quinta-feira, 23 de maio de 2013

23/05/2013 07:40

23/05/2013 07:40 Embrapa participa das discussões sobre o controle das queimadas no Pantanal Corumbá, sediou, nesta terça-feira dia 21 de maio, uma Audiência Pública sobre "Os impactos das queimadas no Pantanal Sul-Matogrossense" Embrapa Pantanal - O evento ocorreu no período das 9h às 13h, no Centro de Convenções do Pantanal de Corumbá Miguel Gómez, e teve como principal objetivo discutir os problemas e efeitos causados pelas queimadas no Pantanal, além de buscar soluções para a questão. A Embrapa Pantanal foi convidada para participar do evento e foi representada pelo Chefe de Transferência de Tecnologia José Anibal Comastri Filho. Durante a abertura dos trabalhos, o Deputado Amarildo Cruz, proponente da Audiência, declarou que um dos objetivos do evento é que, ao final das discussões, fosse elaborada uma minuta para um novo projeto de lei ou que, ainda, fossem definidas proposições para eventuais alterações na Resolução 023 da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semac), que disciplina procedimentos referentes à queima controlada de restos florestais e agropastoris: "Entre os resultados práticos que queremos é dar suporte e fortalecer alguns encaminhamentos que vamos fazer com relação à mudança da legislação, flexibilizando, por exemplo, “A Queima Controlada” e a forma como fazê-la, de maneira organizada e autorizada pelo Poder Público, logicamente imputando responsabilidades”, explicou o Deputado. Presente na mesa de debates, o Prefeito Paulo Duarte em seu discurso destacou a necessidade de Corumbá contar com uma aeronave para reforçar as operações de combate as queimadas na região do Pantanal: “Experiências de anos anteriores nos mostram que, sem uma aeronave, não vamos conseguir combater as queimadas na região pantaneira devido as dificuldades de logística do nosso Municipio, que possui áreas de dificil acesso: alagadas, cortadas por rios e em meio a fazendas no centro do Pantanal”. De acordo com números do Ibama, foram registrados em Corumbá, só em 2012, 6.178 focos de incêndio, mais de 80% dos 7.546 focos de incêndios florestais contabilizado em Mato Grosso do Sul durante todo o ano passado, colocando Corumbá em primeiro lugar no ranking nacional de municípios com maior índice de queimadas. Os Números são motivo de preocupação para as autoridades públicas, por a cidade estar situada em uma região como o Pantanal. A mesa diretora da audiência pública contou com as presenças de diversas autoridades, responsáveis direta e indiretamente pela questão das queimadas. Além do deputado estadual Amarildo Cruz e do prefeito Paulo Duarte, e do Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pantanal José Anibal Comastri Filho, marcaram presença, também, o prefeito de Ladário, José Antônio Assad Faria; a secretária de Meio Ambiente do Pantanal, Luciene Deová; a promotora de Meio Ambiente, Ana Raquel Barros de Figueiredo Dias, do Ministério Público; o presidente da Câmara dos Vereadores de Corumbá, o vereador Marcelo Iunes; o vereador Carlos Alberto Machado; o tenente-coronel Carlos Matoso Braga, comandante do BPMA (Batalhão de Polícia Militar Ambiental); o representante do Ibama/MS, Márcio Ferreira Yule, coordenador estadual do PrevFogo; o superintendente do Ibama/MS e diretor do PrevFogo, Rodrigo Moraes Falleiros; José Eduardo, tentente-coronel do Corpo de Bombeiros de Corumbá; o representante da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Gilceu Luís Richetti, entre outras personalidades. 3ª Reunião do Comitê Prevfogo/MS No período da tarde foi realizada a “ 3ª Reunião Ordinária do Comitê Prevfogo/MS” onde além da aprovação das atas e apresentação dos novos membros do comitê, foram realizadas uma série de palestras, entre elas a intitulada : “Manejo do fogo no Pantanal: relatos de pesquisas da Embrapa e alguns resultados já encontrados”, ministrada pelo pesquisador e representante da Embrapa Pantanal, José Aníbal Comastri Filho. Em sua apresentação Comastri destacou os trabalhos com queima controlada no Pantanal desenvolvidos pelos pesquisadores da Unidade que tem papel fundamental na redução de plantas fibrosas, pouco consumidas pelos animais, que se acumulam como combustível ao longo dos ano. Também, apresentou algumas tecnologias propostas pela Embrapa Pantanal para evitar a queima em áreas com gramíneas de excelente qualidade, tanto para a fauna exótica como para a silvestre. Segundo o pesquisador, consciente dos prejuízos que os incêndios causam ao solo e as pastagens, os pecuaristas da região estão buscando alternativas tecnológicas para sua redução, com base nas recomendações da Embrapa Pantanal: “A Embrapa Pantanal, através de pesquisas realizadas com o objetivo de orientar melhor o uso das pastagens e reduzir o risco de incêndios sem controle, recomenda aos pecuaristas alternativas práticas como a divisão das invernadas, adequação da taxa de lotação, evitar o acumulo de macega, principalmente com o uso de suplementação alimentar protéica/ energética a pasto, fornecimento de sal mineral proteinado, uso de melaço / ureia, além da realização de aceiros, uso de queima controlada, formação de pastagens, entre outros métodos que ajudam na redução das áreas que poderiam ser afetadas pelo fogo” , explicou o pesquisador durante a palestra. Notícias de Meio ambiente

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