrave nas difíceis negociações comerciais com a China, já que Pequim vê Hong Kong como uma questão de política interna chinesa.

O Danske Bank, contudo, avalia que isso não parece afetar a perspectiva da conclusão da chamada "fase 1" do pacto bilateral. "A China até agora tem mantido outros casos de confrontação com os EUA em separado das conversas comerciais e deve fazer o mesmo com a lei de Hong Kong", acredita o banco. A incerteza sobre o assunto, porém, tem afetado o apetite por risco nas bolsas, em alguns dos pregões recentes.

O dia ainda foi atípico, com pregão abreviado e volumes menores nos EUA, por causa do Dia de Ação de Graças, comemorado na quinta-feira no país.

Na agenda da Europa, a confiança do consumidor do Reino Unido manteve-se em -14 em novembro, na mínima desde 2013, diante de incertezas como o processo de saída do país da União Europeia, o Brexit.

Na zona do euro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 1,0% em novembro, na comparação anual, acima da previsão de alta de 0,9% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. O resultado segue ainda bem distante da meta de quase 2% do Banco Central Europeu (BCE), de qualquer modo.

Mais para o fim do pregão local, um episódio de violência em Londres foi monitorado. Um suspeito atacou várias pessoas a facadas e acabou morto pela polícia, segundo as autoridades locais. O homem levaria um colete com explosivos falsos, de acordo com a polícia britânica.

Em Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,94%, em 7 346,53 pontos, na mínima do dia. Na comparação semanal, ele avançou 0,27%. Nesta sexta, ações dos setores financeiro, de mineração e energia estiveram entre as quedas.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX caiu 0,07%, a 13.236,38 pontos, com alta semanal de 0,55%. Entre os bancos alemães, Deutsche Bank cedeu 1,13% e Commerzbank, 0,21%.

Em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,13%, a 5.905,17 pontos, mas teve ganho de 0,20% na semana.

Na Bolsa de Milão, o índice FTSE-MIB teve queda de 0,36%, a 23 259,33 pontos, mas ficou estável na semana.

Em Madri, o índice IBEX-35 fechou em queda de 0,07%, a 9.352,00 pontos, passando ao território negativo apenas no ajuste final. Na comparação semanal, o índice subiu 1,05%.

Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 registrou baixa de 0,46%, a 5.127,43 pontos, com baixa de 1,03% na semana.

* Com informações da Dow Jones Newswires
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Fonte: Estadão Conteúdo

Experts da Bayer querem ajustar aplicação do Dicamba á realidade das lavouras de soja plantadas em àreas de reforma de cana



Publicado em 29/11/2019 14:20


Desafio é entender o controle do herbicida sobre daninhas específicas de áreas de reforma, com destaque para a corda-de-viola

Roberto Minoru Ishimura - Eng. Agônomo e Diretor Administrativo da Detec

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Experts da Bayer querem ajustar aplicação do Dicamba á realidade das lavouras de soja plantadas em àreas de reforma de cana
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Rússia remove restrições a unidades da JBS e Minerva, diz regulador

Publicado em 29/11/2019 14:23



MOSCOU (Reuters) - O órgão de controle de segurança agrícola da Rússia disse que removeu restrições temporárias ao fornecimento de carne bovina por duas fábricas do Brasil, a partir desta sexta-feira.
Uma das fábricas autorizadas a retomar as vendas para a Rússia é operada pela Minerva e a outra pela JBS, afirmou o órgão regulador russo Rosselkhoznadzor em comunicado.
O órgão impôs restrições temporárias às importações de carne suína e bovina do Brasil em dezembro de 2017, depois que afirmou ter encontrado em algumas cargas o aditivo alimentar ractopamina.
Desde então, o governo russo permitiu que alguns fornecedores do Brasil retomassem as vendas, embora algumas fábricas, incluindo algumas administradas pela Minerva e JBS, permaneçam restritas.
A ractopamina permite que o gado cresça a uma taxa mais rápida enquanto consome menos ração. É proibido em países como a Rússia e a União Europeia.
(Por Polina Devitt)
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Fonte: Reuters

Maçã: Gala está 10 reais mais cara que a fuji



Publicado em 29/11/2019 14:29

Mesmo com reajustes, a maçã gala graúda Cat 1 segue com preços bem acima dos registrados para a fuji de mesmo padrão. Nesta semana (25 a 29/11), na média das regiões classificadoras, a diferença entre as variedades chegou a cerca de R$ 10,00/cx de 18 kg.
Em parte, isso é devido à menor oferta da gala em relação à fuji nesta temporada. Além disso, agentes relataram que alguns lotes de fuji estão apresentando problemas de qualidade, como podridão carpelar, o que limita o tempo de prateleira da fruta e torna necessário que a sua venda seja realizada de forma mais rápida.
Assim, na média das regiões classificadoras, a gala graúda Cat 1 foi comercializada a R$ 74,55/ cx de 18 kg e, a fuji graúda Cat 1, a R$ 64,45 /cx de 18 kg – alta de 1% e manutenção, respectivamente, frente à semana passada.
Agentes também relataram que, apesar das dificuldades pontuais de qualidade, ambas as variedades estão com bom escoamento: a gala em função da baixa oferta e a fuji por conta dos preços mais baixos.
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Fonte: Cepea/Hortifruti

