A crise decorrente da pandemia de coronavírus tem pressionado os preços do suíno vivo no Brasil, que caíram ao menor nível em um ano, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), em relatório.
Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo, Sorocaba), o suíno vivo teve média de R$ 4,39/kg na parcial de abril (até o dia 28), queda de 23,7% frente a de março. Em Patos de Minas (MG), a baixa foi ainda mais intensa: 26,8% de março a abril, a R$ 4,17/kg neste mês; porém, ainda 0,5% acima da média do mesmo mês de 2019.
No Oeste Catarinense, principal região produtora de suínos, o preço médio do animal em abril (até o dia 28) é de R$ 4,08/kg, queda mensal de 25,3%, mas 2,4% maior que a média em abril/2019. Em Erechim (RS), o suíno se desvalorizou 19,9% de março a abril, com média de R$ 4,32/kg, mas ainda 7% acima na comparação anual.
A queda de preços é resultante da menor demanda pela carne, em razão do isolamento social como prevenção ao coronavírus. Assim, o Cepea explica que frigoríficos reduziram o ritmo de abate e adquirem novos lotes apenas em caso de necessidade. Já o produtor, obrigado a escoar animais prontos, aceita pagamentos cada vez menores.
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