quinta-feira, 30 de abril de 2020

Covid-19: Bolsonaro diz que governadores não "achataram curva" e questiona óbitos

Publicado em 30/04/2020 10:43

O presidente Jair Bolsonaro acusou nesta quinta-feira (30) governadores e prefeitos de não "achatarem a curva" de contágio do novo coronavírus. O presidente também questionou a veracidade dos números sobre as mortes doença.
"O Supremo Tribunal Federal STF decidiu que as medidas para evitar, ou melhor, para fazer com que a curva fosse achatada, caberia aos governadores e prefeitos. Não achataram a curva", disse.
"Governadores e prefeitos que tomaram medidas bastante rígidas não achataram a curva, a curva tá aí. Partindo do princípio que o número de óbitos é verdadeiro", afirmou. Bolsonaro citou a imprensa quer "colocar no seu colo a responsabilidade por mortes" pela covid-19.
Ele questionou, em especial, os óbitos em São Paulo, Estado mais afetado pela doença. "Cada vez mais chegam informações, que o próprio Diário Oficial lá do Estado de São Paulo que na dúvida sobre a causa da morte bota coronavírus para inflar o número para fazer uso político disso", declarou.
Em mais uma crítica pública, Bolsonaro acusou o governador João Doria (PSDB) de usar a pandemia de forma política. "É o governador gravatinha de São Paulo fazendo "politicalha" em cima de mortos, zombando de familiares que tiveram seus entes queridos que morreram por vírus ou outra causa", afirmou.
Segundo o presidente, "o governo federal fez tudo" que era possível para o combater o novo coronavírus e mencionou a liberação de liberação de verba para os Estados.
"Nós fizemos tudo que foi possível e mais alguma coisa. Agora cabe aos governadores gerir esse recurso. O que mais nós temos, por parte de alguns Estados, é desvio de recursos. É isso que está acontecendo. Por isso, precisamos da Polícia Federal isenta, sem interferência para poder tratar desse assunto, para poder coibir possíveis abusos"
Bolsonaro negou, contudo, que esteja em um "embate" com os governadores, a quem vem criticando a atuação desde o início da pandemia. "Esse problema (da pandemia) é para todo mundo resolver, não é para ser politizado".
Sobre o desemprego causado pela pandemia, o chefe do Executivo citou que "milhões" de brasileiros já perderam seus trabalhos e que a volta da economia não será "rápida". "Só não está uma desgraça maior porque fizemos esse plano emergencial para pagar os R$ 600 para as pessoas". Ele destacou ainda que cerca de 30 milhões de cidadãos já receberam o benefício, mas pontuou que "muita gente se inscreveu de má-fé".

À rádio Guíba (RS), Bolsonaro reitera críticas a Moraes e diz que pode ter pegado covid-19

O presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista na manhã desta quinta-feira à Rádio Guaíba, antes de embarcar para o Rio Grande do Sul, em agenda oficial. Na entrevista, Bolsonaro reiterou a cobrança que fez na saída do Palácio da Alvorada ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem à diretoria-geral da Polícia Federal (PF). Moraes concedeu liminar ao PDT, que apontou para possibilidade de interferência de Bolsonaro no órgão, uma vez que Ramagem é próximo da família do presidente.

"Cobrei que o ministro Alexandre de Moraes tome uma posição no tocante ao Ramagem porque ele continua à frente da Abin (Associação Brasileira de Inteligência), que é tão importante quanto a PF", disse Bolsonaro. Para o presidente, impedir que Ramagem assuma o controle da PF enquanto comanda a Abin é o mesmo que impedir, "por questões pessoais", que um sargento do Exército ocupe o mesmo posto na Aeronáutica. "Decisão que não engoli, é uma afronta. Não aceito ser refém de decisões monocráticas de quem quer que seja", completou Bolsonaro.

Exames

Quanto à decisão da Justiça Federal que o obriga a apresentar os exames que fez para diagnóstico do novo coronavírus sob prazo que se encerra hoje, o presidente voltou a afirmar que, caso perca recurso movido pela Advocacia-Geral da União (AGU), irá divulgar os documentos.

Na segunda-feira (27), por decisão da juíza Ana Lúcia Petri Betto, o jornal O Estado de S. Paulo conseguiu na Justiça o direito de obter os testes de covid-19 feitos por Bolsonaro. Ao minimizar, por mais uma vez, os efeitos da covid-19 à saúde, o presidente disse: "Eu talvez já tenha pegado esse vírus no passado e nem senti".

