segunda-feira, 20 de maio de 2013

Preocupados com o preço, poucos cafeicultores de Minas Gerais se arriscam a iniciar a colheita

Preocupados com o preço, poucos cafeicultores de Minas Gerais se arriscam a iniciar a colheita Lideranças do setor ainda estão tentando entender de onde saiu o valor de R$ 307 como preço mínimo adotado pelo governo Marcelo Lara | Araguari (MG) 20/05/2013 | 08h29 Na região do Cerrado mineiro, poucos cafeicultores se arriscam a iniciar a colheita. As poucas sacas que chegam nas cooperativas vem do chão, aqueles grãos que amadureceram e caíram. A grande preocupação é com os preços que não reagem. Aqueles produtores que tomaram empréstimos para estocar parte da safra de 2012 estão agora vendendo com prejuízo. As lideranças do setor ainda estão tentando entender de onde saiu o valor de R$ 307 como preço mínimo adotado pelo governo. Os grãos que sobem da peneira são escolhidos com muito cuidado. Os mais maduros vão servir de semente para mudas em novos cafezais. Uma colheita manual ajudada pelo clima deve garantir melhor qualidade do que no ano passado, quando a chuva veio fora de época. Na região do Cerrado mineiro, o cafeicultor Sergio Bronzi mostra que para começar a colheita mecanizada ainda pode levar mais uns 30 dias. São os grãos que ainda não amadureceram que atrasam a entrada das máquinas. Quem está colhendo é por motivos de manejo em áreas novas. Em uma cooperativa da região, apenas quatro produtores trouxeram cerca de 100 sacas já no sistema de bags. Mas é aquele café que geralmente era colhido por último, que vem do chão. Lição aprendida com a chuva do ano passado. Este movimento de sacas saindo do armazém é o chamado café do prejuízo. Pertence àqueles produtores que acreditaram naquilo que o mercado estava acenando em plena safra de 2012, e agora são obrigados a vender no preço baixo para pagar o banco. Desde o final do ano passado, as lideranças da cafeicultura alertavam sobre o prejuízo que os produtores tiveram ao pegar financiamento nos bancos para estocagem da safra passada na expectativa de preços melhores, fato que não ocorreu. Com a entrada da nova safra, as políticas para o setor adotadas pelo governo estão gerando mais incertezas no mercado. A batalha deste ano, que foi em busca de um preço mínimo que trouxesse garantia de renda, ainda é motivo de discussão entre os cafeicultores que levantaram um custo de R$ 340, e até ficaram otimistas com o levantamento feito pela Conab, que chegou no valor de R$ 336, mas aí o governo preferiu a terceira opção, de R$ 307 a saca de 60 quilos, que segue como grande mistério. CANAL RURAL

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