domingo, 22 de março de 2015

Venda de ovos reage em Bastos, região oeste de São Paulo

Edição do dia 22/03/2015 22/03/2015 09h00 - Atualizado em 22/03/2015 09h00 Venda de ovos reage em Bastos, região oeste de São Paulo De acordo com os avicultores, o consumo de ovos foi 20% menor em janeiro. Preço do produto praticamente dobrou por causa do período da Quaresma. Gabriela Cardoso Bastos, SP
Depois de um começo de ano complicado, a venda de ovos reage em São Paulo, estado com a maior produção do país. O avicultor Cristian Maki tem uma granja com 1 milhão de galinhas em Bastos, noroeste de São Paulo. Com a expectativa de um 2015 bom para o setor, ele aumentou o plantel da propriedade, apesar da queda já esperada no consumo, como em todo início de ano. Mas o que Cristian e os outros criadores não esperavam é que esse período fosse tão ruim. De acordo com os avicultores, o consumo de ovos foi 20% menor em janeiro. Em Bastos, alguns produtores jogaram ovos fora e como uma medida de emergência, fizeram dois descartes de aves em um mês, o que não é comum. A ideia era ajustar a oferta de ovos à demanda de consumo, mas eles não esperavam um outro problema: no auge do verão, o excesso de calor matou 5% das aves do município, que é o maior produtor de ovos do país. Com menos galinhas em produção, o preço respondeu e a caixa com 30 dúzias de ovos brancos passou de R$ 46 para R$ 73, quase 60% de aumento. A região de Bastos produz 16,5 milhões de ovos por dia. Sérgio Kakimoto tem um plantel de 750 mil aves. Ele sabe que os valores atuais só devem se manter em alta até o fim da Quaresma, que é o período de maior consumo, mas acha que isso já é o suficiente para animar os avicultores. “Estamos contentes, estamos procurando pagar as contas que deixamos lá pra trás e daqui pra frente, temos que trabalhar com inteligência para que possamos equilibrar a oferta e a demanda para que o preço se mantenha, pelo menos, nesse patamar, que está bom para nós”, diz. tópicos: Bastos, Economia, São Paulo

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