segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Café: Mercado em NY inicia semana com leve alta após perdas na sessão anterior

Por volta das 9h41, o vencimento dezembro/15 anotava 125,05 cents/lb com avanço de 100 pontos, o março/16 tinha 128,45 cents/lb com alta de 95 pontos
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de segunda-feira (31). O mercado recupera todas as perdas da sessão anterior quando recuou cerca de 50 pontos. As dúvidas em relação ao potencial produtivo do Brasil ainda permeia entre os investidores. Por volta das 9h41, o vencimento dezembro/15 anotava 125,05 cents/lb com avanço de 100 pontos, o março/16 tinha 128,45 cents/lb com alta de 95 pontos. O contrato maio/16 registrava 130,85 cents/lb com 110 pontos positivos e o julho/16 operava com 132,75 cents/lb com 95 pontos de valorização. A colheita da safra 2015/16 de café encaminha-se para o fim. Mais de 80% das lavouras já tem os trabalhos concluídos. Entretanto, a dúvida em relação ao potencial produtivo do Brasil permanece aqui no Brasil e na bolsa norte-americana. Estimativas estrangeiras apontam uma safra brasileira em cerca de 50 milhões de sacas, enquanto instituições brasileiras reportam a produção do Brasil em 40 milhões de sacas. Veja como fechou o mercado na sexta-feira: Café: Cotações na Bolsa de Nova York encerram esta 6ª feira com ligeira queda à espera de fatos novos Nesta sexta-feira (28), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com ligeira queda em ajuste após avançar por dois pregões consecutivos e repercutir bastante durante a semana a questão cambial. No Brasil, praticamente todos os tipos de café registraram queda em relação à semana anterior. Destaque para os melhores tipos, que chegaram a ter negócios por R$ 600,00 a saca e agora estão próximos de R$ 500,00. Em Nova York, os lotes para vencimento em dezembro/15 anotaram 124,05 cents/lb e o março/16 teve 127,50 cents/lb, ambos com recuo de 520 pontos. O contrato maio/16 registrou 129,75 cents/lb com 40 pontos negativos e o julho/16 encerrou o dia com 131,80 cents/lb e desvalorização de 45 pontos. Nesta semana, as cotações do arábica oscilaram bastante. Na segunda-feira, a Bolsa de Xangai desabou 8,5% e os investidores se desfizeram de suas posições nos mercados de ações e commodities buscando os títulos do Tesouro americano, favorecendo a alta do dólar ante o real. Com isso, os futuros do café recuaram. Entretanto, com os investidores um pouco mais confiantes, o real voltou a se valorizar ante o dólar após a 'segunda-feira negra' e o campo positivo foi registrado no mercado de café nas últimas duas sessões na bolsa norte-americana. Hoje, o dólar encerrou a sessão cotado a R$ 3,5853 na venda com 0,91% de avanço. "O que vimos nesta sexta-feira foi mais um ajuste, uma consolidação no mercado", explica o diretor de café, Rodrigo Costa, do Banco Société Générale. Outra informação que repercutiu bastante na semana entre os envolvidos como viés altista foi a revisão para baixo da safra do Brasil 2015/16 por parte de alguns players que tinham uma visão otimista sobre a produção do país. A Volcafe, por exemplo, reduziu em 3,6 milhões de sacas de 60 kg a estimativa para produção de café brasileira. A expectativa da companhia é de que a colheita atinja 48,3 milhões de sacas nesta temporada, ante as 51,9 milhões previstas em maio. Estimativas realizadas por instituições brasileiras reportam a produção do Brasil em 40 milhões de sacas. Apesar dessas informações recentes apontarem cada vez mais para um possível déficit na oferta, uma vez que a demanda mundial é apontada em cerca de 56 milhões de sacas e continua a crescer, ainda há muita incerteza em relação ao potencial produtivo dos principais países produtores da variedade, e consequentemente, da tendência do mercado. "Por mais que a bolsa tenha precificado uma queda na safra brasileira, ainda existem diversos lugares com volume razoável de café, há também a chegada de chuvas no Brasil. Em contrapartida, acontece a volta das férias no Hemisfério Norte com uma tendência momentânea de aperto entre oferta e demanda", afirma Rodrigo Costa. Exportações globais de café As exportações globais de café caíram 3,6% em julho ante o ano anterior para um total de 9,59 milhões de sacas de 60 kg, informou a Organização Internacional do Café (OIC) nesta sexta-feira. Esta informação poderia fazer as coações em Nova York valorizarem-se, entretanto o mercado acabou não repercutindo os dados da Organização hoje. Mercado interno As negociações no mercado físico são pontuais, diferente da semana passada quando houve um avanço nos preços e a saca chegou a R$ 600,00 em alguns locais. De acordo com Costa, há procura nas praças de comercialização, mas não oferta. Muitos produtores já tem compromissos firmados ou preferem aguardar melhores patamares. O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 534,00 - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,04%, a saca está cotada a R$ 484,00. Da sexta-feira passada para esta, a cidade que registrou maior desvalorização foi Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 60,00 (-10,53%), saindo de R$ 570,00 para R$ 510,00 a saca. O tipo 4/5 também registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 534,00 a saca - estável. A maior variação ocorreu em Poços de Caldas (MG) onde a saca subiu 2,44%, para R$ 462,00. Na semana passada, a saca do tipo estava cotada a R$ 505,00 na cidade de Varginha (MG), mas recuou R$ 40,00 (-7,92%) e agora vale R$ 465,00. Foi a maior queda da semana dentre as praças. O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Araguarí (MG) com R$ 480,00 a saca. Todas as praças encerraram o dia com preços estáveis. A maior variação de preço na semana para o tipo foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP), por lá a saca estava cotada a R$ 510,00, mas caiu R$ 50,00 (-9,10%) e agora está em R$ 460,00. Na quinta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 1,72% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 448,55. Bolsa de Londres As cotações do café robusta na ICE Futures Europe fecharam em baixa, seguindo a Bolsa de Nova York. O contrato setembro/15 está cotado a US$ 1565,00 por tonelada com queda de US$ 42, o novembro/15 teve US$ 1597,00 e desvalorização de US$ 44 e o vencimento janeiro/16 anotou US$ 1611,00 por tonelada com recuo de US$ 46. Data de Publicação: 31/08/2015 às 10:55hs Fonte: Notícias Agrícolas

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