Na alta do dólar, fertilizantes com preços de "black friday" são exceção nos custos de produção



Publicado em 29/11/2019 14:50 e atualizado em 29/11/2019 17:38

Oferta maior de fertilizantes após consumo menor nos EUA em função dos problemas enfrentados na safra 2019/20 faz preços apresentarem baixas de 10% a 14% em relação ao mesmo período de 2018. Demais itens já sinalizam aumento como os combustíveis, químicos e fretes.
Antônio da Luz - Economista - FARSUL

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Custos de produção - Entrevista com Antônio da Luz - Economista - FARSUL
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A alta do dólar deve se manter durante, pelo menos, os primeiros meses de 2020, o que deve elevar os custos de produção, mas um ponto fora da curva fez os preços dos fertilizantes caírem, o que pode ser uma boa oportunidade para o produtor. De acordo com o economista chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, apesar do câmbio alto, fertilizantes químicos despencaram de 10% a 14% em outubro deste ano, em comparação ao período do ano passado. 
A razão, segundo o especialisata, é que a enchente que prejudicou as lavouras de soja e milho dos Estados Unidos, fez com que a demanda por fertilizantes neste país caísse. Sendo assim, as empresas que vendem o produto para o mundo e aquelas que extraem, estão tendo que baixar os preços, em dólar, para esvaziar o estoque.
-- "Estamos vendo que essa queda dos custos de produção que vem sendo observada aqui não está vinculada às taxas de câmbio, mas sim a essa questão da oferta do excedente. Se nós temos perspectiva de taxa de câmbio se mantendo alta, o que vai impactar lá na frente os custos de produção, essa questão pontual dos fertilizantes é uma oportunidade a ser aproveitada", explica.
A dica do economista é que aquele produtor rural que tem caixa e condições para armazenar os fertilizantes químicos de forma correta, devem aproveitar para comprar neste momento, tanto para usar agora quanto como preparação para a safra 20/21.
O bom momento nos preços destes produtos deve passar em fevereiro do ano que vem, quando os produtores americanos devem começar a comprar os insumos para suas lavouras. A expectativa é que os preços voltem a subir, já que a perspectiva é de uma safra normal, ou seja, com a demanda por fertilizantes voltando a aumentar e as empresas reduzindo o ritmo de produção do insumo, a oferta ficará menor.
DÓLAR DEVE PERMANECER ALTO
Segundo explica o economista, o que está havendo é uma valorização do dólar, e não uma depreciação do real. A moeda americana está subindo frente às principais moedas de outros países, representando um movimento global.
Outra questão mundial apontada por ele é a queda de juros, o que faz com que os rendimentos caiam e os investidores passem a olhar para o risco. sendo assim, a movimentação é direcionada para a compra de dólar para, em seguida, aquisição de títulos. A tendência é que as taxas de juros continuem caindo ou se mantenham, sendo esperado que o dólar se mantenha alto por um bom tempo.
-- "Agora a gente tem que ver o quanto essa queda nos custos de produção deve ser aproveitada, porque nós sabemos que a taxa de câmbio para um país agro prejudica mais do que ajuda". 
Por: Carla Mendes e Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

Mapa lança programa que integra ações de gestão de risco climático



Publicado em 29/11/2019 15:18

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou nesta quinta-feira (28) o Programa Agro Gestão Integrada de Riscos, o Proagir.  O objetivo é integrar todas as ações relacionadas à gestão de risco climático e também difundir a importância da contratação de um seguro rural. Em 2020, o Governo Federal destinará R$ 1 bilhão para subvencionar a contratação de apólices, o maior montante desde a criação do seguro rural, em 2004.
"Queremos dar uma visão integrada para a gestão do seguro rural no Brasil", afirmou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Eduardo Sampaio, que fez o lançamento do programa. 
O Proagir prevê reestruturação e aperfeiçoamento das seguintes ações: Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), Garantia-Safra e Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).
Participaram do lançamento o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa e gestor do Proagir, Pedro Loyola; o presidente da Embrapa, Celso Moretti; e o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile. 
O programa tem vigência até 2022 com entregas graduais.
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Fonte: Mapa

Aumento do preço da carne bovina é fator de pressão no IPP do IBGE



Publicado em 29/11/2019 15:23


Por Mariana Durão - Estadão Conteúdo
Rio, 29 (AE) - O aumento do preço da carne bovina puxado pelo crescimento das exportações do produto para o mercado chinês e alta do preço do boi gordo foi um dos principais fatores de pressão sobre a inflação dos produtos industriais na porta de fábrica nos últimos três meses, segundo Alexandre Brandão, gerente de análise e metodologia da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Esse movimento de alta do preço das carnes bovinas vem acontecendo desde agosto. A carne tem um aumento de custo, que é a compra do boi gordo pelos frigoríficos. Temos ainda uma demanda adicional da China, após os problemas que o país teve com a peste suína. Com isso você tem uma oferta menor no mercado interno e o preço sobe aqui também", explica Brandão.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 0,64% em outubro, a terceira consecutiva, divulgou o instituto nesta sexta-feira, 29.

