segunda-feira, 13 de maio de 2013

Emissão da Petrobras e balança derrubam dólar

Emissão da Petrobras e balança derrubam dólar Lucas Bombana (lbombana@brasileconomico.com.br) 13/05/13 19:33 Com baixa relativamente expressiva na cotação da moeda americana, curva de juros futuros da BM&F Bovespa teve ligeiro recuo. O dólar fechou nesta segunda-feira (13/5) em baixa de 0,74% ante o Real, cotado a R$ 2,009 na venda, na maior queda desde 5 de abril, quando caiu 1,41%. Após duas altas seguidas, dois fatores principais foram responsáveis pelo descolamento do dólar no mercado cambial doméstico, na comparação com os pares internacionais, uma vez que o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, subia 0,08%. Um deles foi a emissão que teria sido realizada hoje pela Petrobras no mercado internacional, segundo fontes, com volume da ordem de US$ 11 bilhões. A notícia reforça o cenário positivo para o mercado de emissões das companhias brasileiras, que em 2013, até abril, somam R$ 43,8 bilhões, valor 2,6% superior frente o mesmo período do ano precedente. Outro ponto que ajudou a trazer a cotação da moeda americana para baixo foi a divulgação da balança comercial brasileira, que ficou superavitária em US$ 695 milhões na segunda semana de maio. Os dados acima corroboram os divulgados na semana passada pelo Banco Central (BC), que apontaram fluxo cambial positivo de US$ 3,5 bilhões em abril, o melhor já registrado no ano. A queda de hoje ocorreu após duas altas significativas, de 0,62% e 0,42%, após sinalizações por parte de autoridades americanas de que o Federal Reserve pode diminuir seus estímulos econômicos à região. "Ainda que o Fed americano venha a reduzir o grau e a intensidade do programa que desenvolve, temos presente no mercado global a liquidez advinda do programa iniciado pelo Japão que envolverá algo como US$ 1,4 trilhões em dois anos, ao mesmo tempo em que o BCE deu inicio a redução da taxa de juro na Europa, o que promove a busca pelos investidores europeus de novas oportunidades de melhor rentabilidade fora da região", diz Sidnei Moura Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora, em seu boletim. Juros No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva, que operou perto da estabilidade na maior parte da sessão, fechou com viés de queda, após o dólar acentuar suas perdas frente ao Real. O discurso de Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (BC), que na sexta veio a público dizer que vai fazer o possível para conter a inflação, não fez preço no mercado dos juros futuros. Para ilustrar sua defesa de que a inflação está sob controle, a autoridade apontou o índice de difusão, que caiu para 65% em abril, contra os 75 de janeiro. "Na medida em que os alimentos recuem, aumentem menos, essa disseminação de preços, ela cai. Já caiu dez pontos entre janeiro e abril e cairá mais nos próximos meses", disse Tombini. Mais negociado, com giro de R$ 32,101 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuou de 7,94% para 7,91%, enquanto o para janeiro de 2015 caiu de 8,33% para 8,30%, com volume de R$ 29,514 bilhões.

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