sexta-feira, 31 de maio de 2013

Pequenos produtores de Tocantins enfrentam problemas para escoar grãos pelas ferrovias do Estado

Pequenos produtores de Tocantins enfrentam problemas para escoar grãos pelas ferrovias do Estado Para secretário, saída para enfrentar concessionárias é a união dos produtores para a utilização da ferrovia por um preço menor 30/05/2013 | 19h57 Daniel Morales | Palmas (TO) Pequenos produtores de soja do Tocantins estão enfrentando problemas para escoar a produção. Isso porque eles não conseguem utilizar a principal ferrovia do Estado, já que uma grande empresa possui a concessão e determina os preços do transporte. Luiz Gomes é produtor de soja em Palmas (TO) e colhe cerca de cem mil sacas por ano. Para escoar a produção, ele acessa a ferrovia dos Carajás para chegar até o porto de Itaqui, no Maranhão. Para utilizá-la, porém, Gomes precisa vender o produto por um preço determinado pela empresa que detém os direitos de concessão da ferrovia. – A ferrovia não é para pequeno produtor. Serve para o pequeno produtor pra baixar custo da soja, mas você tem que entregar pra algum grande que tem acesso a ela – explica. O Tocantins cresceu por causa da Ferrovia Norte-Sul, que corta o Estado em mais de 800 quilômetros. Com a obra de ampliação do porto de Itaqui, o local vai aumentar de 500 mil para cinco milhões de toneladas a capacidade do terminal de grãos do Maranhão. Mas a concessão pertence à companhia Vale, o que impede que outra empresa possa utilizá-la da mesma forma. No ano passado, uma resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) determinou que a companhia conceda o direito de passagem a qualquer produtor ou usuário. Foi decidido também que o controle de preços do transporte vai ser feito pela agência, fazendo com que o produtor não seja obrigado a aceitar os valores e condições impostos pela concessionária. Na prática, no entanto, isso não acontece. Os pequenos produtores não conseguem usar a ferrovia, que é mais rápida e tem um custo bem menor. A alternativa é usar a rodovia, gastando mais e transportando por um tempo bem maior. O secretário de Agricultura de Palmas sabe das dificuldades enfrentadas pelos produtores. – Se ele for um produtor independente, dificilmente vai tirar o produto daqui, aí você vai vender para as companhias nacionais. Mas pra sair para os países asiáticos fica mais complicado – explica Roberto Sahyum. Para o secretário, a saída para enfrentar as grandes empresas é a união dos produtores para a utilização da ferrovia por um preço menor. – Tem que socializar, botar mais trens, outras empresas. O futuro são os trens, a hidrovia e essas empresas têm como usar esse nicho de mercado e fazer o escoamento da soja, não só de Tocantins, mas do trecho norte de exportação. Esse local representa 32% do território nacional, já tem 10% da produção de grãos do Brasil. É um mercado a ser olhado diferente. >> Acesse o site especial do projeto SOS Logística CANAL RURAL

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