sábado, 30 de março de 2013

Schauble Governo alemão diz que Chipre não é modelo para futuro

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, considera que o resgate a Chipre, que prevê taxas sobre os depósitos acima dos 100 mil euros, não é modelo para futuros programas de ajuda a países da Zona Eu Chipre é e continuará a ser um caso único e especial", assegurou Schauble numa entrevista hoje divulgada pelo jornal alemão Bild. O titular das Finanças explicou que os principais bancos de Chipre eram, "na prática, insolventes" e que o Estado cipriota não podia “assegurar o dinheiro dos depósitos" devido à hipertrofia do sector bancário do país. "Por isso, tiveram que ser os outros Estados da Zona Euro a ajudar", adiantou o ministro alemão. Mesmo assim, indicou, o Eurogrupo decidiu que "proprietários e credores participassem nos custos" do resgate, "isto é, aqueles que contribuíram para originar a crise". No entanto, Schauble acredita que a decisão em relação a Chipre não cria um precedente, ao contrário do presidente do Eurogrupo, o ministro holandês Jeroen Dijsselbloem, que ao admitir, esta semana, a exportação do modelo para outros Estados da Zona euro provocou quebras acentuadas nas bolsas europeias. PUB Numa entrevista esta semana, Jeroen Dijsselbloem admitiu a possibilidade de exportar o modelo de resgate de Chipre para outros Estados da Zona Euro, apesar de prontamente ter retirado as suas palavras. "Os depósitos na Europa estão seguros", afirmou, em sentido contrário, o ministro alemão na entrevista ao Bild, clarificando assim a postura do Governo alemão, cuja indefinição sobre o assunto também contribuiu para a turbulência das bolsas esta semana. A Comissão europeia também rejeitou esta semana que as linhas traçadas pelo programa de ajuda a Nicósia possam ser um modelo para futuros resgates na Zona Euro.

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