quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Poupança fica mais atraente com a alta dos juros básicos da economia

Poupança fica mais atraente com a alta dos juros básicos da economia 29/08/2013 21h42 O aumento da taxa básica de juros da economia brasileira, anunciado na quarta-feira (28), trouxe de volta a forma antiga de cálculo do rendimento da poupança. O aumento da taxa básica de juros da economia brasileira, anunciado na quarta-feira (28), trouxe de volta a forma antiga de cálculo do rendimento da poupança. Na dança dos juros, quem agradece agora são os milhões de brasileiros que investem seu dinheiro na caderneta de poupança. O Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 9% ao ano. Isso mexeu com os rendimentos de várias aplicações financeiras, e a poupança voltou a ficar mais atraente. Mas por quê? Desde maio de 2012, o governo mudou a regra de rendimento da caderneta da poupança. Sempre que a taxa básica de juros, a Selic, estiver em 8,5% ou for menor do que isso, a caderneta de poupança vai ter um rendimento também menor: 70% da Selic mais a TR. Quando a taxa básica de juros estiver acima de 8,5% ao ano, como agora, a poupança volta a ter o rendimento tradicional, antigo, ou seja, 0,5% ao mês mais TR. O professor da USP, Rafael Paschoarelli, fez os cálculos. Antes do aumento, com a Selic ainda a 8,5%, quem tivesse depositado R$ 1 mil na poupança, teria em um ano R$ 1.059,50. Com a Selic a 9%, quem depositar na poupança hoje, por exemplo, R$ 1 mil, vai ter, em um ano, R$ 1.061. Lembrando que a caderneta é isenta de Imposto de Renda. No fundo de renda fixa, os mesmos R$ 1 mil vão virar, depois de um ano, R$ 1.046, ou seja, vão render menos que a poupança. É que nesse tipo de investimento, o banco cobra uma taxa de administração, que para esse valor é de 3% em média, e o governo ainda recolhe imposto de renda sobre o rendimento Para investimentos maiores, é possível negociar com os bancos, taxas de administração mais baixas. Para o professor, a alta dos juros é boa para uns e ruim para outros. “O efeito é que vai melhorar para o poupador, vai melhorar para quem tem dinheiro para investir. Vai piorar para quem deve, porque os juros dos bancos nas operações em que a pessoa deve, vai aumentar. Mas para quem aplica na poupança vai melhorar”, explica Rafael Paschoarelli. Dona Naíza Soares de Souza mostra que nem é preciso entender muito de economia para decidir o que fazer. Sempre que sobra um dinheirinho, ela deposita na poupança. “A gente vai constrói uma casa. O primeiro tijolinho, o segundo, o terceiro, aí faz a parede. Assim é o pouquinho dinheiro que a gente junta”, diz.

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