O chefe do Executivo ainda repetiu que usa "nomes fantasia" em pedidos de exames e receitas de medicamentos para se proteger. "Sou uma pessoa conhecida para o bem ou para o mal. Quando fui medicado, coloquei nome fantasia porque na ponta da linha está um ser humano, não se sabe o que pode ser feito se alguém souber que é Jair Bolsonaro", justificou o presidente.
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 Estadão Conteúdo

Trump: Brasil passa por um momento muito difícil

Publicado em 30/04/2020 10:42


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a citar o Brasil nesta quarta-feira, 29, ao falar sobre a disseminação do coronavírus pelo mundo. O Brasil passa "por um momento difícil" na luta contra a doença, comentou breve o líder americano, durante reunião com líderes empresariais na Casa Branca.
Trump citou o País quando falava da expectativa de retomada econômica e também da demanda para as companhias aéreas. O presidente americano sugeriu nesta semana que poderia adotar restrições a viagens com o Brasil, a depender do quadro da pandemia.
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 Estadão Conteúdo

Brasil é 2º país em novos casos e o 4º em mais mortes nas últimas 24 horas

Publicado em 30/04/2020 10:41


Os novos números da covid-19 no Brasil, divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Ministério da Saúde, colocam o Brasil como o 2ª país do mundo com mais novos casos da doença e o 4º com mais novas mortes, considerando as últimas 24 horas. De acordo com a pasta, o Brasil teve entre ontem, 28, e hoje, 29, 449 mortes em decorrência da covid-19 e 6.276 novos casos.
Em novas contaminações no intervalo de um dia, o Brasil só ficou atrás dos Estados Unidos, que registrou 23.901 casos da doença causada pelo novo coronavírus. Os EUA são a nação mais afetada pela doença e correspondem por mais de 1/3 dos casos globais em sua totalidade. O número de novos casos no Brasil foi maior do que aumento diário em países como França (1.520 novas contaminações), Espanha (2.144 novas contaminações) e Itália (2.086). Entre os principais países europeus, o Reino Unido foi o que apresentou o maior número de casos nas últimas 24 horas (4.076), e ainda assim com uma diferença de 2.200 casos para o dado brasileiro.
As 449 vítimas fatais da covid-19 no País fizeram com que o Brasil ficasse em 4º lugar no ranking das mortes pela doença entre ontem e hoje. Ficou atrás dos Estados Unidos (2.247 mortes), do Reino Unido (765 mortes) e da Espanha (453 mortes).
Considerando os números totais, o Brasil tem agora 78.162 casos de covid-19 identificados e 5.466 óbitos em decorrência do coronavírus. É o 11º país em número de casos (atrás de China, Irã, Rússia, Turquia, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha e Estados Unidos) e o 9º em número de mortos (atrás de Irã, Alemanha, Bélgica, França, Espanha, Reino Unido, Itália e Estados Unidos).
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 Estadão Conteúdo

Estrangeiro aumenta posição 'comprada' em taxa de juro futuro

Publicado em 30/04/2020 10:32

Os investidores estrangeiros no mercado de juro futuro aumentaram na quarta-feira, 29, as posições líquidas compradas em taxas/vendidas em PU (aposta na alta da taxa), após quatro sessões de aumento, passando de 1.159.492 para 1.186.793 contratos em aberto, alta de 27.301 contratos. As informações são da B3.

Os investidores locais, por sua vez, elevaram em 60.382 contratos as posições líquidas vendidas em taxa, que podem indicar aposta em corte de juro, passando de 4.437.229 para 4 497.611 contratos em aberto.

Na contraparte, os bancos aumentaram de 3.168.981 para 3.201.066 contratos em aberto, a posição líquida comprada em taxa, um aumento de 32.085 contratos em aberto.
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 Estadão Conteúdo

