Comparativamente a março passado, frango, boi e suíno vivos encerram o quarto mês de 2020 com resultados negativos. E a perda mais sensível é a do suíno, cujo preço médio em abril deve ficar quase 27% abaixo da média de março. O frango vivo vem na sequência, com perda ligeiramente superior a 10% (se aceitas as cotações referenciais, pois, na prática, o índice de redução foi bem maior). A redução no preço do boi em pé foi, pode-se dizer, apenas marginal, pois limitada a pouco mais de 1%.
Na realidade, a única exceção de abril ficou com uma das matérias-primas do setor, o farelo de soja, cujos preços aumentaram quase 10%. Ou seja: até mesmo o principal insumo da avicultura e da suinocultura, o milho, enfrentou redução de preços no período. Mas foi um índice pouco significativo (-6,68%), visto que o valor médio registrado no mês ainda ficou 41,18% acima do registrado um ano antes.
Pior, neste caso, para o frango vivo, cujo preço aparente em abril ficou cerca de 18% aquém da registrada no mesmo mês de 2019. Neste caso, a redução de preço do suíno vivo foi relativamente menor, de aproximadamente 3,5%. O que não afasta a constatação de que tanto o suíno como o frango vivo encerram o quadrimestre com as menores cotações em mais de um ano. Ou seja: abaixo das registradas atualmente, só mesmo aquelas registradas entre janeiro e fevereiro de 2019.
Note-se, de toda forma, que em relação a abril de 2018 acumulam variação de preço não muito diferente uma da outra - a maior do boi em pé (+39,45%) e a menor do farelo de soja (+28,96%).
Mesmo isso, porém, tem pouco ou nenhum significado, visto que em relação ao primeiro quadrimestre de 2018 o farelo de soja acumula variação de, praticamente, 50%, enquanto o incremento de preço do milho fica próximo de 60%. Enquanto isso, o frango vivo acumula variação de 20% e o suíno de 18%.
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