sexta-feira, 3 de maio de 2013

Com embargo da Ucrânia, preço pago ao suinocultor despenca no Rio Grande do Sul

Com embargo da Ucrânia, preço pago ao suinocultor despenca no Rio Grande do Sul03/05/2013 | 18h09 Nesta semana, o preço médio do suíno vivo no Estado foi a R$ 2,44 o quilo na indústria Cristiane Viegas O preço pago ao produtor de suíno vivo despencou depois do anúncio da Ucrânia de suspender a compra da carne brasileira. No Rio Grande do Sul, os valores são os menores desde julho do ano passado. Nesta semana, o preço médio do suíno vivo no Estado foi a R$ 2,44 o quilo na indústria. Na granja, os produtores estão recebendo em torno R$ 2,00, com um custo de produção estimado em R$ 2,60. O produtor Ilânio Johner é suinocultor há 60 anos em Cruzeiro do Sul, no Centro do Estado, onde ele produz 1,5 mil suínos por ano. – Nós trabalhamos na faixa de R$ 3,30 no segundo semestre de 2012. Na virada do ano, aconteceram essas situações, como a decisão da Ucrânia em diminuir as importações. Isso jogou o produto para o mercado interno – destacou Johner. No final de março, a Ucrânia, que era o maior comprador de carne suína brasileira, com 24% de participação, anunciou a suspensão das importações depois que testes detectaram a bactéria listeria no produto. De acordo com a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), o fato foi responsável pela queda nos preços. Cerca de 50% dos embarques da produção gaúcha também eram destinados ao país. – Nesses últimos 30 dias, a situação se agravou. Hoje, o produtor já trabalha com prejuízos, sem margem alguma. O custo de produção está na casa de R$ 2,65 e, mesmo com a baixa do preço do milho e o farelo de soja, o custo não está abaixo disso – destaca o presidente da Acsurs, Valdecir Folador. Com medo de uma crise, a entidade pretende pedir ajuda ao governo federal. O dirigente aponta que, na próxima semana, a ACSURS deve participar de uma audiência com o Ministério da Agricultura. CANAL RURAL

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