Preços do frango inteiro congelado recuam quase 20% em abril, revela Cepea

Publicado em 30/04/2020 10:22


Os preços do frango inteiro congelado caíram quase 20% em abril por causa da dificuldade de escoar a produção, principalmente após a queda na demanda por hotéis e restaurantes. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), na região de Porto Alegre (RS) o recuo no acumulado de abril, até o dia 28, é de 19,7%, com o produto comercializado a R$ 4,63 o quilo na Terça-feira. Em Pará de Minas (MG), a baixa foi de 19,6%, com média de R$ 4,01/kg, e na Grande São Paulo, de 15,8%, a R$ 3,92/kg.
"Quanto aos cortes, as quedas mais intensas foram registradas para os produtos resfriados, devido ao menor tempo de prateleira. Esses produtos também são mais dependentes das vendas aos serviços de alimentação, setor que está funcionando de forma reduzida por conta das medidas de quarentena", disse o Cepea.
No atacado da Grande São Paulo, o preço do peito com osso congelado registrou queda de 4,1% no acumulado do mês, enquanto para o resfriado a baixa foi de 8,2%, com médias de R$ 4,71/kg e R$ 4,84/kg, respectivamente. A asa congelada se desvalorizou 1,5% no período, atingindo R$ 7,28/kg, enquanto o produto resfriado foi a R$ 7,09/kg, recuo de 3,6%.
Dados consolidados pelo Cepea sobre as exportações de carne de frango em abril, a partir de números da Secretaria de Comércio Exterior, mostram que os embarques do produto seguem aquecidos. A média diária de exportações foi de 15,5 mil toneladas em 16 dias úteis de abril. "Apesar de ser 2,5% menor que o ritmo observado no mesmo mês de 2019, a média ainda é 5% superior à de março deste ano."
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 Estadão Conteúdo

Suínos: preço do animal vivo cai no menor nível em um ano, diz Cepea

Publicado em 30/04/2020 10:19


A crise decorrente da pandemia de coronavírus tem pressionado os preços do suíno vivo no Brasil, que caíram ao menor nível em um ano, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), em relatório.
Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo, Sorocaba), o suíno vivo teve média de R$ 4,39/kg na parcial de abril (até o dia 28), queda de 23,7% frente a de março. Em Patos de Minas (MG), a baixa foi ainda mais intensa: 26,8% de março a abril, a R$ 4,17/kg neste mês; porém, ainda 0,5% acima da média do mesmo mês de 2019.
No Oeste Catarinense, principal região produtora de suínos, o preço médio do animal em abril (até o dia 28) é de R$ 4,08/kg, queda mensal de 25,3%, mas 2,4% maior que a média em abril/2019. Em Erechim (RS), o suíno se desvalorizou 19,9% de março a abril, com média de R$ 4,32/kg, mas ainda 7% acima na comparação anual.
A queda de preços é resultante da menor demanda pela carne, em razão do isolamento social como prevenção ao coronavírus. Assim, o Cepea explica que frigoríficos reduziram o ritmo de abate e adquirem novos lotes apenas em caso de necessidade. Já o produtor, obrigado a escoar animais prontos, aceita pagamentos cada vez menores.
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 Estadão Conteúdo

