sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Projeto em Minas Gerais ajuda a recuperar as nascentes
Projeto em Minas Gerais ajuda a recuperar as nascentes
30/08/2013 07h02
Sistema de fossa séptica pretende evitar a contaminação do solo.
Outro benefício é a fertilização durante o cul
Os moradores de Aimorés, município localizado no leste de Minas Gerais, costumam dizer que o Rio Capim está secando. Segundo Marcelino Mendonça de Aquino, assistente extensionista ambiental, cerca de 90% das matas ciliares ao redor do leito não existem mais. A situação do rio que abastece uma cidade com quase 25 mil habitantes preocupa.
Ainda de acordo com o técnico, o acesso de animais e máquinas no terreno aumenta a degradação ambiental do rio, mas um projeto que visa recuperar e proteger nascentes está sendo colocado em prática na região. É o sistema de fossa séptica biodigestora, que prevê o saneamento básico nas áreas rurais.
O sistema é composto por três caixas d'água, cada uma com capacidade para mil litros. A fossa séptica é capaz de transformar os dejetos do esgoto sanitário em adubo orgânico. Com isso, os lençóis freáticos de nascentes e afluentes do Rio Capim não serão mais contaminados.
Com mais de seis mil unidades implantadas em todo o país, o sistema de saneamento básico nas áreas rurais, desenvolvido em 2001, segundo pesquisadores da Embrapa, traz benefícios econômicos, sociais e principalmente ambientais. Cerca de 300 produtores rurais da região de Aimorés devem ser beneficiados com o sistema.
O projeto é financiado por uma mineradora, empresas particulares e um instituto local, que tem como objetivo preservar e proteger nascentes na região da bacia hidrográfica do Rio Doce. “A gente disponibiliza o material e o produtor entra com a mão de obra no trabalho. O custo para ele é zero”, explica Juliany Morosini França, assistente extensionista ambiental.
Os agricultores interessados no projeto podem procurar o Instituto Terra. Ao todo serão implantadas 180 fossas em três anos.
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Aimorés
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