sexta-feira, 25 de maio de 2018

Agência francesa diz que proibição de neonicotinoides é exagerada

ANÁLISE

Agência francesa diz que proibição de neonicotinoides é exagerada


Dois relatórios traze uma visão "tranquilizadora" sobre o impacto dos defensivos
Por:  -Leonardo Gottems 
Publicado em 25/05/2018 às 09:10h.
A Agência Nacional de Segurança Alimentar, Meio Ambiente e Trabalho da França (ANSES) divulgou dois relatórios trazendo uma visão tranquilizadora sobre o impacto dos neonicotinóides para a saúde humana. Os dados estavam previstos para serem lançados há um ano e três meses, mas foram divulgados apenas em março deste ano. 
A agência fez a análise dos defensivos acetamipride, tiaclopride, clotianidina, tiametoxam,   imidaclopride, dinotefurano e nitenpirame, os três últimos utilizados em medicamentos para animais de estimação e concluiu que nenhum deles oferece riscos à saúde. A partir desses dados, a ANSES orienta que a proibição desses defensivos alegando prejuízos à saúde das pessoas é um tanto quanto exagerado. "O conjunto de dados [...] não mostra um risco inaceitável para a saúde humana, [...] minimizar o uso de produtos com base nessa substância até 2018 já é o suficiente", relata. 
O relatório aponta ainda que a substituição dos neonicotinóides por outros inseticidas existentes no mercado, para culturas de cereais como aveia e soja, pode até causar um efeito ecologicamente pior do que a manutenção dos mesmos. 
“Das substâncias químicas autorizadas para este uso, o imidaclopride tem o menor indicador de risco alimentar em todos os cereais. Os indicadores mais elevados são o do tiaclopride na aveia e os dos piretróides noutros cereais. Em relação ao risco para a saúde humana, excluindo a dieta, os neonicotinóides têm um indicador de risco mais baixo do que suas alternativas e a teflutrina tem o indicador de maior risco", diz o relatório. 
Existe uma série de discussões sobre a periculosidade ou não dos defensivos  neonicotinóides, a União Europeia chegou até proibir o uso de algumas substâncias do gênero porque afetaria as abelhas. Porém, estudos nunca comprovaram se os defensivos são realmente prejudiciais. 

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