Dados sobre medicamento da Gilead aumentam expectativas em luta contra pandemia

Publicado em 30/04/2020 09:52


Por Deena Beasley e Manas Mishra
NOVA YORK (Reuters) - A principal autoridade de doenças infecciosas dos Estados Unidos disse que o medicamento experimental remdesivir, da Gilead Sciences, se tornará o padrão de tratamento para o Covid-19, depois que os primeiros resultados de testes clínicos mostraram que a droga ajudou pacientes a se recuperarem mais rapidamente da doença causada pelo novo coronavírus.
Os resultados preliminares de um estudo do governo dos EUA mostrando que os pacientes que receberam remdesivir se recuperaram 31% mais rápido do que aqueles que receberam placebo foram aclamados pelo Dr. Anthony Fauci como "altamente significativos".
"Isso é realmente muito importante", disse Fauci a repórteres na Casa Branca, comparando-o a um momento em 1986 "quando estávamos lutando para encontrar remédios para o HIV e não tínhamos nada".
"Este será o tratamento padrão", disse ele.
A agência de regulação de medicamentos e alimentos dos EUA(FDA) disse que tem conversado com a Gilead sobre tornar o remdesivir disponível para os pacientes o mais rápido possível.
"Quero que eles o façam o mais rápido possível", disse o presidente Donald Trump, quando perguntado se queria que a FDA concedesse autorização de uso emergencial para o remdesivir. "Queremos que tudo esteja seguro, mas gostaríamos de ver aprovações muito rápidas, especialmente com as coisas que funcionam."
O remédio, dado por infusão intravenosa a pacientes hospitalizados, mexeu nos mercados nas últimas semanas após a divulgação de dados de vários estudos que ilustraram uma imagem mista de sua eficácia, e Fauci alertou que os dados mais recentes ainda precisam ser analisados.
O interesse no remdesivir tem sido alto, pois não existem tratamentos aprovados ou vacinas preventivas para o Covid-19, e médicos estão desesperados por algo que possa alterar o curso da doença que ataca os pulmões e pode atingir outros órgãos em casos graves.
No início deste mês, a Gilead disse que estava preparada para doar para hospitais o suprimento existente de 1,5 milhões de doses do remdesivir, o que, segundo a empresa, é suficiente para mais de 140 mil pacientes, embora esse número aumente se o medicamento puder ser administrado por um período mais curto.
"Estamos trabalhando para construir um consórcio global de fabricantes de produtos farmacêuticos e químicos para expandir a capacidade e a produção global", disse o presidente-executivo da Gilead, Daniel O'Day, em carta aberta na quarta-feira.
Ele também disse que Gilead está procurando maneiras de potencialmente levar o tratamento a uma população mais ampla de pacientes, investigando outras formulações e meios de administrar a droga.
O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, parte dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, disse que resultados parciais de seu estudo com 1.063 pacientes mostram que infectados com Covid-19 que receberam remdesivir se recuperaram em 11 dias, em comparação com os 15 dias de pacientes que receberam placebo.
O estudo mostrou uma tendência para a sobrevivência melhor para remdesivir - 8% de pacientes que receberam o remédio morreram comparado com 11,6% no grupo que recebeu placebo - mas a diferença não foi estatisticamente significativa, de forma que a diferença pode não ser devido ao remédio.
O principal pesquisador do estudo disse à Reuters na sexta-feira que os resultados completos podem chegar em meados de maio.
"O conjunto completo de dados fornecerá mais clareza sobre como o remdesivir pode ser melhor utilizado", disse Aneesh Mehta, pesquisador do estudo NIH da Escola de Medicina da Universidade Emory, em Atlanta.
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 Reuters

Bolsonaro diz que decisão que barrou Ramagem foi política e que Moraes chegou ao STF graças a amizade com Temer

Publicado em 30/04/2020 09:51 e atualizado em 30/04/2020 10:46


SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro classificou nesta quinta-feira como "política" a decisão liminar concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal, e rebateu o argumento de que a indicação violava o princípio da impessoalidade ao dizer que Moraes só chegou à corte graças à amizade com ex-presidente Michel Temer, que o indicou ao STF.
"No meu entender, uma decisão política. Política! E ontem comecei meu pronunciamento falando da Constituição. Eu respeito a Constituição e tudo tem um limite", disse Bolsonaro a jornalistas nesta manhã em frente ao Palácio da Alvorada, antes de embarcar para o Rio Grande do Sul, onde visitará um centro de referência no combate ao coronavírus e participará de um evento militar.
"Não justifica questão da impessoalidade. Como é que o senhor Alexandre de Moraes foi para o Supremo? Amizade com o senhor Michel Temer. Ou não foi?", questionou.
Moraes foi ministro da Justiça do governo Temer antes de ser indicado por ele para uma cadeira no Supremo. Ao contrário da nomeação de um diretor-geral da PF, que é imediatamente concretizada, a indicação de um presidente para uma cadeira no Supremo depende da aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e do plenário da Casa, após a CCJ fazer uma sabatina com o indicado.
Moraes aceitou um pedido de liminar feito pelo PDT que pleiteava a suspensão de trecho do decreto editado por Bolsonaro que nomeou Ramagem para o comando da Polícia Federal. O partido alegou desvio de função, pois Ramagem tem relação de amizade com a família Bolsonaro e, ao anunciar sua demissão do Ministério da Justiça, Sergio Moro acusou o presidente de buscar interferir politicamente na PF. Bolsonaro negou essa intenção em pronunciamento, mas admitiu que quer no comando do órgão alguém com quem tenha interlocução direta.
Ao acatar o pedido do PDT, Moraes justificou sua liminar pelo prejuízo que poderia ser causado pela demora em uma decisão, já que a posse de Ramagem estava marcada para a tarde desta quarta-feira, e pelos sinais relevantes de um possível comprometimento de Ramagem. [nL1N2CH18B]
Após a decisão do ministro do STF, Bolsonaro editou novo decreto, tornando sem efeito a nomeação de Ramagem. Nesta quinta ele disse ter ficado "chateado" por ter feito isso, mas afirmou que o fez em cumprimento à decisão de Moraes.
Ele garantiu ainda que a Advocacia-Geral da União (AGU) recorrerá da decisão e cobrou celeridade de Moraes após a apresentação do recurso.
"Vai recorrer. Conversei hoje com o Jorge (Oliveira, ministro da Secretaria-Geral da Presidência) e também com outros ministros e vai recorrer", disse.
"Eu lamento agora que não tem tempo. Agora demora semanas, meses. Eu espero que seja tão rápido quanto a liminar. Eu espero no mínimo isso do senhor Alexandre de Moraes. No mínimo eu espero do senhor Alexandre de Moraes rapidez para a gente poder tomar providências", afirmou.
Apesar da insistência de Bolsonaro para que a AGU recorra da decisão de Moraes, há dúvidas sobre como isso será feito-- em tese, com a revogação da nomeação de Ramagem pelo próprio presidente, o mandado de segurança impetrado pelo PDT perdeu o objeto, já que a medida presidencial contestada deixou de existir.
Ao mesmo tempo em que afirmou que a AGU recorrerá da decisão e, depois de na véspera afirmar que a nomeação de Ramagem ao comando da PF ainda irá se concretizar, Bolsonaro admitiu que já analisa outros nomes para comandar a PF.
"Estamos discutindo um novo nome, uma nova composição, para a gente fazer com que a Polícia Federal realmente agora, realmente, tenha isenção e ajude o Brasil no trabalho que ela sempre fez desde a sua existência", disse.