Com alta de 2,12% - a maior desde junho de 2018 - os preços dos alimentos exerceram a principal influência sobre o resultado geral da indústria (0,47 ponto porcentual). Em seguida veio a atividade de refino de petróleo e produtos de álcool, com alta de 4,04% e influência de 0,41 ponto porcentual.

O preço da arroba (15 kg) do boi gordo está hoje na casa dos R$ 200. Em São Paulo, a arroba teve aumento real de 35% em um mês. Vendida até o mês passado por R$ 140, em média, chegou nesta semana a ser negociada por R$ 231.

Com o resultado de outubro, o setor de alimentos já acumula alta de 4,17% no IPP em 2019. Os destaques são justamente "carnes de bovinos frescas ou refrigeradas" e "produtos embutidos ou de salamaria de suíno, exceto pratos prontos".Se somados "rações e suplementos para animais" e "carnes de bovinos congeladas", os quatro produtos tiveram influência conjunta de 1,78 ponto porcentual na alta dos alimentos no mês de outubro.

Em relação à atividade de refino de petróleo, a alta de outubro foi a maior variação desde março (6,77%). O acumulado subiu de 11,83% em setembro para 16,35%.

"Os preços dos derivados de petróleo vêm sendo aumentados há algum tempo por uma política do setor. Mesmo com uma redução nos últimos dois meses nos (preços dos) óleos brutos de petróleo, o efeito nos preços da gasolina, por exemplo, não são imediatos", disse Brandão ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Na quarta-feira a Petrobras anunciou um reajuste de 4% da gasolina na refinaria. Em 2019 a gasolina já teve alta de 28% e o diesel de 19%, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Brandão destacou ainda a indústria extrativa como principal "âncora" dos preços da indústria, segurando uma alta maior após registrar queda de 4,76%, depois de uma outra queda ainda mais acentuada em setembro (-10,49%). A explicação foi o tombo da cotação internacional do minério de ferro e de óleos brutos de petróleo.
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Fonte: Estadão Conteúdo

Câmara do Leite aponta desafios e oportunidades para o setor em 2020



Publicado em 29/11/2019 15:26


Reunindo representante de entidades e indústrias do setor lácteo brasileiro, a Câmara do Leite apresentou dados do cenário nacional e mundial e as perspectivas para o setor em 2020. O encontro, realizado na tarde desta quinta-feira (28/11) em Porto Alegre (RS), é uma iniciativa do Sistema OCB, em parceria com a Fecoagro e Sindilat RS, que tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento da atividade leiteira, através de discussões acerca do custo, preço pago ao produtor, produção, consumo, oferta e demanda.
Trazer para o Rio Grande do Sul um evento que, normalmente, ocorre no Centro-Sul mostra a importância que o Estado tem para a produção leiteira no país. De acordo com o coordenador da Câmara do Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira Netto, a entidade entende que, pelo dinamismo da atividade leiteira no Sul do Brasil, com força no RS, é necessário levar o debate para os locais onde a atividade econômica ocorre. “A Câmara do Leite da OCB é o fórum que reúne as cooperativas do país inteiro”, disse, ressaltando que o foco do encontro é proporcionar um diálogo franco entre as indústrias a partir de dados de especialistas.
Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho destacou que a dificuldade do setor é que os preços ao consumidor não estão aumentando, ou seja, os preços de derivados, que a indústria poderia repassar ao consumidor, não estão sendo repassados. “No geral, para os produtores, 2019 foi um ano bom, mas, para a indústria, foi um ano bastante complicado, principalmente para aquelas que têm produtos mais comoditizados”, afirmou, referindo-se ao UHT padrão, que possui menor valor agregado e margens menores.
Durante o encontro, Carvalho também salientou que a produção mundial de leite está muito fraca em termos de expansão, mas que a demanda chinesa segue firme e tem puxado o mercado internacional. “Os preços de leite estão mais altos lá fora e com uma taxa de câmbio mais valorizada no Brasil, isso segura a importação e acaba sustentando um pouco mais as cotações aqui dentro”. Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o setor precisa unir esforços a fim de conquistar novos mercados dentro do país e fora. “A expectativa é que, para o próximo ano, possamos ter recuperação de preços devido à melhora da economia, associada ao câmbio elevado, que segura a importação, nos favorecendo para pensarmos no mercado externo”.
Fonte: SINDILAT