Publicado em 25/05/2018 10:30
PEQUIM (Reuters) - O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, visitará a China no início do próximo mês para mais uma rodada de negociações em meio a atritos comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Ross visitará a China de 2 a 4 de junho, informou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua nesta sexta-feira, acrescentando que o vice-premiê Liu He, principal negociador da China na disputa comercial, conversou com Ross por telefone. A Xinhua não deu mais detalhes.
A disputa comercial assumiu complexidade adicional nesta semana, quando o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou uma investigação de segurança nacional sobre importações de carros e caminhões, movimento que poderia levar a novas tarifas contra a China e aliados importantes dos EUA, como Canadá, México, Japão e Alemanha.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse à CNBC na segunda-feira que Ross pretende negociar uma "estrutura" que poderia se transformar em "acordos obrigatórios... entre empresas".
Na última rodada de negociações em Washington em meados de maio, a China concordou em elevar suas compras de produtos agrícolas e energia dos norte-americanos, e os dois lados trabalharam em uma possível suspensão da proibição que impedia empresas norte-americanas de fornecer para a chinesa ZTE Corp, fabricante de equipamentos de telecomunicações.
Os acontecimentos e comentários construtivos de ambos os lados diminuíram os temores de que os Estados Unidos e a China possam mergulhar em uma guerra comercial, mas Trump disse esta semana que qualquer acordo precisaria de "uma estrutura diferente", alimentando a incerteza sobre as negociações.
Trump ameaçou impor tarifas de até 150 bilhões de dólares em produtos chineses para combater o que ele diz ser a apropriação indébita por Pequim da tecnologia dos EUA por meio de exigências de joint venture e outras políticas.
Pequim ameaçou retaliações iguais, incluindo tarifas sobre algumas de das maiores importações dos EUA, incluindo aviões, soja e automóveis.
(Por Stella Qiu e Tony Munroe)
Fonte: Reuters
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