Bolsonaro diz ter recomendação para não divulgar áudio da reunião com Moro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (30) que recebeu uma recomendação para não divulgar o áudio da última reunião interministerial na qual o ex-ministro Sérgio Moro participou. "Último conselho que tive é não divulgar para não criar turbulência. Uma reunião reservada, então é essa a ideia. Talvez saia, mas por enquanto não", disse o mandatário nesta quinta-feira, 30, ao deixar o Palácio da Alvorada.
Em declarações recentes, o presidente prometeu que divulgaria a gravação da última reunião ministerial da qual Moro participou, no dia 14 passado, para provar solicitações que fez ao ex-chefe da Justiça, em especial para que Moro se posicionasse sobre prisões, consideradas por Bolsonaro como "ilegais", de cidadãos que quebraram as orientações de isolamento para evitar a disseminação do novo coronavírus.
"Não tem nada de mais, é a maneira como me conduzi, como me referi ao ministro da Justiça tratando da questão de mulheres e senhores sendo algemados sem uma participação dele". Antes de recuar da divulgação, Bolsonaro havia dito que pediu autorização dos outros ministros para tornar a gravação pública.
O presidente também se defendeu mais uma vez das acusações sobre tentativas de interferência na Polícia Federal feitas por Sérgio Moro na sexta-feira (24), quando o ex-ministro pediu demissão.
"A questão de interferência, para deixar bem claro ao senhor Sérgio Moro, o ônus da prova cabe a quem acusa. Ônus da prova cabe a quem acusa", disse. "Nenhum superintendente foi trocado, eu sugeri duas superintendências. Ele não concordou, passou a ser dono de tudo e não aceitava qualquer sugestão, o ego falou mais alto a vida toda dele", afirmou Bolsonaro.
O presidente destacou ainda que o ex-ministro "deixou a desejar" em sua atuação no governo. Bolsonaro indicou que Moro teria favorecido conhecidos da vara de Curitiba para montar sua equipe no ministério. "Ninguém nega o trabalho de Sérgio Moro na Lava Jato lá atrás. Um excelente juiz. Mas como ministro lamentavelmente deixou a desejar. Até priorizando, privilegiando, o pessoal que estava no Paraná, sem querer desmerecê-los", afirmou.

À rádio Guaiba, Bolsonaro reitera críticas a Moraes e diz que pode ter contraído covid-19

O presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista na manhã desta quinta-feira à Rádio Guaíba, antes de embarcar para o Rio Grande do Sul, em agenda oficial. Na entrevista, Bolsonaro reiterou a cobrança que fez na saída do Palácio da Alvorada ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem à diretoria-geral da Polícia Federal (PF). Moraes concedeu liminar ao PDT, que apontou para possibilidade de interferência de Bolsonaro no órgão, uma vez que Ramagem é próximo da família do presidente.

