quarta-feira, 22 de maio de 2013

MILHO: Mesmo sem chuva, PR confirma safrona

MILHO: Mesmo sem chuva, PR confirma safrona A colheita de milho de inverno no Paraná corre o risco de perder parte da produtividade que a lançou ao status de safrona, como está sendo chamada pelos agricultores 22/05/2013 Gazeta do Povo A quebra já é realidade em algumas propriedades, mas os casos de perdas são pontuais e não devem impedir o estado de colher uma safrinha recorde em 2013. De acordo com levantamento da Expedição Milho Brasil – projeto inédito idealizado pelo núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, consultoria INTL FCStone e Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) – o Paraná deve retirar dos campos 11,2 milhões de toneladas do cereal neste inverno, aumento de 9% em relação a temporada anterior. Em média, cada hectare deve render aos produtores 87 sacas de milho. Suscetível - Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), perto de 10% da safrinha estadual ainda estariam suscetíveis a quebras climáticas. “A falta de chuva atrapalhou o desenvolvimento das lavouras mais tardias. Nessas áreas, há perda de potencial produtivo, mas ainda não dá para mensurar o tamanho dos prejuízos”, afirma Juliana Yagushi, engenheira agrônoma do Deral e responsável pelo acompanhamento da cultura. Norte do Estado - Os problemas estão concentrados no Norte do estado, que responde por cerca de 40% da produção paranaense. Como o plantio na localidade é tardio, a escassez de chuva pegou as lavouras em fase de floração, atrapalhando a formação dos grãos. “A última frente fria fez chover 30 milímetros no Oeste, 100 mm no Sudeste e 20 mm nos Campos Gerais. Porém quando vai para o Norte não chove”, diz Luiz Renato Lazinski, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Cambé - Na propriedade de Gilvane Amano, em Cambé, na região metropolitana de Londrina, o veranico comprometeu parte dos 180 hectares de milho. A expectativa era colher 95 sacas por hectare. Porém, segundo a produtora, já é possível calcular perda de 15% na produtividade, o mesmo índice dos vizinhos. “Se não chover uns 30 milímetros nos próximos dez dias a produtividade vai cair ainda mais”, lamenta Gilvane. A previsão é começar a colheita no final de junho. Oeste - No Oeste, região que responde por 35% das lavouras de milho safrinha do Paraná, o desenvolvimento das lavouras é satisfatório. “Devemos alcançar a produtividade recorde”, aponta Yagushi. A colheita começa ainda esta semana na região com previsão de 92 sacas por hectare. Mato Grosso - A escassez de chuva também tem prejudicado parte dos produtores do Mato Grosso, maior produtor de milho safrinha do Brasil. Porém, os prejuízos serão reduzidos, pois 80% dos agricultores plantaram dentro da janela ideal, minimizando os problemas com o tempo seco. “Apenas 20% está com o desenvolvimento atrasado e pode sofrer perda de produtividade em relação ao ano passado. Mesmo sem chuva, acredito que não mude o potencial estipulado, pois consideramos que a chuva iria parar nos nossos cálculos”, explica Daniel Latorraca Ferreira, gestor do Imea. Notícias de Milho e sorgo

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