Ao redor do mundo, os desdobramentos da Covid-19 tem levado a avicultura a experimentar efeitos inesperados. Em alguns casos eles são, também, bastante contrastantes.
Por exemplo, notícias vindas do Irã dão conta de que a pandemia levou a uma escassez tão severa de rações e matérias-primas que os empresários avícolas locais não estão conseguindo vender os pintos de um dia cuja produção foi previamente programada. Segundo fontes locais, milhões de pintos de um dia recém-eclodidos já foram sacrificados, processo que, agora, começa a se estender também às suas reprodutoras.
A Associação de Avicultores de Teerã estima terem sido abatidos, até aqui, cerca de 15 milhões de aves.
A produção animal iraniana depende fortemente da importação de matérias-primas e demais ingredientes alimentares. Segundo fontes locais, com a disseminação da pandemia, o governo concentrou o dispêndio de divisas na aquisição de produtos e insumos para a saúde humana.
Na tentativa de sensibilizar as autoridades do governo central para o problema enfrentado, o segmento produtor de pintos de um dia chegou a apresentar, nas redes sociais, vídeo mostrando o sacrifício maciço das aves. Mas parece que a única resposta, vinda do Presidente Hassan Rouhani, foi um pedido para que “todos os responsáveis pelo massacre sejam processados”.
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