terça-feira, 30 de abril de 2013

Lucro do Itaú Unibanco fica praticamente estável no 1º tri, calotes caem

Lucro do Itaú Unibanco fica praticamente estável no 1º tri, calotes caem terça-feira, 30 de abril de 2013 Por Alberto Alerigi Jr. e Guillermo Parra-Bernal SÃO PAULO, 30 Abr (Reuters) - O Itaú Unibanco teve lucro praticamente estável no primeiro trimestre, com os gastos menores com a indimplência compensado a redução das margens na concessão de crédito, à medida que o banco migra para linhas de financiamento mais seguras. O maior banco privado do Brasil anunciou nesta terça-feira lucro líquido de 3,472 bilhões de reais no período, 1,4 por cento maior do que o lucro de 3,426 bilhões de reais apurado no mesmo intervalo do ano passado. O lucro recorrente, que exclui itens extraordinários, somou 3,512 bilhões de reais entre janeiro e março, praticamente estável ante os 3,544 bilhões de reais do primeiro trimestre de 2012, mas acima das estimativas. Onze analistas consultados pela Reuters esperavam, em média, lucro recorrente de 3,45 bilhões de reais. "Os números são efeito de mudança do mix de carteira, em que mudamos de riscos maiores para menores", disse o diretor corporativo de controladoria do Itaú, Rogério Calderón, em teleconferência com jornalistas. De fato, o banco viu uma queda de 10,8 por cento na margem financeira com clientes. Esse movimento refletiu não apenas a opção pelo foco em financiamentos mais seguros --e que oferecem margens menores--, como o imobiliário e o consignado, como também o baixo crescimento da carteira como um todo. No fim de março, a carteira de crédito do grupo era de 434,239 bilhões de reais, 8,4 por cento maior que um ano antes. A previsão do banco é de crescimento de 11 e 14 por cento de seu estoque de financiamentos no acumulado de 2013. Adicionalmente, a margem financeira com o mercado, que mostra o desempenho da tesouraria do banco, caiu 37,7 por cento na comparação anual, para 597 milhões de reais, pressionando a última linha do balanço. Os resultados reforçaram tendência de fraqueza do lucro do setor bancário no país, que tem sofrido com a pressão do governo para reduzir os custos dos financiamentos, com a relutância dos consumidores endividados em tomar novos empréstimos e com dois anos de fraca atividade econômica.

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