quarta-feira, 8 de maio de 2013

EUA e Rússia tentam promover negociação na Síria; rebeldes desconfiam

EUA e Rússia tentam promover negociação na Síria; rebeldes desconfiam quarta-feira, 8 de maio de 2013 10:10 BRT Por Arshad Mohammed e Erika Solomon MOSCOU/BEIRUTE, 8 Mai (Reuters) - A Rússia e os Estados Unidos concordaram em fomentar o diálogo entre as partes envolvidas na guerra civil síria, mas líderes da oposição demonstraram ceticismo na quarta-feira, temendo que a iniciativa ajude o presidente Bashar al Assad a se aferrar ao poder. Em visita a Moscou, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que a Rússia concordou em organizar uma conferência já neste mês. Numa semana em que aviões israelenses bombardearam posições do governo sírio, Washington está sob crescente pressão para armar os rebeldes que tentam derrubar Assad -que tem na Rússia o seu principal aliado internacional. O impasse entre as duas potências impede que o Conselho de Segurança da ONU tome qualquer medida que possa interromper um conflito que já matou estimadas 70 mil pessoas em dois anos. Além disso, os ódios sectários e faccionais sírios estão mais acirrados do que nunca, e não está nada claro que as partes em conflito estejam dispostas a negociar entre si. A maioria das personalidades da oposição descarta negociações se Assad e seu círculo íntimo não forem excluídos de um futuro governo de transição. "Nenhuma posição foi decidida, mas acredito que a oposição irá achar impossível negociar com um governo que ainda tenha Assad como seu chefe", disse Samir Nashar, membro da Coalizão Nacional da oposição. "Antes de tomarmos quaisquer decisões, precisamos saber qual seria o papel de Assad. Esse ponto ficou vago, acreditamos que intencionalmente, a fim de tentar arrastar a oposição para negociações antes que uma decisão seja tomada." No passado, os EUA apoiaram a exigência da oposição sobre a exclusão de Assad, ao passo que a Rússia diz que essa decisão deve caber aos sírios -uma fórmula que a oposição teme que possa ser usada para manter Assad no poder.

Nenhum comentário:

Postar um comentário