"Cobrei que o ministro Alexandre de Moraes tome uma posição no tocante ao Ramagem porque ele continua à frente da Abin (Associação Brasileira de Inteligência), que é tão importante quanto a PF", disse Bolsonaro. Para o presidente, impedir que Ramagem assuma o controle da PF enquanto comanda a Abin é o mesmo que impedir, "por questões pessoais", que um sargento do Exército ocupe o mesmo posto na Aeronáutica. "Decisão que não engoli, é uma afronta. Não aceito ser refém de decisões monocráticas de quem quer que seja", completou Bolsonaro.

Exames

Quanto à decisão da Justiça Federal que o obriga a apresentar os exames que fez para diagnóstico do novo coronavírus sob prazo que se encerra hoje, o presidente voltou a afirmar que, caso perca recurso movido pela Advocacia-Geral da União (AGU), irá divulgar os documentos.

Na segunda-feira (27), por decisão da juíza Ana Lúcia Petri Betto, o jornal O Estado de S. Paulo conseguiu na Justiça o direito de obter os testes de covid-19 feitos por Bolsonaro. Ao minimizar, por mais uma vez, os efeitos da covid-19 à saúde, o presidente disse: "Eu talvez já tenha pegado esse vírus no passado e nem senti".

O chefe do Executivo ainda repetiu que usa "nomes fantasia" em pedidos de exames e receitas de medicamentos para se proteger. "Sou uma pessoa conhecida para o bem ou para o mal. Quando fui medicado, coloquei nome fantasia porque na ponta da linha está um ser humano, não se sabe o que pode ser feito se alguém souber que é Jair Bolsonaro", justificou o presidente.
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 Reuters/Estadão Conteúdo

Suíno: queda do preço do vivo neste mês é a mais intensa da série

Publicado em 30/04/2020 09:43


O cenário de incertezas na suinocultura brasileira, devido à pandemia de covid-19, tem pressionado as cotações do animal vivo, que registram os menores patamares em um ano. Do lado da demanda, frigoríficos reduziram o ritmo de abate e adquirem novos lotes apenas quando há maior necessidade. Nas granjas, produtores negociam os suínos a preços cada vez mais baixos, no intuito de escoar a produção. Nesse cenário, o mês de abril se encerra com consecutivas desvalorizações do animal vivo – neste mês, inclusive, as quedas nos preços são as mais intensas das séries regionais do Cepea, iniciadas, em alguns casos, em 2002. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo tem média de R$ 4,35/kg na parcial de abril (até o dia 29), queda de 24,3% frente à de março. Em Patos de Minas (MG), a baixa foi ainda mais intensa: de 27% entre março e a parcial de abril, para R$ 4,16/kg neste mês.
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 Cepea

Boi: preços do boi e da carne atravessam abril em patamares firmes

Publicado em 30/04/2020 09:37



Mesmo diante do cenário incerto por conta da crise gerada pela pandemia de coronavírus, o mercado pecuário nacional atravessou abril registrando preços relativamente firmes. No mês (dados até o dia 29), o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 teve média de R$ 199,61, apenas 0,37% inferior à de março/2020, mas quase 20% acima da de abril do ano passado, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IGP-DI). Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da baixa oferta de animais prontos para abate neste período de final de safra. Do lado da demanda, verifica-se certa estabilidade na procura de brasileiros pela carne bovina, especialmente por cortes mais baratos. Já a demanda internacional pela carne bovina in natura segue aquecida, especialmente por parte da China – vale lembrar que o país asiático parece ter superado a pandemia de coronavírus, o que tende a manter firme a procura internacional por carnes. 
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 Cepea

Frango: com baixa procura, liquidez diminui e preços caem

Publicado em 30/04/2020 09:36


As cotações dos produtos da avicultura de corte têm tido recuos consecutivos neste mês. Segundo colaboradores do Cepea, a dificuldade de escoar a produção no mercado nacional, principalmente por conta da diminuição da procura de serviços de alimentação, como hotéis e restaurantes, tem pressionado os valores. Com a produção, tanto de aves quanto de carne, acima da demanda, os ajustes negativos ocorrem com a finalidade de aumentar a liquidez. Quanto aos cortes, as quedas mais intensas foram registradas para os produtos resfriados, devido ao menor tempo de prateleira. Esses produtos também são mais dependentes das vendas aos serviços de alimentação, setor que está funcionando de forma reduzida por conta das medidas de quarentena. 
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Fonte:
 Cepea